Gerson Oliveira Filho, diretor comercial Loft
Texto publicado nesta semana que abre a coluna da prestigiada jornalista econômica Miria Leitão, no jornal o Globo, afirma que a taxa de inadimplência no pagamento de aluguéis caiu para 3,09% em março deste ano.
De acordo com a coluna, este é o menor nível de inadimplência registrado desde junho de 2023, quando este número foi de 3,03%. O recuo foi de 0,08 ponto percentual em relação ao mês anterior – fevereiro de 2025 – e ainda mais expressivo, de 0,67 ponto percentual, na comparação com março de 2024, quando este índice ficou em 3,76%.
Os dados citados são do Índice de Inadimplência Locatícia, da Superlógica, medido em todo o país. Vale aqui a recomendação de muita cautela ao se considerar essa notícia, de toda sorte muito positiva para o mercado.
Isso porque o período ao qual ela se refere é muito curto – apenas um mês, o de março deste ano. As informações disponíveis de médio e longo prazo ainda não corroboram este resultado como tendência.
Então, enquanto isso não se repete na linha do tempo, o mais seguro é manter todas as cautelas com a segurança da sua carteira. Importante manter a guarda alta. Aprovando o máximo de contratos capazes de superar uma análise com critérios rigorosos, para não cair em prejuízo e dor de cabeça, depois.
Outra razão para nos mantermos atentos nas aprovações de crédito vem de outra notícia, também publicada nesta semana. Essa diz respeito a mais uma alta nos preços dos aluguéis.
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), utilizado na maioria dos contratos de aluguel no país, subiu 0,24% em abril e acumulou alta de 1,23% em 2025, de acordo com a Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
Com este avanço, o índice acumula majoração de 8,5% nos últimos 12 meses, muito acima da inflação. Com os preços tão valorizados, é importante manter o máximo de cuidado nas aprovações e na prevenção a fraudes.
E também segue cada vez mais importante as imobiliárias estarem atentas a estes movimentos de preço do mercado, e utilizarem tecnologia e as melhores ferramentas de precificação para atualizar seus contratos. Tanto nos novos, como na aplicação do que está previsto por lei nos contratos em andamento. Seguro morreu de velho.