Bairros nobres são os que mais crescem em vendas de apartamentos no ano em São Paulo

• Regiões com preço do metro quadrado acima da média da cidade são as que mais tiveram aumento de transações em 2023;
  
• Entre os maiores crescimento de vendas estão Vila Clementino, Itaim Bibi e Alto de Pinheiros;
  
• As maiores reduções em transações ocorreram na Brasilândia, Jaguará e Vila Guilherme
  
• A análise consta no Ranking da Demanda Imobiliária, estudo atualizado mensalmente pelo Grupo Loft, com base em dados de transações em toda a capital paulista.

O Grupo Loft, empresa de tecnologia que oferece novas soluções para facilitar a compra, a venda, o financiamento e o aluguel sem fiador em parceria com imobiliárias, divulgou estudo que mostra que os bairros com preço do metro quadrado acima da média da cidade foram os que mais cresceram em vendas de apartamentos neste ano.

Dos 10 bairros que mais cresceram em transações em 2023, comparando o primeiro trimestre com o último (julho a agosto), oito possuem preço do metro quadrado dos anúncios acima da média da cidade.

As regiões que mais tiveram aumento de vendas no período foram Vila Clementino (79% de incremento, saindo de 28 para 50 transações), Cidade Tiradentes (63%), Itaim Bibi (55%), Alto de Pinheiros (55%) e Santa Cecília (52%) –veja os dados completos abaixo.

Desses cinco, apenas Cidade Tiradentes tem preço do metro quadrado abaixo da média da cidade, que é de R$ 8.702 no universo analisado.

Os dados fazem parte do Ranking da Demanda Imobiliária – Loft, que mensalmente mostra a quantidade de transações na capital paulista, com base em dados oficiais da Prefeitura de São Paulo. São consideradas todas as transações em que houve pagamento de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis).

“Os dados refletem a dificuldade de parte das pessoas de comprarem imóveis depois da alta forte da taxa de juros, que encareceu o financiamento. As famílias com poder aquisitivo maior têm mais condições de depender menos do financiamento e estão aproveitando as oportunidades”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. “Com a queda da Selic já em curso, clientes de mais faixas terão mais condições de fazerem negócio.” 

Entre apartamentos pequenos, o maior crescimento em vendas ocorreu em Moema (Pássaros), com crescimento de 162% (de 13 para 64 apartamentos transacionados nessa faixa).

Entre os médios, o maior crescimento também foi em Moema (Pássaros). Entre os grandes, o maior crescimento foi em Santa Cecília (aumento de 94%, de 35 para 68 transações).

Se por um lado os bairros com mais crescimento de transações são os mais valorizados neste ano, na outra ponta os que registraram maiores reduções foram os com menor preço de metro quadrado.

Dos 10 bairros com as maiores reduções, nenhum tem valor do metro quadrado acima da média da cidade. As regiões com maiores decréscimo no volume de transações foram Brasilândia (-52%), Jaguará (-50%) e Vila Guilherme (-44%). 

Considerando todas as transações no ano, os bairros com mais vendas são Vila Andrade (1.200 transações), Tatuapé (1.070) e Bela Vista (1.021).

O levantamento considera os bairros que tiveram ao menos 25 transações no primeiro trimestre do ano.

Transações de apartamentos – Bairros com maior crescimento

Transaçõe de apartamentos – Bairros com maior redução

Número de transaçõe de apartamentos pequenos – bairros com maior crescimento

Número de transaçõe de apartamentos médios – bairros com maior crescimento

Número de transaçõe de apartamentos grandes – bairros com maior crescimento

Bairros com mais transações no ano (jan-ago 2023)

O RANKING DA DEMANDA

O Ranking da Demanda – Loft, atualizado mensalmente, tem como base os dados do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens), divulgados pela Prefeitura de São Paulo. 

Essa base de dados é compilada e tratada internamente, sendo realizado o georreferenciamento dos dados e também a inclusão das divisões de bairro da Loft.

São consideradas apenas transações de compra e venda de apartamentos cuja proporção da propriedade transmitida seja igual a 100%. 

Como tratamento dos dados de ITBI, são removidos apartamentos com área total inferior a 30m2 e também cujos preços de transação não estejam contidos no intervalo de R$ 50.000 a R$ 20.000.000.