Copom corta Selic, mas especialistas dizem que impacto no financiamento não será sentido no curto prazo. Mudanças no zoneamento de SP e RJ são aprovadas. Empresas de locação para curta temporada investem em modelo hoteleiro.
- Copom corta Selic e acena para novas reduções em 2024
- Mudanças no zoneamento de São Paulo passam em 1ª votação; no Rio de Janeiro, comissão aprova Plano Diretor
- Even dá guinada para alto luxo com projeto superlativo em São Paulo
- Empresas de locação para curta temporada investem em modelo hoteleiro
- De olho nas transformações do mercado imobiliário, corretores focam em vendas online
Copom corta Selic e acena para novas reduções em 2024
O Conselho de Política Monetária do Banco Central cortou a taxa Selic de 12,25% para 11,75% ao ano, marcando o quarto corte consecutivo da taxa de juros básica da economia desde agosto. O comitê sinalizou também possíveis cortes adicionais de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros, para manter uma política “contracionista” e um processo desinflacionário. A próxima reunião está programada para 30 e 31 de janeiro de 2024.
Em comunicado, o Copom destaca a importância da Selic para controlar a inflação, e avalia o cenário internacional como “menos adverso”, relacionado à melhoria da redução das taxas de juros nos Estados Unidos. Apesar do corte na Selic, o “juro real” permanece alto, aproximadamente 5%, incentivando a alocação em pós-fixados como CDBs e Tesouro Selic. LCIs, LCAs, CRIs e CRAs isentos de IR são recomendados para investidores dispostos a abrir mão da liquidez.
Especialistas apontam que as taxas de crédito ao consumidor permanecem elevadas, com redução mínima após o último corte. As taxas para pessoas físicas ainda atingem, em média, 122,04% ao ano, distantes da Selic. A Anefac (Associação Nacional de Executivos) estima uma diminuição de apenas 0,82% nas taxas médias de crédito. A distância expressiva entre essas taxas indica que o consumidor sentirá pouca diferença nas operações de financiamento e empréstimos no curto prazo.
Fontes: Estadão, Folha de S.Paulo e G1.
Mudanças no zoneamento de São Paulo passam em 1ª votação; no Rio de Janeiro, comissão aprova Plano Diretor
Em São Paulo, o projeto de mudança no zoneamento passou pela 1ª votação na Câmara dos Vereadores com alterações feitas pelo relator, Rodrigo Goulart. Organizações da sociedade civil ainda vão apresentar novas propostas, destacando opiniões divergentes sobre os pontos positivos e negativos. A Associação Comercial de São Paulo vê avanços, como requisitos ambientais e proibições específicas, enquanto críticos apontam problemas na tramitação e mudanças desfavoráveis nas Zonas de Proteção Ambiental.
O projeto de lei apresenta alterações substanciais, incluindo medidas para desencorajar a construção de microapartamentos destinados à hospedagem (Airbnb), a delimitação de quadras com restrições e permissões para edifícios de grande altura. Além disso, propõe mecanismos de preservação para vilas, autoriza a habitação em partes específicas de áreas de proteção ambiental e estabelece incentivos para edifícios com menor impacto ambiental.
No Rio de Janeiro, a revisão do Plano Diretor foi aprovada em comissão especial, permitindo a abertura de ruas em encostas para construção de residências, exceto na Zona Sul. A medida visa controlar o crescimento de favelas. No entanto, especialistas alertam para os riscos ambientais, como desmatamento e instabilidade.
Fonte: Estadão e O Globo
Even dá guinada para alto luxo com projeto superlativo em São Paulo
A Even planeja consolidar sua presença no segmento de luxo com o lançamento do Faena São Paulo, um projeto que abrange um complexo residencial, um hotel com a renomada bandeira Faena e um restaurante liderado pelo chef Francis Mallmann. Avaliado em um volume de vendas (VGV) de R$ 3 bilhões e com um terreno de 20 mil metros quadrados, localizado em Pinheiros, o projeto representa o maior empreendimento da Even em seus 40 anos de história.
O objetivo do empreendimento é transformar a região ao redor da Faria Lima, próxima ao Largo da Batata, em um destino cultural, seguindo o modelo bem-sucedido do Faena District em Miami Beach. A Even está focada não apenas em comercializar os imóveis de alto padrão, com unidades que variam de 300 a mil metros quadrados, mas também em consolidar uma mudança significativa em seu posicionamento de mercado.
A incorporadora adotou estratégias de marketing exclusivas, como pré-lançamentos para analistas e investidores, um jantar especial com o chef Francis Mallmann e Alan Faena, além da participação em eventos de arte em Miami, frequentados por milionários brasileiros.
Fonte: Pipeline/Valor
Empresas de locação para curta temporada investem em modelo hoteleiro
Um movimento encabeçado por empresas especializadas em locação para curta e média temporada tem chamado atenção no mercado imobiliário: elas operam prédios inteiros e agregam serviços para elevar a rentabilidade de investidores, seguindo um modelo hoteleiro. O conceito busca uma rentabilidade superior à média do aluguel tradicional no Brasil, avaliada em 5,6% ao ano pelo índice FipeZap, e também ultrapassar as cifras oferecidas pelos flats.
A plataforma Charlie, especializada em locação de curta e média temporada, está inaugurando seu primeiro prédio 100% administrado por ela, localizado na Vila Clementino, em São Paulo. Construído pela Cyrela e vendido à gestora Vectis, o empreendimento servirá como teste para a empresa, que busca uma categoria de maior valor agregado, incorporando serviços como café da manhã, bar e arrumação diária.
A Vectis comprou 348 apartamentos da Cyrela em 2021 e planeja ampliar essa abordagem para outros projetos. A Lobie, no Rio, segue um modelo semelhante, convertendo hotéis pouco rentáveis em residenciais, com locação mensal incentivada na baixa temporada. A empresa faz parcerias com incorporadoras para administrar prédios novos.
Fonte: Valor Econômico
De olho nas transformações do mercado imobiliário, corretores focam em vendas online
Um estudo da Brain Inteligência Estratégica em parceria com a ABRAINC, mostrou que 6% das compras de imóveis já ocorrem totalmente pela internet. Diante dessa mudança, o mercado vem se adaptando, com imobiliárias e corretores focando no online.
Um exemplo é o Casal Decarvalho: Diogo e Quesia, corretores do Rio de Janeiro, apostam na criação do Grupo Decarvalho, uma startup de vendas colaborativas.
Com mais de 14 mil seguidores nas redes sociais, eles utilizam o marketing digital para divulgar imóveis e implementam estratégias de venda compartilhada com outros corretores no processo.
A iniciativa já conta com mais de 100 vendedores de imóveis na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Fonte: Terra
