Corretores ganham projeção com vídeos de imóveis de luxo na internet. Segmento de médio e alto padrão cresce com inovações para atender público mais exigente. Construtoras disputam recursos do FGTS e pressionam governo por mudanças.
O fenômeno por trás dos vídeos de imóveis de luxo nas redes sociais
Eles trocaram os plantões intermináveis pelas redes sociais e focaram em um público onde o dinheiro não é problema. O corretor-influenciador virou um fenômeno também no Brasil, por trás de vídeos de casas e apartamentos luxuosos que, com apenas uma postagem, garantem milhares de seguidores (clientes) e chegam a vender casas de mais de R$ 20 milhões.
Nas redes, Monica Poplawsk (ex-SBT) aproveitou sua habilidade frente às câmeras para promover casas em Alphaville. Augusto Braga, que já tinha experiência em imóveis de alto padrão desde 2013, ampliou sua rede de clientes usando plataformas como Instagram, TikTok e YouTube para vender imóveis de luxo e transformar sua carreira.
Tamara Steif, conhecida como Mara Moraes, mudou sua trajetória profissional após frustrações em vendas tradicionais, e virou um sucesso ao promover imóveis através de vídeos direcionados ao público endinheirado. Sua abordagem prioriza a adequação do imóvel ao cliente, foco na experiência do comprador e autenticidade. Entre as estratégias, ela conta as “artimanhas” usadas por construtoras para dizer que imóveis têm metragem maior do que de fato têm, como não incluir a espessura das paredes no cálculo, ou criar varandas grandes para aumentar o potencial construtivo de outras áreas do prédio.
A professora e pesquisadora de marketing digital na FGV, Lillian Carvalho, aponta que o sucesso desses influenciadores se deve à universalidade do tema “casa”, combinado com a aspiração e o desejo do público por imóveis de luxo.
A estratégia de marketing digital não apenas democratiza o acesso aos imóveis de alto padrão, mas também transforma a maneira como os corretores se conectam com potenciais compradores, uma evolução do setor imobiliário na era digital.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Segmento de médio e alto padrão cresce com inovações para atender público mais exigente
O mercado imobiliário de médio e alto padrão impulsiona o setor com um crescimento de 39,8% no último ano, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
A oferta de imóveis com plantas espaçosas, design inovador e foco em sustentabilidade tem estimulado este crescimento, apontam especialistas. O segmento viu um aumento de 15% em unidades vendidas e de 22,1% no volume de vendas neste período, resultado da redução da taxa Selic e a expectativa de novas quedas nos juros.
Segundo Luiz França, presidente da Abrainc, os consumidores desse nicho, muitas vezes em busca de um segundo ou terceiro imóvel, valorizam não apenas a qualidade e localização, mas também aspectos como bem-estar e tecnologia integrada. Cada vez mais exigentes, buscam por acabamentos de alto padrão, serviços como concierge e minimercados, áreas de coworking, spa e tecnologia integrada aos apartamentos. As exigências vão desde fechaduras inteligentes a espaços coworking e spas.
As incorporadoras respondem com projetos que vão além do luxo convencional, investindo em arquitetura, paisagismo e tecnologias sustentáveis, com fachadas pré-moldadas e áreas verdes significativas. A pandemia reforçou a busca por espaços mais amplos e a valorização de áreas privativas verdes, movendo o mercado a adaptar-se a essas novas exigências dos consumidores.
Fonte: Folha de S.Paulo
Construtoras disputam recursos do FGTS e pressionam governo por mudanças
O orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) está sendo consumido mais rápido que o previsto este ano, levando a uma crescente disputa pelos recursos. As construtoras pressionam o governo para reduzir a oferta de dinheiro do fundo para compra de imóveis usados, priorizando o financiamento de novos.
Atualmente, os empréstimos para usados representam 35% do total de empréstimos do FGTS, enquanto entre 2020 e 2022 eram de 5% a 10%. A CBIC e a Abrainc defendem que o crédito para usados tenha taxas de juros de mercado (sem subsídio do FGTS) e que a prioridade seja dada a imóveis novos, que geram mais empregos e movimentam a economia.n Durante um fórum de investimentos, os analistas do Bradesco BBI, Bruno Mendonça, Pedro Lobato e Herman Lee, destacaram preocupações das construtoras com a disponibilidade de recursos do FGTS.
A decisão sobre qualquer alteração no uso do FGTS está nas mãos do Conselho Curador, que reúne representantes do governo, empresas e trabalhadores, e discutirá o assunto em 21 de maio. O governo, no entanto, mostra resistência à proposta, considerando a relevância dos imóveis usados para muitas famílias em áreas onde não há disponibilidade de unidades novas.
Fonte: Infomoney
Moura Dubeux projeta 2024 como o melhor ano da história
A incorporadora pernambucana Moura Dubeux, líder no mercado imobiliário do Nordeste com um market share de 25% nas principais capitais da região, prevê resultados expressivos para 2024 superando números fortes de 2023. No primeiro trimestre deste ano, a empresa lançou projetos na Bahia, Alagoas e Ceará, alcançando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 348,7 milhões, um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior, e vendas de 768 unidades, totalizando R$ 418 milhões.
Com foco no segmento de alta e média renda, a Moura Dubeux é reconhecida pela entrega de produtos diferenciados e adota modelos de negócio de incorporação e de Condomínio Fechado, este último com personalização e redução de custos para os compradores. Além disso, diversificou seus negócios com as linhas Beach Class e Mood, esta última voltada para famílias com renda em torno de R$ 15 mil mensais, ampliando seu mercado para cerca de R$ 2 bilhões ao ano.
O CEO Diego Villar enfatiza a política de manter o endividamento baixo e focar na rentabilidade como chave para o sucesso, priorizando a liderança no Nordeste sem planos de expansão geográfica, mas com o objetivo de ser reconhecida nacionalmente.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
