Governo nega impacto da Reforma Tributária nos custos do setor imobiliário e afirma que mudança será positiva para o mercado. Venda de apartamentos em São Paulo (SP) tem melhor desempenho desde 2021. Poupança volta a crescer e crédito imobiliário ganha fôlego.
- Ministério da Fazenda diz que Reforma Tributária será positiva para setor imobiliário e não vai aumentar custos
- Venda de apartamentos em São Paulo (SP) dispara e tem melhor desempenho desde 2021
- Poupança volta a crescer e crédito imobiliário ganha fôlego
- De produtos usados a imóveis: a estratégia do Grupo OLX para crescer
Ministério da Fazenda diz que Reforma Tributária será positiva para setor imobiliário e não vai aumentar custos
O Ministério da Fazenda negou que a Reforma Tributária aumentará custos para o setor imobiliário, refutando argumentos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e outras entidades representativas do segmento. A Cbic e outros representantes do mercado imobiliário alegam que haverá uma elevação da carga tributária de até 51,7% em comparação com a carga tributária atual.
Por meio de nota, o ministério argumentou que a reforma “será positiva para o setor imobiliário brasileiro e não haverá nenhum aumento relevante de custos em comparação à tributação atual”. O texto segue afirmando que, nas vendas de imóveis novos por empresas, o imposto incidirá apenas sobre a diferença entre o custo de venda e o valor do terreno, com um redutor social de R$ 100 mil sobre o valor tributado. A alíquota do imposto cairá em 40%, correspondendo a cerca de 15,9%. Além disso, será deduzido o montante de todo o imposto pago na aquisição de material de construção e serviços pela incorporadora.
Pelos cálculos da Fazenda, o custo de um imóvel popular novo deve cair cerca de 3,5%. Por outro lado, o governo admite que um imóvel de alto padrão novo deve ficar 3,5% mais caro, mas faz um ressalva: com esse ganho de produtividade, é quase certo que mesmo o preço dos imóveis novos de alto padrão seja reduzido em relação à situação atual.
O órgão ainda defende que a reforma será positiva para o setor imobiliário e justa, pois tributará “menos os imóveis populares que os imóveis de alto padrão”, além de aumentar a competitividade das empresas, estimular a produção de imóveis populares e modernizar métodos construtivos.
Fonte: O Globo
Venda de apartamentos em São Paulo (SP) dispara e tem melhor desempenho desde 2021
A venda de apartamentos na cidade de São Paulo atingiu 21.849 mil unidades entre janeiro e maio deste ano, um avanço de 12% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Loft. Este é o melhor resultado para o setor desde 2021.
Todos os tamanhos de imóveis registraram avanço no período, com destaque para apartamentos menores (até 90 m²), que tiveram alta de 15%. A venda de imóveis médios (de 91 m² a 139 m²) subiu 12%, enquanto as transações de unidades com espaços maiores (acima de 140 m²) aumentaram 8%, em especial nos bairros do Brooklin, Butantã e Cidade Líder, onde o crescimento foi de cerca de 60%.
O gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, explica que a queda dos juros no período reduziu o custo do financiamento e deu forte impulso ao mercado imobiliário. Até 2023, a venda de apartamentos e casas de grande porte caiu devido às taxas mais altas, enquanto as menores conseguiram se manter.
Nos quatro primeiros meses deste ano, a comercialização de imóveis com mais de 140 m² cresceu 6,1% em São Paulo, revertendo o quadro em comparação aos dados de 2023, quando o mercado havia recuado 8,8%.
Desde o início do ciclo de queda dos juros, em agosto de 2023, a Selic saiu de 13,75% ao ano para 10,5%, com interrupção dos cortes em junho deste ano.
Fonte: CNN
Poupança volta a crescer e crédito imobiliário ganha fôlego
Após meses de sangria, a poupança voltou a crescer no Brasil, alcançando R$ 762,5 bilhões em junho, maior patamar desde o fim de 2022. A retomada no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo traz alívio para a Caixa Econômica Federal, líder em crédito habitacional, que temia esgotamento de recursos para financiar a casa própria em 2025.
A recuperação acontece em meio às mudanças nas regras das letras de crédito, como a LCI, que fizeram o brasileiro manter mais dinheiro na caderneta de poupança. A Caixa é líder em crédito habitacional com quase 70% do mercado.
Em junho, o ingresso líquido foi de R$ 8,8 bilhões, o maior para o período desde 2020, ano em que a poupança foi recorde devido aos efeitos da pandemia. No acumulado de 2024, a saída líquida de recursos é de R$ 8 bilhões, o menor resultado dos últimos quatro anos.
Por outro lado, a emissão de Letra de Crédito Imobiliário (LCI) vem caindo desde fevereiro, quando o governo aumentou o prazo mínimo de vencimento de 90 dias para um ano, com uma redução mensal média de novos títulos da ordem de 60%.
Segundo Marcos Brasiliano, vice-presidente de Finanças da Caixa, essa medida afeta a captação em LCI, mas tem um colateral interessante, pois “as pessoas que não se aventuram no mercado vão para a poupança”. Ele também vê o pagamento de precatórios como um fator relevante para a recuperação da poupança.
Fonte: O Globo
De produtos usados a imóveis: a estratégia do Grupo OLX para crescer
Em entrevista ao Estadão, Marcos Leite, diretor-geral de imóveis do Grupo OLX, conta como a empresa, reconhecida como uma plataforma de revenda de produtos usados, passou atuar também com anúncios de imóveis no país.
Segundo Leite, o grupo – que alcançou a marca de R$ 1 bilhão em faturamento no Brasil no ano passado – cresceu tanto organicamente quanto por meio de aquisições, com a compra do Grupo Zap em 2020 por R$ 2,9 bilhões, e a aquisição da startup Sohtec – que desenvolve ferramentas digitais para imobiliárias – em 2022. A OLX também usa a tecnologia da companhia Nacro, focada na gestão de dados de clientes em vendas de lançamentos imobiliários.
No mercado imobiliário, a OLX está focada no aumento da taxa de conversão de vendas de casas e apartamentos e na área de dados (DataZap), utilizando inteligência artificial.
Segundo Marcus Leite, o grupo pretende triplicar sua receita com novos empreendimentos, entre eles financiamentos de imóveis e de carros, autopeças, agronegócios, serviços e pagamentos digitais.
Fonte: Estadão