Governo federal propõe trava para financiamento de imóveis usados no Minha Casa, Minha Vida. Plano de novos espigões em Balneário Camboriú inclui demolição de prédio de luxo. Inadimplência do aluguel ainda é desafio para imobiliárias.
Governo federal propõe trava para financiamento de imóveis usados no MCMV
O governo Lula vai propor mudanças nas regras do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para limitar o financiamento de imóveis usados para as famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil (faixa 3), um pleito recorrente do setor da construção civil. O Ministério das Cidades já formulou uma instrução normativa para frear as contratações de imóveis usados, que cresceram e estão comprometendo o orçamento do FGTS.
No ano passado, o ministério aumentou o percentual de recursos do fundo que poderiam ser usados para financiar imóveis usados de 12% para 30%. De um total de 438,3 mil unidades financiadas ao longo de 2023, 27,3% eram de imóveis usados, o equivalente a 119,7 mil. No começo deste ano, o percentual na faixa 3 do MCMV estava em 42%.
Na reunião do Conselho Curador do FGTS com entidades representativas da indústria da construção, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apresentaram um voto para que fossem definidas diretrizes capazes de frear as contratações de usados.
“Nós não podemos deixar o usado desenfreado e prejudicar o financiamento dos novos, senão vamos ter um problema sério agora no fim do ano. Nós não colocamos nenhum percentual, queremos apenas a diretriz. Temos que estudar qual é o número atual para frear a questão dos usados, particularmente na faixa 3”, afirmou Elson Póvoa, representante da CNI.
Fonte: O Globo
Plano de novos espigões em Balneário Camboriú inclui demolição de prédio de luxo
Em Balneário Camboriú (SC), um símbolo da orla vai desaparecer para dar lugar a gigantes: o Edifício Ivo Agostinho Roveda, de 19 andares, será demolido para a construção de dois arranha-céus de 75 e 63 pavimentos. Entregue em 2003, o edifício a ser demolido tem apartamentos que custaram entre R$ 4 milhões e R$ 9 milhões, segundo corretores.
Para a construção do novo empreendimento, chamado La Perle, foram adquiridos terrenos vizinhos, prédios e até um restaurante no entorno, que também serão demolidos, gerando mais de 1500 toneladas de entulhos.
O novo empreendimento terá duas torres, uma com 237,5 metros de altura, e outra com 201,39 metros. As coberturas serão duplex, com metragem acima de 500 m² cada, e algumas ocuparão um andar inteiro, com sacadas de frente para o mar de até 29 m². O condomínio vai oferecer academia, salas de massagem, saunas, wine bar e espaços gourmet, entre outras comodidades.
A população estimada nas duas novas torres é de 1.656 pessoas. A construção deve levar de seis a sete anos para ser concluída. Enquanto isso, um prédio vizinho de 11 andares, o edifício Quebec, ficará “ilhado” pela nova construção, já que um morador se recusou a vender seu apartamento para a construtora.
A derrubada de prédios para a construção de outros não é novidade em Balneário Camboriú, mas o que chama a atenção é o tamanho da construção que agora virá abaixo. Especialistas apontam que esta prática tende a elevar ainda mais o preço do metro quadrado na cidade, que já é o mais caro do país: R$ 13.259 por m², segundo o Fipezap de julho. Na cidade há prédios que ainda nem saíram do papel, mas que custam de R$ 55 mil a R$ 85 mil o metro quadrado.
Fonte: UOL
Pesquisa mostra inadimplência do aluguel no Brasil
O índice de inadimplência locatícia no mês de junho foi de 3,53% no país, de acordo com levantamento da Superlógica, plataforma de soluções para os mercados condominial e imobiliário. A maior taxa foi registrada em aluguéis acima de R$ 13 mil (7,92%), enquanto a menor foi em contratos com valores entre R$ 2 a R$ 3 mil (2,06%).
De acordo com a pesquisa, o Nordeste lidera o ranking por região, com 5,60% de inadimplência locatícia, seguido do Norte (5,07%), Centro-Oeste (3,37%), Sudeste (3,16%), e Sul (2,59%). Entre os estados com maiores índices estão Paraíba (13,89%), Amazonas (13,59%) e Sergipe (7,83%), respectivamente. Por outro lado, os estados com as menores taxas são Espírito Santo (2,29%), Santa Catarina (2,26%) e Alagoas (1,37%).
O desemprego, a falta de planejamento financeiro e gastos inesperados, como problemas de saúde, são os principais motivos para a falta de pagamento do aluguel. O problema assombra inquilinos e proprietários de imóveis, além de representar um desafio para as imobiliárias.
Para reduzir o risco, as imobiliárias precisam tomar precauções, como análise financeira rigorosa do locador e uso de garantia locatícia, e buscar na tecnologia ferramentas para processos financeiros.
A pesquisa da Superlógica sobre inadimplência contou com dados de mais de 600 mil clientes locatários em todo o país, que possuem dívidas ou que pagaram o boleto com mais de 60 dias de atraso.
Fonte: Mirian Gasparin
Imobiliária cria programa de assessoria digital para corretores
Atenta à tendência de influenciadores digitais e apostando nas redes sociais como um canal para atrair novos leads, a imobiliária de alto padrão Coelho da Fonseca criou um programa interno de assessoria digital para seus corretores. A iniciativa orienta os profissionais interessados sobre como utilizar o Instagram para apresentar imóveis e alavancar vendas.
Em reuniões mensais, os corretores recebem instruções sobre como produzir vídeos e posts criativos, uma sugestão de calendário de postagens e até direção gráfica e de conteúdo personalizada. Os que apresentam os melhores resultados têm direito, ainda, a conteúdos patrocinados, acompanhamento individualizado e suporte completo para produção e gestão de anúncios.
Segundo a empresa, a iniciativa impulsionou em 20% a geração de novos leads qualificados e visitas. Mais de 300 corretores associados participam do programa.
“Nas redes sociais, os corretores de imóveis ganham projeção e se destacam ao estabelecer uma comunicação clara e direta com seus consumidores, gerando empatia e identificação com seu público, e atraindo assim ainda mais clientes. Corretores chegam a vender casas de mais de R$20 milhões graças aos conteúdos publicados nas redes de forma ordenada”, afirma Luiz Alfredo Coelho da Fonseca, diretor da Coelho da Fonseca.
Fonte: Segs