Loft lança simulador de financiamento imobiliário com Inteligência Artificial no WhatsApp. Em São Paulo, Perdizes lidera entre os bairros com mais imóveis “em estoque”. Incorporadora iX, ex-PDG, trabalha para restaurar confiança do mercado.
Loft lança simulador de financiamento imobiliário com IA por WhatsApp
A startup Loft, que atua no mercado imobiliário, lançou um simulador de financiamento pelo WhatsApp. Gratuita para imobiliárias parceiras da empresa, a ferramenta usa inteligência artificial (IA) para atuar como um assistente virtual de corretores de imóveis e corretores de financiamento, respondendo consultas em menos de 15 segundos.
“Atualmente, 98% das imobiliárias e corretores já fazem seus negócios com base no WhatsApp… No último mês, liberamos a ferramenta para alguns de nossos parceiros, e o retorno é o melhor possível”, afirma Sandro Westphal, CEO de fintech na Loft.
O simulador permite uma jornada antecipada do financiamento, em paralelo à escolha do imóvel, possibilitando que corretores avancem nas negociações com dados precisos em mãos. A interação pelo WhatsApp é simples: basta informar o valor a ser financiado para receber a simulação em PDF.
“Com nossa ferramenta, usando linguagem natural, o corretor pode fazer a simulação em segundos. A ferramenta completa a análise e já retorna com as opções de bancos e taxas”, explica Westphal.
O simulador oferece um comparativo das condições de diferentes bancos, incluindo prazo, renda mínima, amortização, valor da primeira parcela, taxa de juros e custo efetivo total do financiamento, além de simulações ilimitadas com diferentes valores a financiar.
Nas próximas semanas, as mais de 700 imobiliárias inscritas no Clube Loft deverão utilizar o simulador.
Fonte: Exame
Em São Paulo, Perdizes lidera entre os bairros com mais imóveis ‘em estoque’
Um horizonte de apartamentos à venda. É o que se vê em Perdizes, bairro que lidera o ranking de imóveis em estoque em São Paulo em maio, com 2348 unidades disponíveis. O boom imobiliário, impulsionado pelas obras do metrô e mudanças no zoneamento, fez da região um verdadeiro ímã para grandes incorporadoras como Cyrela, Tecnisa e Gafisa.
Pinheiros e Vila Mariana seguem o mesmo compasso, com 2.306 e 2.136 unidades disponíveis, respectivamente. A explicação para esta “sobra” de unidades está em características que fogem ao ideal de compra, ou seja, unidades que não possuem vagas de garagem ou tem um número inadequado de quartos, somados à dificuldade de financiamento diante dos altos juros. Segundo levantamento da empresa de pesquisa e consultoria Brain, um a cada quatro apartamentos lançados na capital estão em estoque.
Por outro lado, esta maré de imóveis disponíveis pode ser a oportunidade para quem busca negociar descontos e abocanhar a tão sonhada casa própria. O preço médio de um apartamento novo em São Paulo é de R$ 717 mil, com 51 m². Imóveis de um quarto custam em média R$ 447 mil, enquanto os de dois dormitórios saem por R$ 461 mil.
Apartamentos de três quartos têm preço médio de R$ 1,75 milhão, e os de quatro quartos, R$ 4,3 milhões. No segmento econômico, os preços variam de R$ 223 mil a R$ 530 mil.
A MRV lidera o estoque no país no segundo trimestre deste ano, com R$ 10 bilhões em imóveis, sendo 2,4% de projetos concluídos. A Cyrela possui R$ 1,4 bilhão em ativos de estoque, tendo vendido 11% do estoque inicial no primeiro trimestre. A Eztec encerrou o semestre com R$ 2,5 bilhões em estoque, uma redução anual de 7,4% e a Tecnisa tinha R$ 1,2 bilhão em estoque em março, com 6% de empreendimentos concluídos.
No segmento econômico, a Cury fechou junho com R$ 1,7 bilhão em estoque, a Tenda tinha R$ 1,9 bilhão em março, e a Direcional encerrou o segundo trimestre com R$ 4,6 bilhões em estoque.
A boa notícia é que o mercado dá sinais de recuperação. Entre março e maio de 2024, mais de 100 mil unidades foram vendidas por mês, superando o ritmo de lançamentos. Por outro lado, com a prefeitura segurando as aprovações de novos projetos, a expectativa é que uma enxurrada de lançamentos tome conta do segundo semestre, tornando a disputa ainda mais acirrada.
Fonte: Estadão
Incorporadora iX, ex-PDG, trabalha para restaurar confiança do mercado
Três anos após sair de uma recuperação judicial com uma dívida de R$ 5,7 bilhões, a incorporadora carioca PDG, agora renomeada como iX, busca se reerguer no mercado imobiliário. A empresa, que já foi a maior do Brasil, agora foca em lançamentos voltados para a classe média paulistana, onde já possuía terrenos antes da crise.
Dois empreendimentos já foram lançados: um no Tatuapé e outro em Santana, ambos financiados com a emissão de CRIs. A expectativa é que a entrega desses imóveis fortaleça a confiança do mercado na empresa.
“Costumamos falar algum prazo de obra e entregar antes. A ideia é surpreender o cliente, dar boas notícias, para reforçar a confiança e a credibilidade”, diz Augusto Alves dos Reis Neto, CEO da companhia. Atualmente, 17% da obra no Tatuapé está concluída, enquanto as obras em Santana ainda não começaram.
A iX continua trabalhando para pagar as dívidas do plano de recuperação judicial, principalmente por meio da conversão da dívida em ações, e atualmente a dívida está em torno de R$ 1,7 bilhão.
Fonte: Estadão
Reforma Tributária gera disputa de números entre setor imobiliário e governo
A proposta de regulamentação da Reforma Tributária – que segue em tramitação no Senado – gerou um embate entre a equipe econômica e o setor imobiliário. Enquanto o governo afirma que as concessões feitas equilibram a carga tributária do setor, entidades do mercado imobiliário apontam um possível aumento nos preços dos imóveis, que pode chegar a 12%.
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, garante que a redução de 40% na alíquota-padrão já equilibra a carga tributária, com impacto máximo de 3,5% nos preços de imóveis acima de R$ 2 milhões e queda de 3,5% nos imóveis populares.
Por outro lado, o presidente da CBIC, Renato Correia, e o presidente do Secovi-SP, Ely Wertheim, citam estudos que indicam a necessidade de uma redução de 60% na alíquota-padrão para manter a carga tributária atual.
Wertheim estima um impacto nos preços entre 2% e 5%, enquanto Correia teme um aumento de até 12%. “Se houver aumento de preço, o consumidor é que irá pagar”, afirma Correia, afirmando que a carga tributária do setor pode dobrar de 8% para 16%.
O setor imobiliário tem demonstrado preocupação com a tributação de pessoas físicas, especialmente os aposentados que vivem de renda de imóveis. Embora a equipe econômica refute esta ideia, há incertezas sobre a definição de “atividade preponderante”.
Segundo a consultora Melina Rocha, a reforma visa tributar atividades empresariais, não pessoas físicas, mas sugere que regulamentos futuros tragam critérios mais objetivos. Vanessa Canado, ex-assessora especial do Ministério da Economia, concorda com Appy sobre a dificuldade de calcular o resíduo tributário do setor, destacando que diversos tributos estão embutidos nos insumos comprados pelo setor imobiliário.
Fonte: Estadão