Otimismo na construção eleva pela 2ª vez projeção de crescimento do setor para 2024. Corretor do ES vence câncer raro e vira sucesso no TikTok. Elie Horn reorganiza fintech da Cyrela e leva CashMe ao lucro.
Otimismo na construção eleva pela segunda vez projeção de crescimento do setor para 2024
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) revisou novamente a projeção de crescimento para o setor em 2024, elevando a previsão de 2,3% para 3%. A entidade já havia ajustado a previsão em março, de 1,3% para 2,3%. Expectativas positivas para a economia brasileira e aumento do financiamento imobiliário com recursos do FGTS impulsionam a nova revisão para cima.
Além das perspectivas positivas para a economia brasileira, a Cbic destacou o mercado de trabalho resiliente e a melhora na expectativa sobre novos lançamentos imobiliários. Outro motor deste mercado foi o salto de 75% nos financiamentos imobiliários via FGTS nos primeiros seis meses de 2024, totalizando R$ 67,2 bilhões, segundo a Abecip. A entidade prevê um aumento de 7,8% nos financiamentos imobiliários este ano.
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) teve captação líquida positiva por dois meses consecutivos, algo que não ocorria há quase três anos. A informação foi destacada pela Cbic no comunicado. Por outro lado, a entidade também destacou a perda de recursos na caderneta de poupança devido aos juros elevados, que prejudicam o rendimento e a atratividade deste investimento.
A sondagem dos empresários feita em julho revelou que o setor vê como fatores positivos a queda da taxa de juros, projeções favoráveis para o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e expectativas em torno do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas ainda lamentam a elevada carga de impostos e o alto custo da mão de obra não qualificada.
Fonte: Investing/Reuters
Inspiração: corretor do ES vence o câncer e vira sucesso no TikTok
Vinícios Fernandes, de 35 anos, é um sucesso no TikTok, onde seus vídeos ultrapassam milhões de visualizações. Atuando como corretor de imóveis de Linhares, no Espírito Santo, ele compartilha com os seguidores não apenas sua jornada no mercado imobiliário como uma história de superação após enfrentar um câncer raro na tireoide em 2016.
Durante o tratamento, Vinícios passou 12 dias internado, três deles em coma, e teve que reaprender a falar e comer. “Saí do hospital com traqueostomia, sonda de alimentação. Não conseguia comer, falar. Tive que reaprender tudo. Depois, tratamento. Refiz exames e um deles apontou alguns nódulos novamente no pescoço. Precisei fazer uma nova cirurgia, retirar os nódulos, um músculo que acabou afetando a mobilidade para levantar o braço e tive que abrir o pescoço para retirar os nódulos. Saí do hospital, passei por um novo tratamento e depois precisei fazer uma outra cirurgia para tirar um granuloma abaixo da minha corda vocal”, conta.
A recuperação completa veio no final de 2017, mas ele ainda precisou de tempo para retomar suas atividades. Em 2020, durante a pandemia, foi demitido do setor moveleiro e decidiu mudar de carreira, entrando no ramo imobiliário com o incentivo da família. “No começo não é fácil, vindo do setor privado. Quando muda para o ramo de vendas, você é o seu próprio patrão”, comenta.
Mesmo com sequela na voz, Vinícios começou a usar as redes sociais para expandir seu alcance como corretor e um de seus vídeos no TikTok ultrapassou três milhões de visualizações. “A minha corda vocal do lado esquerdo ficou semiparalisada. Isso me causa dificuldade de respirar e minha voz não ficou com timbre masculino. Fiz tratamento com fono para melhorar a minha comunicação”, recorda.
A persistência deu resultados, e o corretor virou exemplo de superação com seus vídeos, que o fizeram ficar famoso para além das fronteiras do Espírito Santo. “Meu sonho é continuar trabalhando na área, me tornando referência”, afirma. Hoje ele trabalha na venda de imóveis de médio a alto padrão em Linhares, de R$ 500 mil a R$ 2 milhões.
A presença da companheira, a arquiteta Mayara, foi fundamental na luta contra o câncer que, após vencido, deu espaço para outro sonho: casamento e um filho. “Ter um filho é motivador, quero dar o meu melhor para ele”, afirma Vinícios sobre o pequeno Davi de oito meses.
Fonte: A Gazeta
Elie Horn reorganiza fintech da Cyrela e leva CashMe ao lucro
Considerada a “neta” de Elie Horn, fundador da Cyrela, a fintech CashMe passou por uma reorganização sob as diretrizes do fundador e presidente do conselho do grupo. A decisão foi tomada após a startup crescer demais, queimar o caixa e entrar no vermelho, algo incomum no histórico da companhia. Criada em 2018 para financiar imóveis, a CashMe diversificou seu portfólio, mas o retorno não veio como o esperado, ao contrário, houve prejuízo líquido de R$ 49 milhões.
“Havia uma pressão para crescer, vista a expansão explosiva do valuation de outras startups na época”, conta Juliano Bello, presidente da CashMe. A fintech passou a consumir capital de modo elevado para competir com grandes bancos, sem obter o mesmo retorno. Foi aí que Elie Horn interveio, aconselhando a empresa a focar no lucro e não em atrair sócios ou abrir capital.
A partir do fim de 2022, a CashMe simplificou seu negócio, cortando o crédito consignado e transferindo o consórcio para uma plataforma conjunta com a Rodobens. A reestruturação incluiu a redução de despesas com a aquisição de clientes via canais digitais e a demissão de cerca de 100 dos 400 funcionários.
“Foi um momento duro para a empresa”, relembra Bello. Mas as mudanças surtiram efeito, e a CashMe conseguiu focar nos produtos certos, diferenciar-se dos bancos e gerar valor para o cliente. A fintech teve lucro líquido de R$ 70 milhões em 2023. Para este ano, o retorno sobre o capital (ROE) deve ficar “bem acima” do CDI, segundo o presidente da empresa.
A projeção para os próximos três anos é crescer com a própria geração de caixa e com a securitização de recebíveis, e consolidar atuação no segmento definido, sem novos produtos financeiros ou injeções de capital. “Esses resultados vão começar a aparecer nos próximos balanços da Cyrela de forma mais clara”, estima Bello.
Fonte: Estadão
Na hora de escolher imóveis, gaúchos valorizam áreas verdes
Os gaúchos são os brasileiros que mais valorizam áreas verdes ao escolher um imóvel para morar, segundo pesquisa da Loft em parceria com a Offerwise. Realizada em junho, com pessoas de 12 estados, o levantamento perguntou quais características são mais valorizadas numa residência ideal.
No Rio Grande do Sul, 57% dos entrevistados apontaram a arborização, ou seja, a quantidade de árvores e áreas verdes nas proximidades, como fator determinante. O Distrito Federal ficou em segundo lugar, com 55% das preferências.
Além de “arborização”, a pesquisa listou outras 11 opções, como “vizinhança segura”, “infraestrutura do bairro”, “fácil acesso a vias importantes”, “quintal ou espaço para lazer” e “proximidade do trabalho ou da faculdade”. Em nível nacional, as opções mais citadas foram “vizinhança segura” (65%), “vizinhança tranquila” (61%) e “infraestrutura do bairro” (57%). Os gaúchos, ao que parece, estão pensando além do óbvio.
O resultado indica que empreendimentos que não priorizam questões ambientais podem se tornar menos atrativos, inclusive economicamente. A presença de plantas e jardins é essencial para a qualidade de vida, especialmente em períodos de calor extremo, cada vez mais comuns devido à emergência climática.
Fonte: Zero Hora