Segundo projeto que regulamenta Reforma Tributária e mexe com setor imobiliário deve ir a votação em 13 de agosto. Medo de perder a casa e desconhecimento ainda freiam crescimento do home equity no Brasil. EZTec registra crescimento de 17,7% no lucro líquido do segundo trimestre.
- Segundo projeto que regulamenta Reforma Tributária deve ser votado em 13 de agosto
- Medo de perder a casa e desconhecimento ainda freiam crescimento do home equity no Brasil
- Lucro líquido da EZTec avança 17,7 por cento no segundo trimestre
- Maior fundo imobiliário em número de cotistas capta R$ 1 bilhão
Segundo projeto que regulamenta Reforma Tributária deve ser votado em 13 de agosto
A regulamentação da Reforma Tributária tem dois projetos. O primeiro, aprovado em junho e que tramita agora no Senado Federal, define as normas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS), nova tributação criada pela reforma. O segundo projeto discute o Comitê Gestor e como será a gestão do IBS, incluindo a distribuição de receitas. Este ainda está na Câmara e, segundo o relator-geral, deputado Mauro Benevides Filho, deve ser votado em 13 de agosto.
Benevides afirmou que fez várias modificações no texto para garantir que contribuintes participem do comitê gestor. “Também estabelecemos prazos para a devolução dos créditos aos exportadores, tornando o processo mais rápido e competitivo”, afirmou o deputado em um encontro do Lide Ceará, em Fortaleza, que teve como tema o impacto da reforma no setor imobiliário.
De acordo com empresários, imobiliárias e incorporadoras enfrentarão um aumento na alíquota do imposto e a incidência do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) nas transações de compra e venda. O IVA incide sobre a diferença entre a compra e a venda do imóvel, variando de 7,9% para imóveis de R$ 200 mil a 22% para propriedades acima de R$ 2 milhões.
Atualmente, a alíquota média para as empresas imobiliárias é de 8%, tributada pelo Pis Cofins, que será extinto com a reforma. Com a reforma, a alíquota média sobre o lucro para as transações de imóveis novos passa a ser de 15,9%. Além disso, o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) continuará incidindo nas transações imobiliárias, variando de cidade para cidade. Em São Paulo, por exemplo, a alíquota é de 3% sobre o valor total do imóvel.
Para pessoas físicas, nada muda. No entanto, o mercado indica que a nova regra tributária será sentida no bolso dos consumidores, já que as empresas devem repassar os custos adicionais para os preços dos imóveis. O setor têm se posicionado de forma crítica, temendo que o aumento dos valores afaste os clientes.Fontes: O Povo e Veja
Medo de perder a casa e desconhecimento ainda freiam crescimento do home equity no Brasil
As atenções no setor imobiliário estão voltadas para o home equity, também conhecido como crédito com garantia de imóvel. O produto existe há mais de duas décadas, mas só ganhou força nos últimos anos. No primeiro semestre de 2024, o home equity cresceu 41% na comparação com 2023, somando 4,6 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Apesar de oferecer juros mais baixos, a modalidade enfrenta barreiras para decolar. “Muita gente não conhece a operação”, diz Sandro Gamba, presidente da Abecip. Segundo ele, os bancos brasileiros só começaram a oferecer esta possibilidade a partir de 2020. O maior entrave para crescimento, no entanto, é o medo do proprietário em perder o imóvel.
Segundo a Associação, 2,8% dos contratos de home equity têm algum atraso. Nos contratos comuns, esta taxa é de 7%. Com o Marco das Garantias, aprovado no ano passado, a expectativa é que esta modalidade de crédito possa dar um salto.
Entre as novidades, está a possibilidade de usar um mesmo imóvel para para mais de um empréstimo, inclusive em bancos diferentes, mantendo o teto de 60% do valor. Segundo especialistas, esta trava impede que aconteça no Brasil a crise que o setor imobiliário dos Estados Unidos sofreu em 2007.
Fonte: Veja São Paulo
Lucro líquido da EZTec avança 17,7 por cento no segundo trimestre
A incorporadora EZTec registrou um lucro líquido de R$ 88,66 milhões no segundo trimestre, um aumento de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado pela empresa. A receita líquida cresceu 71,4%, atingindo R$ 415,9 milhões.
De abril a junho, a EZTec teve vendas líquidas de R$ 508 milhões, um aumento de 21,2% em um ano, sendo o segundo melhor trimestre da empresa nesse indicador. Uma campanha de descontos para unidades prontas, que somou R$ 135 milhões em vendas, foi um fator que contribuir para o resultado.
No entanto, os lançamentos seguiram em direção contrária, com uma queda de 60,4% no valor geral de venda (VGV) potencial. A margem bruta recuou 1,5 ponto percentual, para 30,9%, e a margem líquida caiu 9,7 pontos, para 21,3%.
A EZTec também registrou queima de caixa de R$ 38,1 milhões no segundo trimestre, em comparação com R$ 82,1 milhões no mesmo período do ano passado. A dívida líquida da empresa somava, em junho, R$ 122,7 milhões, contra uma posição de caixa líquido de R$ 98,26 milhões em junho de 2023.
Fonte: Valor Econômico
Maior fundo imobiliário em número de cotistas capta R$ 1 bilhão
O Maxi Renda, da XP, concluiu sua 10ª emissão, consolidando-se como o maior fundo imobiliário em número de cotistas, com mais de 1 milhão de investidores. As emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) cresceram 149,2% no primeiro semestre deste ano, totalizando R$ 31,4 bilhões, o que incentivou a XP a buscar mais recursos para seu principal fundo.
O fundo captou, na 10ª emissão, R$ 1 bilhão, sendo R$ 800 milhões da oferta inicial e R$ 200 milhões do lote adicional. Somadas as duas últimas ofertas, o fundo captou R$ 1,7 bilhão, elevando seu patrimônio líquido para R$ 4,3 bilhões, um crescimento de cerca de 65% em pouco mais de seis meses.
Com 73% do portfólio investido em CRIs, a estratégia do Maxi Renda manterá essa alocação, com sete novas operações no pipeline para alocar o caixa da nova captação.
Segundo relatório do primeiro trimestre, o portfólio conta com 86 CRIs, dos quais apenas quatro estão marcados como estressados.
A rentabilidade de 65,8% dos CRIs está atrelada ao IPCA+, 33,9% ao CDI, e o restante são títulos pré-fixados e IGP-M. Além disso, 13% do portfólio está investido em outros fundos imobiliários, com destaque para o FII Succespar Varejo e o FII Lago de Pedra.
O fundo também planeja mais investimentos estruturados em SPEs para financiamento residencial e outros fundos imobiliários. “A estrutura de funding do País está mudando, o que abre espaço para operações de mercado”, afirma André Masetti, gestor de fundos estruturados da XP Asset.
Fonte: NeoFeed