Confiança aumenta apetite de incorporadoras por compra de terrenos e lançamentos. Investir na capacitação das mulheres no mercado imobiliário resulta em ganhos financeiros, diz Elisa Rosenthal. Tragédia ambiental eleva preços de aluguel em Porto Alegre, com maior alta em cinco anos.
- Confiança aumenta apetite de incorporadoras por compra de terrenos e lançamentos
- Mulheres no mercado imobiliário: investir na pauta feminina resulta em ganhos financeiros, diz Elisa Rosenthal
- Tragédia ambiental eleva preços de aluguel em Porto Alegre: maior alta em cinco anos
- Grupo Patrimar registra recordes históricos no segundo trimestre
Confiança aumenta apetite de incorporadoras por compra de terrenos e lançamentos
O Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial, desenvolvido pela Abrainc e Deloitte, mostra que incorporadoras estão mais propensas a adquirir terrenos nos próximos meses. A intenção de compra subiu de 80% no primeiro trimestre para 86% no segundo trimestre, destacando 94% entre empresas do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e 76% no médio e alto padrão (MAP).
A expectativa de lançamentos também cresceu, com 93% das 50 empresas sondadas planejando novos projetos nos próximos 3 a 12 meses, contra 90% no início do ano. No MCMV, esse número chega a 97%, enquanto no MAP é de 88%. “A demanda crescente por habitação está criando oportunidades significativas para novos lançamentos”, afirma Luiz França, presidente da Abrainc.
O setor voltado à baixa renda é o mais aquecido, com crescimento de 10% de abril a junho, enquanto o médio e alto padrão subiu 3,3% no mesmo período. Para Claudia Baggio, líder de real estate e avaliação patrimonial da Deloitte, o MAP está mostrando sinais de recuperação, apesar dos desafios anteriores. “Essa retomada, ainda que gradual, indica um movimento positivo no mercado”, avalia.
Em relação às vendas, o índice subiu 7,2% entre abril e junho, com o segmento popular (MCMV) novamente liderando (10,4%). Os preços dos imóveis aumentaram 4,7% do primeiro para o segundo trimestre, com expectativa de “forte aumento” nos próximos anos, segundo especialistas.
Fonte: Valor Econômico
Mulheres no mercado imobiliário: investir na pauta feminina resulta em ganhos financeiros, diz Elisa Rosenthal
A crescente participação feminina no mercado imobiliário, especialmente em cargos de liderança, é uma das principais transformações pela qual o setor passa atualmente. Segundo a executiva Elisa Rosenthal, Presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário, as empresas estão percebendo que abordar questões de gênero resulta em lucratividade e inovação.
O protagonismo feminino no setor foi o tema da 3ª edição do SOMA, evento promovido pelo Instituto e realizado no MASP em São Paulo, que homenageou também a arquiteta Lina Bo Bardi.
No evento, Rosenthal destacou o aumento no número de corretoras que atuam no mercado imobiliário brasileiro hoje, saltando de 34% em 2019 para 40% em 2022, conforme pesquisa do DataZAP.
“Está mais claro que falar sobre a pauta feminina, de gênero e diversidade significa falar sobre receita, novos produtos e inovação, mas, principalmente, sobre lucratividade”, analisa a executiva. Segundo Rosenthal, cada vez mais marcas e entidades de classe aparecem “engajadas” no tema, que antes precisava de uma estrada a ser construída. “Agora vemos iniciativas que estão pavimentando e navegando por estes caminhos”.
No entanto, a relevância das posições ocupadas por mulheres ainda é um desafio. “Ocupar cargos de liderança muitas vezes significa estar em uma posição solitária”, alertou Rosenthal, ressaltando a necessidade de investimento em capacitação.
Um estudo de 2020 da behup revelou que mais mulheres (21,1%) do que homens (12,4%) decidem sobre a compra de imóveis sem influência do cônjuge. Para Rosenthal, esta independência é crucial para incluir mais mulheres em posições de liderança no setor. “Não se trata de excluir os homens, mas de criar oportunidades para as mulheres ocuparem esses espaços”, defende.
A executiva enfatiza que a inclusão feminina não só promove diversidade, mas também impacta positivamente os resultados financeiros das empresas. “Investir na pauta feminina se traduz em resultados financeiros”.
Fonte: Estadão
Tragédia ambiental eleva preços de aluguel em Porto Alegre: maior alta em cinco anos
Os custos do aluguel em Porto Alegre saltaram 3,45% em julho, a maior alta desde março de 2019, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. O preço médio do metro quadrado para locação chegou a R$ 35,76. Imóveis de um e dois dormitórios tiveram os maiores aumentos, com altas de 4,15% e 3,56%, respectivamente. Nos últimos 12 meses, o aumento acumulado foi de 16,9%, o maior desde o início da série histórica.
A tragédia ambiental no Rio Grande do Sul, com chuvas torrenciais e enchentes que devastaram bairros inteiros em maio, impactou a elevação dos preços, já que a disponibilidade de imóveis para locação caiu drasticamente, enquanto a demanda subiu na mesma proporção.
Em comparação a abril, os custos com aluguel subiram 5,2%. Segundo o gerente de dados do QuintoAndar, Thiago Reis, a tragédia reverteu o processo de desaceleração do mercado de locação na capital gaúcha, observado antes das enchentes.
A busca por regiões mais altas e menos afetadas pelas águas também elevou os preços dos imóveis. Os bairros Santa Cecília, Jardim Itu-Sabará, e Rio Branco registraram as maiores valorizações mensais, com aumentos de 28,4%, 13,7% e 11,8%, respectivamente.
Fonte: Correio do Povo
Grupo Patrimar registra recordes históricos no segundo trimestre
Com receita líquida de R$ 469 milhões e lucro bruto de R$ 80 milhões, o Grupo Patrimar atingiu recordes históricos no segundo trimestre de 2024. O lucro líquido da incorporadora chegou a R$ 30 milhões, um desempenho impulsionado pela forte demanda em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e interior de São Paulo.
A receita líquida da empresa cresceu 32% no segundo trimestre em relação a 2023. Nos últimos 12 meses, chegou a R$ 1,5 bilhão, representando um aumento de 41% em relação ao período anterior. O lucro líquido trimestral subiu 69% em comparação a 2023, com um ROE anualizado de 21,2%.
Segundo o Diretor Executivo Comercial, Lucas Couto, o trimestre passado foi marcado por lançamentos de quatro empreendimentos, totalizando 707 unidades e um VGV de R$ 2,45 bilhões, um crescimento de 32% em relação ao ano anterior.
Alex Veiga, CEO da Patrimar, celebrou os resultados e reafirmou o compromisso com o crescimento contínuo e foco em inovação. Com um landbank de R$ 12 bilhões, a incorporadora foca em consolidar sua liderança no mercado imobiliário brasileiro.
Fonte: Revista Cenário