Caixa bate recorde de lucro e impulsiona crédito imobiliário no segundo trimestre. Taxa de condomínio varia até quatro vezes entre bairros em SP. Brookfield compra cinco prédios no Centro da capital paulista e investe em retrofit para aluguel.
- Caixa bate recorde de lucro e impulsiona crédito imobiliário no segundo trimestre
- Taxa de condomínio varia até quatro vezes entre bairros em São Paulo
- Retrofit com foco em aluguel: Brookfield compra cinco prédios no Centro de São Paulo
- Florianópolis é a capital mais segura do Brasil, mas oferece alto custo de vida
Caixa bate recorde de lucro e impulsiona crédito imobiliário no segundo trimestre
A Caixa Econômica Federal registrou lucro recorrente de R$ 3,287 bilhões no segundo trimestre de 2024. O resultado representa um aumento de 14% em relação ao primeiro trimestre e de 27,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, consolidando a trajetória ascendente do banco.
O bom desempenho da instituição financeira foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento da carteira imobiliária, carro-chefe da Caixa. Respondendo por 66,7% do total da carteira, o segmento atingiu R$ 784,568 bilhões ao final de junho, um avanço de 3,9% no trimestre e de 14,8% em 12 meses.
Os principais pilares da expansão foram os recursos vindos do FGTS, que somaram R$ 456,6 bilhões, e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, com R$ 327,0 bilhões.
A solidez da operação também se refletiu na margem financeira, que alcançou R$ 15,481 bilhões, um crescimento de 1,3% em relação ao primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo período de 2023, houve aumento de 4,1%. A carteira de crédito total da Caixa, por sua vez, atingiu R$ 1,174 trilhão, impulsionada por um aumento de 2,7% no trimestre e de expressivos 10,6% em um ano.
Outro indicador positivo foi a queda na inadimplência da carteira, que recuou para 2,20% em junho, comparado a 2,34% em março e 2,79% no mesmo período do ano anterior.
Fonte: O Globo e Valor Econômico
Taxa de condomínio varia até quatro vezes entre bairros em São Paulo
As taxas de condomínio em São Paulo podem variar até quatro vezes entre bairros, revela um estudo feito pela Loft. No Jardim América, primeiro no ranking das maiores taxas condominiais, a média é de R$ 15,65 por metro quadrado, enquanto no Artur Alvim – que lidera entre as taxas mais baratas -, o valor é de R$ 4,08.
Para um apartamento de 150 metros quadrados no Jardim América, a taxa chega a R$ 2.347,50, superando o salário mínimo de R$ 1.412.
A pesquisa analisou mais de 370 mil anúncios em 100 bairros, considerando aqueles com pelo menos 300 imóveis listados em julho.
Em áreas mais valorizadas, “a demanda por serviços no condomínio é mais alta, elevando o custo”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. “Não à toa, oito dos 10 bairros com as maiores taxas estão ao redor da avenida Faria Lima e do parque Ibirapuera, dois polos de grande valorização imobiliária”, complementa.
A Vila Olímpia, Itaim Bibi, Vila Nova Conceição e Moema Pássaros, regiões nobres entre as zonas Sul e Oeste da capital, também apresentam taxas acima de R$ 15 por metro quadrado. Já na zona Leste, bairros como José Bonifácio e Sapopemba têm taxas abaixo de R$ 7,50 por metro quadrado.
A enorme diferença de valores dos condomínios mostra a disparidade de custos de vida dentro da mesma cidade, influenciada pela valorização imobiliária e demanda por serviços. Por isso é importante considerar a taxa de condomínio ao escolher um imóvel, já que ela pode impactar significativamente o orçamento familiar.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Retrofit com foco em aluguel: Brookfield compra cinco prédios no Centro de São Paulo
A Brookfield, gigante global de ativos, investe nos retrofits de São Paulo ao comprar cinco prédios residenciais no coração da capital – Vila Buarque e Bela Vista, no Centro. A movimentação faz parte de uma estratégia mais ampla da empresa para expandir presença no mercado de imóveis residenciais para aluguel no Brasil, ao mesmo tempo em que acontece uma espécie de renascimento cultural e residencial neste antigo cenário paulistano.
Os imóveis adquiridos faziam parte do Fundo de Investimento Planta Retrofit, e compreendem 309 apartamentos e oito lojas térreas. Um processo de reforma transformou os espaços comerciais subutilizados dos edifícios em unidades residenciais modernas, voltadas para locação de curta a média temporada.
Ampliar investimentos no Centro da capital paulista faz parte dos planos da Brookfield, fundamentado no potencial e estrutura que a região já oferece. “Não se trata de uma aposta. Vemos a região como uma realidade”, argumenta André Lucarelli, vice-presidente sênior de investimentos da Brookfield. “O Centro tem crescido como um polo cultural e gastronômico. Isso já existe. Na sequência disso, vem uma procura grande por moradia, mas faltam produtos de qualidade”.
Entre os prédios adquiridos, o Edifício Renata Sampaio Ferreira, ícone da arquitetura modernista dos anos 1950, na Vila Buarque, ganha destaque. Ele foi premiado recentemente como melhor retrofit do mundo pela revista Monocle. Os outros edifícios incluem o União Continental, Arinda, Magdalena Laura e Bianca, este último com inauguração prevista para setembro.
Guil Blanche, presidente da Planta Inc, responsável pelas reformas, ressalta a atratividade da Vila Buarque: “É o bairro mais legal de São Paulo hoje. É um bairro criativo e turístico com alta demanda por moradia e apartamentos para curta temporada”.
Com a aquisição dos novos prédios, o portfólio da Brookfield no segmento residencial para aluguel passa a compreender 27 prédios e 5,1 mil apartamentos em várias cidades brasileiras. A empresa projeta ter 2,3 mil unidades em operação até o final de 2024, com planos de expansão ainda maiores no horizonte.
Fonte: Estadão
Florianópolis é a capital mais segura do Brasil, mas oferece alto custo de vida
O Atlas da Violência, relatório produzido anualmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que Florianópolis (SC) é a capital brasileira com a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes – 8,9 homicídios -, o que faz a cidade liderar o ranking de segurança entre as capitais, seguida por Brasília e Cuiabá.
No entanto, essa segurança vem acompanhada de um custo de vida elevado. A capital catarinense possui a segunda cesta básica mais cara do país, segundo dados de julho do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), custando R$ 782,73. Este valor compromete quase 60% de um salário mínimo líquido. Apenas São Paulo supera Florianópolis neste quesito.
O mercado imobiliário também espelha o custo elevado. De acordo com o Índice FipeZAP de Locação Residencial de julho, Florianópolis apresenta o segundo preço médio de aluguel mais alto entre as capitais analisadas, com R$ 53,72 por metro quadrado, ficando atrás apenas de São Paulo.
Entre os bairros mais caros da cidade, o Agronômica lidera com um preço médio de R$ 60,30 por metro quadrado, seguido pelo Centro e Córrego Grande. Apesar do aumento mensal nos valores de aluguel ter sido modesto em julho (0,02%), o acumulado do ano já atinge 7,14%, superando significativamente o IGP-M no período.
Na hora de escolher um imóvel, especialistas recomendam considerar não apenas o valor do aluguel, mas também custos adicionais como IPTU e condomínio. A localização é um fator crucial, podendo impactar significativamente nos gastos com transporte, especialmente em períodos de alta temporada turística.
Fonte: E-investidor