Garantia locatícia ganha força. Agronegócio impulsiona mercado imobiliário no Centro-Oeste. Espaço delivery, mini-mercado e coworking são tendências que vieram para ficar no mercado imobiliário.
Garantia locatícia ganha força no setor imobiliário
No lugar de um fiador para fechar um contrato imobiliário, proprietários estão preferindo os serviços oferecidos por bigtechs, em busca de maior segurança nos negócios. Não à toa: o índice de inadimplência no mercado condominial e no setor imobiliário foi de 3,53% em junho de 2024, de acordo com pesquisa realizada pela plataforma Superlógica. O Nordeste lidera o ranking por região, com 5,60%, seguido do Norte (5,07%), Centro-Oeste (3,37%), Sudeste (3,16%), e Sul (2,59%).
“Apesar de a garantia com fiadores ser uma opção comum no mercado imobiliário devido à ausência de custos adicionais, cada vez menos pessoas estão dispostas a assumir essa responsabilidade por terceiros”, afirma Gyselle Rodrigues Campos, diretora de locação do Grupo URBS, que atua
em Goiânia, em parceria com a Loft Fiança Aluguel.
No segundo trimestre de 2024, 63% dos contratos de locação da URBS foram realizados com a participação da empresa parceira.
A fiança locatícia difere do seguro fiança, sendo uma alternativa prevista em lei que permite que empresas atuem como fiadores profissionais. Esta modalidade tem ganhado popularidade por oferecer maior segurança aos proprietários e simplificar o processo para os inquilinos, com análises de crédito rápidas e opções de pagamento flexíveis.
Fonte: Diário de Brasília
Agronegócio impulsiona setor imobiliário no Centro-Oeste; construtora catarinense cria “WTC do agro”
O agronegócio brasileiro tem estimulado o crescimento do mercado imobiliário no Centro-Oeste, região responsável por 50% da produção de grãos e quase metade da produção pecuária do país. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o número de unidades residenciais lançadas na região saltou 31,8% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024, com um aumento de 25,8% nas vendas no mesmo período.
Em Goiânia, o setor imobiliário já é o terceiro maior do país, alcançando R$ 6 bilhões em vendas em 2023, com crescimento de 15,8% no primeiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram 13 trimestres consecutivos de valorização nos imóveis, com o valor médio do metro quadrado ultrapassando R$ 10 mil nos bairros mais nobres.
O impacto do agronegócio fica mais evidente em cidades como Rio Verde (GO) e Sinop (MT). Em Rio Verde, quarta maior cidade de Goiás e líder na produção de suínos, grãos de milho e soja no estado, a população cresceu quase 30% entre 2010 e 2022. Já Sinop, conhecida como Portal do Agronegócio, registrou um aumento de 48,4% em área construída entre o primeiro semestre de 2023 e 2024.
A construtora catarinense Haacke Empreendimentos está apostando fortemente nesse mercado, e lança um projeto da marca World Trade Center (WTC) em Sinop. “Queremos transformar a cidade na ‘Faria Lima do agro’”, afirma Douglas Haacke, diretor de Vendas da empresa.
O projeto prevê 10 torres, com a primeira fase incluindo um prédio de 106 metros de altura e 180 salas comerciais, erguido sobre uma rotatória de cinco mil metros quadrados, uma novidade no mundo.
Para convencer o conselho do WTC, Douglas argumentou: “Vocês têm o WTC financeiro em Nova York; o WTC logístico na China, e vão ter onde está a maior matriz energética do mundo, o alimento. O WTC do agro”.
Além do WTC, a Haacke tem cinco projetos em construção no Norte do Mato Grosso, em Sinop, Sorriso e Primavera do Leste. As cidades são o palco do agronegócio brasileiro de hoje, respondendo juntas pela produção de soja, milho, gado, algodão e madeira do país.
“Nos deparamos com um mercado em amplo crescimento, e sem estrutura. Tinha um déficit gigantesco de imóveis para comercializar. Não só para o fazendeiro, mas tem todo um ecossistema, como os que vendem insumos para esse produtor. E, até então, as opções imobiliárias eram comprar em área rural, ou terrenos na cidade para construir. Fomos para fechar essa lacuna”, afirma Douglas Haacke.
A construtora tem dois projetos em Sorriso, vizinha a Sinop. A cidade mantém há quatro anos o posto de município com maior produção agrícola, alcançando R$ 11,5 bilhões. Um dos empreendimentos na cidade está com início de obras previsto para o primeiro semestre de 2025.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Espaço delivery, mini-mercado e coworking são tendências que vieram para ficar
Inovações em serviços e investimentos em infraestrutura valorizam os condomínios e ganham destaque no cenário imobiliário.
Um levantamento da construtora paulista Perlpan Empreendimentos apresentou três tendências do setor que vieram para ficar: espaços delivery, minimercados e áreas de coworking. São reflexos dos desejos atuais dos clientes e da busca crescente por empreendimentos alinhados com comodidade, tecnologia e segurança.
O espaço delivery, que lidera a lista, surge como resposta ao aumento das compras online, oferecendo um local seguro e reservado para recebimento de encomendas. Alguns empreendimentos chegam a implementar elevadores exclusivos para entregas, evitando o contato direto entre moradores e entregadores.
Minimercados automatizados em condomínios aparecem como segunda tendência, proporcionando comodidade aos moradores e potencial fonte de renda para o condomínio. Esses espaços oferecem produtos de necessidade imediata, eliminando deslocamentos desnecessários.
A terceira tendência é a inclusão de áreas de coworking, refletindo a crescente adoção do trabalho remoto. Esses espaços oferecem uma alternativa econômica aos altos custos de aluguel de salas comerciais.
Além das três principais tendências, outras novidades são mencionadas na pesquisa da Perlpan: pontos de recarga para veículos elétricos, antecipando o aumento da demanda por essa tecnologia, e áreas de lazer na cobertura dos edifícios, maximizando o aproveitamento do espaço e garantindo mais privacidade aos moradores.
Fonte: Veja
BH lidera buscas por imóveis com três dormitórios
Belo Horizonte (MG) lidera as buscas por imóveis residenciais com três ou mais dormitórios nos últimos 12 meses, revela pesquisa realizada pela Loft. Segundo o estudo, 46,48% da população belo-horizontina que busca imóveis à venda prefere residências maiores, seguida por São Paulo (33,12%) e Curitiba (31%).
“Os moradores de Belo Horizonte têm um foco claro por espaço. Uma das explicações é que o preço do metro quadrado, ainda que crescente, continua abaixo de outras cidades como São Paulo e Rio. Isso permite aos belo-horizontinos mais possibilidades de procurarem imóveis maiores”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
A pesquisa também analisou as comodidades mais procuradas nos imóveis. Em Belo Horizonte, as preferências são: espaços fitness ou academia (32,42%), churrasqueira (30,27%) e piscina. A exigência por academias se repete em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. Já em Curitiba e Porto Alegre, a prioridade são as churrasqueiras.
“Dados abrangentes como esses são interessantes por mostrarem como as preferências variam localmente. Essas diferenças já existem dentro de uma mesma cidade e ficam ainda mais visíveis na comparação entre as capitais”, acrescenta Takahashi.
Fonte: Diário do Comércio