Governo federal estuda fundo para lidar com dívidas da ‘casa própria popular’. Loft expande uso de IA no WhatsApp para serviços imobiliários. Preços de imóveis residenciais sobem 0,83% em agosto; mercado permanece aquecido.
Governo estuda fundo para refinanciar dívidas de ‘casa própria popular’
O governo brasileiro avalia a criação de um fundo social por meio da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para comprar títulos derivados de dívidas vencidas de famílias que possuem casa própria, mas não conseguiram quitar as parcelas.
O projeto tem como objetivo solucionar um problema crônico em diversos municípios do Brasil, onde cooperativas habitacionais acumulam dívidas de cooperados que não conseguiram honrar com os boletos de financiamento imobiliário. Muitas dessas cooperativas, que construíram e venderam imóveis para famílias de baixa renda, faliram devido ao alto índice de inadimplência.
Segundo apuração do Broadcast do Estadão, a Emgea, impossibilitada de emprestar dinheiro diretamente, buscaria agentes do mercado para conceder recursos financiados aos cooperados. A estatal, então, compraria esses empréstimos posteriormente, permitindo que os agentes formem uma carteira e emitam Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Nesse modelo, os moradores manteriam a dívida em aberto, mas de forma financiada e sem pendências com a Emgea, obtendo a escritura do imóvel. O objetivo é atender uma parcela da população que não está contemplada por programas habitacionais do governo, mas também é frágil em relação à conquista da casa própria.
Para equilibrar riscos ao seu balanço, a Emgea planeja investir em outras frentes mais lucrativas, como a negociação do direito de uso de imóveis federais e a compra de “créditos estressados”.
A proposta, ainda em discussão entre a empresa e o Ministério da Fazenda, faz parte do programa “Acredita”, programa federal que estimula a oferta de crédito e a formação de um mercado secundário de financiamentos imobiliários no país.
Fonte: Estadão/Braodcast
Loft expande uso de IA no WhatsApp para serviços imobiliários
Após o sucesso do simulador de financiamento imobiliário lançado há dois meses, a startup Loft planeja novas ferramentas para otimizar processos no mercado imobiliário. Para isso, a proptech investe na ampliação do uso de inteligência artificial (IA) em seus serviços via WhatsApp.
A próxima iniciativa, prevista para outubro, será um tira-dúvidas do Fiança Aluguel, um dos produtos mais populares da startup. Segundo Luis Bitencourt-Emilio, CTO da Loft, os corretores poderão fazer perguntas por texto ou voz ao assistente virtual, recebendo respostas instantâneas.
“Imagine um corretor estar com um cliente já no apartamento escolhido, ter que perguntar quem pode ser o fiador e ter que esperar o cliente ver se a pessoa está disponível, o que pode levar dias. Agora, vai conseguir resolver isso ao vivo”, explica Bitencourt-Emilio.
Segundo o executivo, todo o leque de produtos e serviços oferecidos pela empresa devem ser otimizados por meio da inteligência artificial em algum momento, especialmente buscando automatizar as etapas burocráticas que existem na hora de comprar, vender ou alugar um imóvel.
O simulador de financiamento, lançado em julho, já reduziu o prazo médio do processo de negociação de 60 para 30 dias, fornecendo em segundos as informações detalhadas de renda mínima e taxa de juros para financiamento.
A Loft prepara para novembro um pacote de novidades, entre elas, a contratação de fiança diretamente pelo WhatsApp, eliminando a necessidade de usar uma plataforma separada. A empresa também desenvolve um sistema de agendamento e consulta de visitas a apartamentos, permitindo que os clientes organizem suas visitas de forma mais eficiente.
A proptech pretende ainda disponibilizar também um tira-dúvidas abrangente sobre outros serviços da Loft, como compra e venda, financiamento e seguro.
O objetivo é capacitar os corretores com ferramentas eficientes, permitindo que se concentrem no relacionamento com os clientes. “Estar na frente do corretor, com a ferramenta que ele já utiliza no dia a dia, é a melhor forma de dar valor para essa pessoa”, afirma Bitencourt-Emilio.
Fonte: Época Negócios
Preços de imóveis residenciais sobem 0,83 por cento em agosto
O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), pesquisado pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), revelou um aumento de 0,83% nos preços dos imóveis residenciais em dez capitais brasileiras durante o mês de agosto. Embora tenha havido uma desaceleração em relação ao mês anterior, que registrou alta de 1,06%, o acumulado de 12 meses mostrou uma ligeira aceleração, passando de 12,13% em julho para 12,27% em agosto.
Na capital paulista, os preços subiram 1,20% em agosto, uma leve desaceleração comparada aos 1,30% de julho. No entanto, o acumulado de 12 meses em São Paulo apresentou um aumento, indo de 11,32% para 11,73%. Outras capitais também registraram aumentos significativos, com destaque para Goiânia (2,32%), Rio de Janeiro (0,86%) e Curitiba (0,85%). Apenas Brasília apresentou estabilidade (-0,01%) e Recife teve queda (-0,36%).
No acumulado de 12 meses, todas as capitais pesquisadas mostraram crescimento nos preços dos imóveis. Belo Horizonte liderou com 26,05%, seguida por Goiânia (20,41%) e Curitiba (15,76%). São Paulo ficou em quarto lugar com 11,73%.
A Abecip ressalta que a variação acumulada do IGMI-R nos primeiros oito meses de 2024 foi de 9%, a maior taxa para esse período desde 2021, indicando um aquecimento significativo do setor imobiliário. O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) acumula 5,23% em 12 meses, reforçando o vigor do setor da construção.
A entidade destaca ainda que as variações contrastam com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que acumula alta de 4,24% em 12 meses.
Este cenário, onde o crescimento real no preço dos imóveis residenciais ocorre em um período de inflação dentro do intervalo de tolerância da meta, corrobora o bom momento vivido pelo setor imobiliário brasileiro em 2024.
Fonte: Sinduscon
Curitibanos aprovam seus bairros, mas apontam desafios em segurança e lazer
A grande maioria dos moradores de Curitiba (84%) avalia positivamente os bairros onde vivem, de acordo com um estudo da Loft em parceria com a Offerwise. A capital paranaense ficou em segundo lugar entre as cinco maiores capitais do Sul e Sudeste pesquisadas, atrás apenas de Florianópolis, que obteve 88% de aprovação.
A pesquisa “Avaliação do Seu Bairro” mostrou que apenas 2% dos curitibanos consideram seus bairros ruins ou péssimos. Os aspectos mais bem avaliados foram o acesso à região (86%) e o transporte público (79%). O levantamento foi conduzido entre 19 e 29 de agosto, com margem de erro de cinco pontos percentuais.
A pesquisa identificou, entretanto, pontos de insatisfação. A segurança (58%) e as opções de lazer (53%) foram os itens com menor aprovação, especialmente entre os millennials e a geração Z. A percepção de segurança varia significativamente entre as classes sociais, com 73% de aprovação na classe A contra apenas 50% na classe C.
Quanto à possibilidade de mudança, metade dos curitibanos preferiria permanecer no mesmo bairro, enquanto 35% considerariam mudar de região, mas ficariam na cidade. Tranquilidade (68%) e segurança (66%) são as principais prioridades para quem cogita mudar de bairro.
Os curitibanos também revelaram os bairros mais procurados para moradia na capital: para compra, destacam-se Água Verde, Cidade Industrial de Curitiba e Portão. Já para aluguel, o Centro lidera as buscas, seguido por Água Verde e Cidade Industrial. Os imóveis mais procurados são os de até 50 m² (33%) e de 50 m² a 70 m² (28%). A pesquisa visa entender a satisfação local e pode influenciar nas discussões eleitorais municipais que ocorrem este ano.
Fonte: Bem Paraná