Imóvel mais buscado custa até R$ 350 mil, mas só um terço dos vendedores mira esse teto. Índice de Variação de Aluguéis da FGV aponta queda de 0,88% em novembro. Vendas de cimento caem 0,3% em novembro, mas registram alta de 4% no ano.
Imóvel mais buscado em quatro capitais brasileiras custa até R$ 350 mil
Quase metade dos potenciais compradores de imóveis quer gastar até R$ 350 mil, enquanto muitos vendedores esperam valores entre R$ 351 mil e R$ 800 mil. Essa foi a conclusão da pesquisa realizada em outubro e novembro pela Loft, em parceria com a Offerwise, nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
De acordo com o levantamento, apenas 34% dos vendedores estão dispostos a vender seu imóvel por até R$ 350 mil, enquanto 40% almejam valores entre R$ 351 mil e R$ 800 mil. Apesar disso, 62% dos vendedores consideram ceder descontos, com 40% oferecendo até R$ 50 mil de abatimento. “Essa disparidade pode prolongar as negociações”, diz Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
O preço médio de venda nas cidades analisadas é de R$ 605 mil, segundo o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis). São Paulo tem média de R$ 681 mil e Rio de Janeiro, R$ 639 mil, acima do que pretendem pagar os compradores.
A maioria dos compradores que busca imóveis até R$ 350 mil são jovens adultos, das gerações millennial e Z, de classes sociais B, C e D/E. Quando questionados sobre quais opções usariam para comprar um imóvel, a maioria afirma que pretende recorrer a financiamento bancário por meio de programas habitacionais, como o Programa Minha Casa, Minha Vida.
Para a classe A, o gasto esperado é entre R$ 801 mil e R$ 2 milhões, preferindo usar recursos próprios.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Queda de 0,88 por cento no aluguel em novembro não indica tendência, diz FGV
Em novembro, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) da Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou uma queda de 0,88% em relação a outubro. Contudo, esta redução não sinaliza uma tendência de queda contínua nos aluguéis, segundo a Fundação. Para André Braz, economista da FGV, a diminuição é pontual e reflete condições específicas do mercado naquele mês.
O recuo no índice foi influenciado por quedas em Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Em contraste, o Rio de Janeiro apresentou alta, passando de uma queda de 3,18% para um aumento de 3,95%.
Apesar da queda mensal, a variação acumulada em 12 meses do IVAR passou de 9,72% para 8,35% entre outubro e novembro, ainda quase o dobro da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que foi de 4,77% no mesmo período.
Braz destacou que a demanda por locação supera a oferta no mercado imobiliário atual. Com a taxa Selic elevada, as taxas de juros permanecem altas, desestimulando a compra de imóveis e favorecendo a locação.
“O mercado imobiliário de locação vai continuar aquecido, pois as pessoas não se sentem encorajadas a comprar imóveis com juros altos”, afirmou Braz. Além disso, indicadores macroeconômicos positivos, como baixa taxa de desemprego e aumento da renda, também sustentam o mercado de locação.
“A desaceleração do IVAR em 12 meses não indica uma mudança duradoura”, concluiu ele, ressaltando que os altos juros ainda inibem a compra de imóveis, mantendo o interesse por aluguéis elevado.
Fonte: Valor Econômico
Vendas de cimento caem 0,3 por cento em novembro
As vendas de cimento caíram 0,3% em novembro em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 5,4 milhões de toneladas, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). No acumulado do ano até novembro, o setor alcançou 60 milhões de toneladas, representando um aumento de 4% em comparação ao ano anterior.
A melhora no mercado de trabalho e o aquecimento do mercado imobiliário, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida – responsável por 50% dos lançamentos e 44% das vendas no período – são fatores que contribuíram para esse desempenho positivo.
Entretanto, o SNIC destaca desafios enfrentados pelo setor da construção civil, como a dificuldade em preencher vagas de trabalho. “A escassez de mão de obra e o alto custo de contratação têm elevado salários, pressionando a inflação e impactando os preços dos imóveis e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)”, afirma o sindicato.
Além disso, a tendência de alta na taxa Selic intensifica a competição entre ativos financeiros e imobiliários, tornando os financiamentos mais caros para os tomadores de empréstimo, o que afeta diretamente o mercado imobiliário.
Fonte: UOL/Estadão Conteúdo
Mercado imobiliário de BH cresce 40 por cento e bate recordes em 2024
O mercado imobiliário de Belo Horizonte registrou um crescimento robusto em 2024, com um aumento de 40% no volume de imóveis vendidos de janeiro a setembro. O Valor Geral de Vendas (VGV) na capital mineira atingiu R$ 5,14 bilhões, estabelecendo um recorde para o período. Paralelamente, o Valor Geral de Locação (VGL) alcançou R$ 6,38 bilhões, a maior alta desde março de 2022.
No mesmo intervalo, Belo Horizonte lançou 6.083 unidades e vendeu 6.781, com 70% das vendas concentradas em imóveis de médio e alto padrão, variando entre R$ 350 mil e R$ 1,5 milhão. Os dados, levantados pela Brain Inteligência Estratégica em conjunto com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), foram apresentados no 1º Encontro de Incorporadores do Estado de Minas Gerais (Inc Minas).
Guilherme Werner, sócio-consultor da Brain, atribuiu boa parte dessa boa performance do setor em Belo Horizonte ao programa Minha Casa, Minha Vida, especialmente a faixa 3, que impulsionou as vendas na capital mesmo diante de um cenário econômico desafiador, com juros altos.
O mercado de residenciais verticais também mostra expansão, com 3.290 lançamentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte nos primeiros nove meses de 2024, um aumento de 55,2% em relação ao ano anterior. A capital e Nova Lima concentraram 75% dos novos empreendimentos. Segundo Luiz França, presidente da Abrainc, a verticalização na região segue uma “tendência global”, especialmente em grandes cidades como Belo Horizonte.
O potencial de crescimento do mercado imobiliário da capital mineira é destacado pela baixa quantidade de lançamentos de apartamentos compactos, com apenas 49 empreendimentos nos últimos cinco anos. Werner ressalta que, além da confiança empresarial, questões regulatórias influenciam o avanço desse modelo na cidade.
Fonte: Diário do Comércio