Queda dos juros nos EUA torna mercado imobiliário local atrativo para brasileiros. Retorno ao escritório impulsiona mercado imobiliário corporativo no Brasil. Conheça Mônica Poplawski, a corretora das mansões de Alphaville.
- Queda dos juros nos EUA torna mercado imobiliário local atrativo para brasileiros
- Retorno ao escritório impulsiona mercado imobiliário corporativo no Brasil
- Quem é Mônica Poplawski, corretora de luxo que se destaca nas redes sociais
- Mercado imobiliário de luxo em Maceió aquece com turismo, eventos e um desastre ambiental
Queda dos juros nos EUA torna mercado imobiliário local atrativo para brasileiros
Jon Paul Pérez, presidente do grupo imobiliário americano Related, fundado pelo pai dele, acredita que a queda dos juros nos Estados Unidos (EUA) – enquanto o Brasil retoma um ciclo de alta – pode impulsionar as vendas de imóveis para compradores brasileiros.
O grupo Related é conhecido por investimentos imobiliários na Flórida, e já construiu mais de 100 mil apartamentos, a maioria em Miami e em Nova York. Em entrevista ao jornal Estadão, Pérez destaca o forte interesse de brasileiros nos cerca de 15 projetos ativos da empresa no sul da Flórida.
“Os brasileiros já estão pensando em Miami, então nossa presença aqui ajuda a facilitar a decisão final”, explica Pérez. Ele ressalta que a cidade tem forte influência cultural latino-americana, atraindo brasileiros para férias e estudos.
O executivo aponta que a compra de imóveis nos EUA é uma forma de diversificar ativos em dólares e trazer segurança. Sobre o perfil dos compradores brasileiros, ele menciona uma variedade que inclui médicos, advogados e empreendedores. Ele destaca que 90% dos clientes adquirem apartamentos sem hipoteca.
“Na etapa de pré-construção, nós vendemos, e assinamos contratos. Os compradores pagam 20% do preço total, em dinheiro. Então, nós começamos a construção, e eles colocam mais 10%, e geralmente quando terminamos de erguer o prédio, eles pagam mais 10%”, explica Pérez sobre o processo de compra.
Questionado sobre possíveis mudanças com a eleição de Donald Trump, Pérez mantém-se otimista. “Seja qual fosse o seu lado antes, nós temos agora um presidente para os próximos quatro anos. Uma decisão foi tomada pelos eleitores, e agora todos nós precisamos nos unir ao presidente, e torcer, unidos, para que a economia vá bastante bem no novo mandato.”
A Related tem parceria, aqui no Brasil, com a construtora Benx no projeto Parque Global, em São Paulo. Pérez considera o empreendimento bem-sucedido e planeja mais projetos no país, focando inicialmente na capital paulista. “Por enquanto nosso foco é São Paulo, onde estamos baseados. Já consideramos outras cidades, como o Rio, mas ainda não encontramos a oportunidade certa”, diz.
Segundo Pérez, São Paulo oferece “uma quantidade tremenda de oportunidades para desenvolver novos projetos que elevem o padrão do que tem sido feito” no Brasil.
Fonte: Estadão
Retorno ao escritório impulsiona mercado imobiliário corporativo no Brasil
O mercado de escritórios no Brasil deve experimentar uma forte retomada em 2025, impulsionado pelo retorno ao trabalho presencial. Segundo pesquisa da KPMG, 57% das empresas brasileiras adotam o modelo híbrido, com 50,9% exigindo presença no escritório de duas a três vezes por semana.
A taxa de vacância de escritórios atingiu seu nível mais baixo desde 2021. Segundo dados do terceiro trimestre de 2024, três grandes consultorias imobiliárias apresentaram as seguintes taxas: Cushman & Wakefield registrou 18,20%, CBRE apontou 19,3%, e Newmark indicou 20,9%. Estes números representam uma queda significativa em relação à média de 25% registrada em 2021.
A absorção líquida, principal indicador de demanda, alcançou 220,5 mil metros quadrados até o terceiro trimestre de 2024, um aumento de 55% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Newmark. Este valor é quase o dobro da média histórica anual de 120 mil m².
“Se tudo correr como estamos prevendo, os números devem se aproximar da maior absorção líquida da história, registrada em 2017”, afirma Mariana Hanania, da Newmark. Felipe Giuliano, da CBRE, acrescenta: “As empresas hoje buscam, em média, uma estação de trabalho para cada 12 metros quadrados. Antes da pandemia era uma estação a cada sete metros quadrados.”
O aumento na demanda está pressionando os preços, especialmente em regiões premium como a Faria Lima, em São Paulo. A Cushman & Wakefield calcula que o aluguel médio do metro quadrado corporativo paulistano está em R$ 130,19, com locações na Faria Lima chegando a R$ 400/m².
Renato Almeida, da Cushman & Wakefield, projeta que o movimento de retomada gradual para o escritório deve se espalhar de São Paulo para outras capitais brasileiras ao longo de 2025, destacando que “o escritório se mostrou indispensável”.
Fonte: Bloomberg Línea
Quem é Mônica Poplawski, corretora de luxo que se destaca nas redes sociais
Conhecida como a corretora das mansões de Alphaville, região que concentra imóveis de luxo na Grande São Paulo, Mônica Poplawski ganhou destaque nas redes sociais com seu bordão “Bem-vindos ao luxo!”. Dona da Alphahouser, uma corretora especializada em venda e aluguel de mansões, Mônica acumula mais de 955 mil seguidores, entre TikTok (725 mil) e Instagram (230 mil).
Antes de se tornar corretora, Mônica foi “telemoça” do Silvio Santos no SBT, experiência que ela credita como fundamental para sua desenvoltura diante das câmeras. “Ter trabalhado em TV me ajudou muito com a comunicação, entender de edição e ter postura na hora de gravar”, explica.
A corretora produz conteúdo de forma espontânea, sem roteiros, muitas vezes com a ajuda do filho. Seus vídeos incluem apresentações de mansões luxuosas, como uma avaliada em R$ 110 milhões, a mais cara de Alphaville.
Apesar de lidar com imóveis de alto padrão, Mônica reconhece que a maioria de seus seguidores não são compradores potenciais. No entanto, é o engajamento desse público que atrai os verdadeiros clientes. Entre seus compradores estão celebridades como Whindersson Nunes, a dupla Maiara e Maraísa, e a youtuber Camila Loures.
Em 2024, Mônica fechou a venda de uma mansão por R$ 25 milhões. Ela mantém discrição sobre seus clientes, assinando termos de sigilo. “São clientes com quem eu adoraria aparecer na foto, para dizer que fechei a venda, mas eles não deixam”, revela a corretora.
Fonte: Infomoney
Mercado imobiliário de luxo em Maceió aquece com turismo, eventos e um desastre ambiental
O mercado imobiliário de alto padrão em Maceió, no Alagoas, vem ganhando espaço e destaque, impulsionado pelo turismo crescente e por eventos que afetaram a dinâmica urbana da cidade. Segundo dados da Booking.com, Maceió registrou um aumento de 94% nas buscas para o verão de 2025 em comparação ao ano anterior.
Até novembro de 2024, quase 2,5 milhões de passageiros desembarcaram na capital alagoana, segundo a Aena Brasil (Aeroportos Nordeste do Brasil S/A), aumentando a busca por locação sazonal, que atrai investidores nacionais e estrangeiros.
A valorização imobiliária na região acompanha o ritmo de crescimento: o preço médio do metro quadrado em Maceió avançou quase 100% desde 2018 (FipeZAP). Em 2023, a cidade liderou a subida de preços entre as capitais brasileiras, com um aumento de 16%.
A professora da Universidade Federal de Alagoas, Débora Cavalcanti, relaciona esse movimento de alta ao desastre ambiental causado pela Braskem, que afetou 2,5% da área urbana de Maceió. Milhares de famílias tiveram que se deslocar e buscar novos lares, aumentando a demanda por imóveis em outras áreas.
O mercado de luxo é também um dos impulsionadores do mercado imobiliário na região. Hugo Dâmaso, Diretor da Colil Construções, explica que unidades em projetos luxuosos chegaram a ser negociadas por mais de R$ 36 mil o metro quadrado.
Um edifício recém-entregue, New Time, é um exemplo: com 13 pavimentos, tem serviços de hotelaria e arquitetura assinada, com direito a restaurante no terraço e uma piscina na cobertura. O empreendimento oferece ainda comodidades como jangada particular.
O aquecimento do mercado também se estende a regiões vizinhas, como Marechal Deodoro e Praia do Francês, onde empreendimentos de alto padrão estão sendo lançados com apartamentos que podem custar até R$ 5 milhões.
Fonte: Estadão