Mercado imobiliário não suportará juros de 14%, alerta presidente da Coelho da Fonseca. Melhorias em tecnologia e lazer são heranças da pandemia, mostra estudo da Loft. Ruas com imóveis mais valorizados em SC misturam natureza e luxo.
- Mercado imobiliário não suportará juros de 14 por cento, alerta presidente da Coelho da Fonseca
- Melhorias em tecnologia e lazer são heranças da pandemia em moradias gaúchas
- Ruas com imóveis mais valorizados em Santa Catarina misturam natureza à empreendimentos de luxo
- R$ 3 bilhões nos Jardins: Vitacon concentra investimentos em bairro nobre de SP
Mercado imobiliário não suportará juros de 14 por cento, alerta presidente da Coelho da Fonseca
Álvaro Coelho da Fonseca, fundador e presidente da imobiliária que leva seu nome, afirma que a atual taxa Selic de 14,25% iguala-se ao patamar da era Dilma Rousseff e pode provocar uma nova crise econômica se mantida por muito tempo.
“Essa taxa, na casa dos 14%, é um juro da época da Dilma, que o mercado não aguentou. Não há economia que conviva por muito tempo com juros desses”, disse em entrevista à Folha de S.Paulo. “O juro alto é um grande concorrente para qualquer empresa e um adversário do mercado imobiliário”, acrescentou.
Mesmo com a turbulência econômica, o empresário de 74 anos destaca São Paulo como porto seguro para o setor, onde a empresa concentra seu foco este ano. “O dinamismo da cidade é impressionante. Moema [bairro da zona sul] é mais forte que um estado inteiro”, afirmou, explicando que o PIB (Produto Interno Bruto) de um bairro nobre paulistano pode equivaler ao de um estado brasileiro.
A imobiliária, que já teve mais de 20 unidades em diversos estados e até operação em Miami (EUA), agora concentra esforços na capital paulista. Segundo Coelho da Fonseca, empresas estabelecidas como a sua, com marca reconhecida, conseguem enfrentar melhor as crises.
O empresário também acredita que manter os negócios na família, com um plano de sucessão para seus filhos Álvaro Marco e Luiz Alfredo, vai manter os negócios em alta, já que, um executivo independente atrapalha a continuidade do negócio, na sua visão. “Eu estou em um papel hoje muito mais estratégico e de conselho do que propriamente no operacional”, afirma.
Fonte: Folha de S.Paulo
Melhorias em tecnologia e lazer são heranças da pandemia em moradias gaúchas
Cinco anos após o início da pandemia de Covid-19, investimentos em infraestrutura tecnológica e mudanças para residências com área externa são as alterações mais preservadas nos lares do Rio Grande do Sul, revela pesquisa da Loft.
Segundo o estudo “O que mudou nos lares brasileiros após 5 anos de pandemia”, realizado em parceria com a Offerwise, 89% dos gaúchos que investiram em internet e equipamentos de trabalho mantiveram essa condição. O mesmo percentual foi registrado para aqueles que mudaram para imóveis com áreas externas, como varandas, quintais ou jardins.
“O isolamento social fez com que as pessoas tivessem um novo olhar para seus lares. Interessante que hoje, cinco anos depois do início da pandemia, mudanças importantes persistiram”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
A pesquisa, que entrevistou 1.314 pessoas entre 1º e 7 de março em todo o país, com margem de erro de 2,6 pontos percentuais, também revelou que 70% dos gaúchos que realizaram reformas para tornar seus lares mais confortáveis mantiveram essas melhorias.
O Rio Grande do Sul lidera entre os estados do Sul e Sudeste na manutenção de melhor estrutura de internet e áreas externas. Durante a pandemia, 31% dos entrevistados gaúchos realizaram reformas para maior conforto, 26% melhoraram a infraestrutura tecnológica e 23% adaptaram espaços para home office.
Nacionalmente, espaços para trabalho remoto, internet de melhor qualidade e mudança para locais mais tranquilos foram as alterações mais duradouras após a pandemia.
Fonte: Rádio Guaíba
Ruas com imóveis mais valorizados em Santa Catarina misturam natureza à empreendimentos de luxo
Santa Catarina (SC) possui duas das 10 ruas com o metro quadrado mais valorizado do Brasil, segundo pesquisa do DataZAP realizada a pedido do Estadão Imóveis. A Avenida José Medeiros Vieira, na Praia Brava, em Itajaí, e a Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, ocupam o 7º e o 10º lugares, respectivamente, no ranking liderado por vias de São Paulo e Rio de Janeiro. Em comum aos dois endereços de SC está a natureza e o elevado padrão dos empreendimentos.
Na avenida de frente para a Praia Brava, o metro quadrado está avaliado em pouco mais de R$ 42 mil, enquanto na famosa Avenida Atlântica o valor chega a quase R$ 39 mil. O primeiro lugar da lista pertence à Rua Seridó, no Jardim Europa, em São Paulo, onde o metro quadrado ultrapassa R$ 67 mil.
As duas vias catarinenses têm em comum a localização privilegiada de frente para o oceano, mas apresentam características distintas. Enquanto a Avenida Atlântica concentra condomínios milionários e uma grande quantidade de prédios altos, criando uma “selva de pedras” à beira-mar, a Praia Brava mantém um perfil mais baixo, com pousadas, restaurantes e casas que proporcionam maior contato com a natureza.
“A localização privilegiada somada ao elevado padrão dos empreendimentos executados e em execução contribuíram para que a Praia Brava se consolidasse como um dos eixos mais estratégicos de todo o Estado”, avalia Charles Kan, diretor da construtora responsável pelo empreendimento Duo Praia Brava.
O aquecimento do mercado imobiliário catarinense tem chamado atenção de investidores em todo país. Enquanto os imóveis em Itajaí registraram valorização de 100% nos últimos sete anos, um único empreendimento – Duo Praia Brava – teve aumento de 121,1% no mesmo período.
O estado de Santa Catarina concentra quatro das cinco cidades com o metro quadrado mais valorizado do país: Balneário Camboriú, Itapema, Itajaí e Florianópolis.
Fonte: NSC
R$ 3 bilhões nos Jardins: Vitacon concentra investimentos em bairro nobre de SP
A Vitacon, incorporadora paulistana conhecida por imóveis compactos, planeja investir R$ 2,9 bilhões em VGV (Valor Geral de Vendas) nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, próximo à Avenida Paulista, nos próximos dois anos e meio. A empresa, que já lançou o menor apartamento do país com 10 metros quadrados em Higienópolis, pretende desenvolver cinco projetos na região, aproveitando as flexibilizações do novo Plano Diretor.
“A mudança no Plano Diretor trouxe uma janela de oportunidade única em algumas áreas. Estamos falando da parte já verticalizada dos Jardins, sobretudo nas imediações da Rua Augusta, entre a Oscar Freire e a Alameda Franca”, explicou Ariel Frankel, CEO da Vitacon.
O plano é que o bairro concentre um terço dos lançamentos da incorporadora, com um empreendimento por semestre. Os projetos incluirão tanto apartamentos compactos quanto unidades maiores, “indo de 20 e poucos metros até cem metros, em projetos com 40 andares, em média”, segundo o executivo. “A ideia é ter versatilidade de tamanhos”, afirma.
O primeiro lançamento está previsto para maio, em terreno na Rua Augusta, com 30 pavimentos e predominância de estúdios e apartamentos de um quarto, totalizando R$ 600 milhões em VGV.
“A Rua Augusta ficou estagnada por questão de regulação, enquanto tudo em volta estava explodindo de preço. Agora, ela deve liderar a transformação do bairro”, acrescentou Frankel.
Fonte: O Globo