Gerson Oliveira Filho, diretor comercial Loft
Reportagem do Valor Econômico publicada nesta semana trata de como o segmento de multifamily – empreendimentos residenciais constituídos para serem alugados – está aquecido e atraindo investimentos, principalmente do exterior.
A matéria cita a recente captação da gestora Brio, de R$ 250 milhões, para construir cinco prédios em São Paulo que terão cerca de 700 unidades e serão administrados pela Greystar, empresa americana especializada neste tipo de empreendimento. O Grupo Fictor, de alimentos, infraestrutura e serviços financeiros, entrou com cerca de 30% deste valor.
Interessante notar que este empreendimento busca atrair o público de média renda, disposto a pagar aluguéis entre R$ 2 mil e R$ 6 mil. A ideia é que esta faixa está passando por dificuldades para comprar imóvel agora, com a alta dos juros. Visto que não se encaixa nos incentivos do Programa Minha Casa, Minha Vida.
O texto ainda mostra que a gigante canadense Brookfield também vem fazendo movimentos em mutilfamily há alguns anos no Brasil, também de olho neste público de renda média, bastante concentrado na capital paulista.
Todo esse contexto mostrado pela reportagem é mais uma sinalização de que o mercado de locação segue profícuo de oportunidades para as imobiliárias, sobretudo para aqueles que conseguem demonstrar aos seus clientes proprietários soluções para adequar seus imóveis às demandas deste público a partir da média renda.
O segmento de multifamily trabalha com imóveis mais bem preparados, equipados e prontos, com boa infraestrutura de lazer e todos os serviços embutidos na taxa de locação, como a fiança aluguel, internet, entre outros. Imóveis preparados desta maneira seguem com a demanda presente e futura muito aquecida, como demonstram os investimentos citados na reportagem.
O crescimento do segmento de multifamily traz novas oportunidades para as imobiliárias que trabalham com este público de renda média, assim como as que trabalham com produtos de luxo. Conforme a reportagem também traz, a modalidade está aquecida também para a alta renda, que foca na demanda de aluguel para executivos de empresa que precisam de um imóvel para uso eventual.
O mais importante, no entanto, é a sinalização do potencial que um apartamento pronto para morar, e com facilidades inclusas, tem para render bem. Neste sentido, o home equity pode ser uma solução matadora para o proprietário que precisa adequar o seu imóvel a esta nova cultura de consumo. Essa é uma oportunidade acessível a todas as imobiliárias que operam com aluguel.