Inflação do aluguel acelera e imóveis são alugados sem desconto. Participação de investidores no mercado imobiliário atinge mínima histórica. Nova faixa do Minha Casa, Minha Vida atrai 190 mil simulações em uma semana.
- Inflação do aluguel acelera e proprietários alugam pelo valor pedido, sem desconto
- Participação de investidores no mercado imobiliário atinge mínima histórica no primeiro trimestre
- Nova faixa do Minha Casa, Minha Vida atrai 190 mil simulações em uma semana
- Primeira bolsa de imóveis tokenizados do mundo será lançada no Brasil
Inflação do aluguel acelera e proprietários alugam pelo valor pedido, sem desconto
A primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), usado para reajustar contratos de aluguel, mostra aceleração de 0,05%, em abril, para 0,18%, em maio. De acordo com Fundação Getúlio Vargas (FGV), o aumento foi pressionado pela alta de commodities no atacado e por reajustes de preços administrados no varejo.
Este cenário de pressão inflacionária tem reduzido o poder de negociação dos inquilinos. Em São Paulo, a média de desconto nas negociações caiu para 2,7% em abril, o menor nível desde o início da série histórica em 2020, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. O preço médio do metro quadrado em SP chegou a R$ 68,83, com alta de 9,11% em 12 meses.
No Rio de Janeiro, os descontos foram zerados pela terceira vez desde o início do levantamento – a segunda ocorrência apenas em 2025 – indicando que a maioria dos imóveis foi alugada pelo valor exato anunciado.
“O aquecimento consistente do mercado, somado ao componente sazonal típico do início do ano, tem levado à concessão de descontos cada vez menores”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
No Rio, o valor médio do metro quadrado atingiu R$ 45,33/m² em 12 meses, com valorização de 10,44% no mesmo período.
Fonte: O Globo
Participação de investidores no mercado imobiliário atinge mínima histórica no primeiro trimestre
A participação de investidores entre os compradores de imóveis no Brasil caiu para 31% no primeiro trimestre de 2025, atingindo seu menor nível histórico, segundo o Raio-X FipeZAP. Esta é a terceira queda consecutiva, refletindo uma diminuição no apetite por ativos imobiliários em um contexto de juros elevados, que tornam o financiamento mais caro e afastam investidores em busca de retornos mais atrativos.
Nos últimos 12 meses, a participação de transações classificadas como investimento também recuou de uma média de 49% em janeiro de 2024 para 33% em março de 2025. Segundo o estudo, entre os que investem, 67% preferem alugar imóveis para gerar renda, enquanto 33% buscam lucro com a revenda. O interesse pela locação atingiu um recorde de 80% em fevereiro de 2025, recuando para 75% em março.
A intenção de compra também apresentou queda: apenas 35% dos entrevistados declararam interesse em adquirir um imóvel nos próximos três meses, abaixo da média histórica de 38%. Os dados mostram um cenário de maior cautela, com consumidores mais criteriosos em suas decisões de compra.
Entre os potenciais compradores, 52% preferem imóveis usados, 40% são indiferentes e apenas 8% buscam exclusivamente imóveis novos. Quanto aos objetivos da compra pretendida, a maioria (85%) deseja adquirir um imóvel para moradia.
Ainda de acordo com o levantamento, daqueles compradores que não são investidores, 62% dos responderam ter intuito de morar com alguém, superando as opções de morar sozinho (21%) ou destinar o imóvel para outra pessoa residir (17%).
Para 73% dos entrevistados, os preços dos imóveis estavam “altos ou muito altos” no primeiro trimestre, enquanto 17% classificaram como “razoáveis” e apenas 3% consideraram “baixos ou muito baixos”. Quanto às expectativas, 43% acreditam em aumento nos próximos 12 meses, com alta média projetada de 3,2%, um pequeno avanço em relação aos 41% do primeiro trimestre de 2024.
Outro dado relevante é o aumento nas negociações com descontos: 66% das transações em março de 2025 envolveram alguma redução no preço, contra 64% em dezembro de 2024. O valor médio desses descontos manteve-se em torno de 10%, indicando um equilíbrio nas negociações entre compradores e vendedores.
A pesquisa Raio-X FipeZAP do primeiro trimestre de 2025 entrevistou 756 pessoas entre 11 de abril e 4 de maio de 2025.
Fontes: Valor Investe e Money Times
Nova faixa do Minha Casa, Minha Vida atrai 190 mil simulações em uma semana
A faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), lançada pelo governo federal, já contabiliza 190 mil simulações de financiamento no site da Caixa Econômica Federal, com 984 propostas em andamento.
“O programa já demonstra a assertividade e a aderência da proposta aprovada, considerando o volume de simulações já realizadas”, afirmou o diretor de habitação da Caixa, Roberto Ceratto, em postagem nas redes sociais. Ele ressaltou que o número pode incluir múltiplas simulações por cliente, mas ainda assim representa forte indicativo de demanda.
A nova modalidade é destinada a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, oferecendo juros nominais de 10% ao ano, abaixo da média de mercado de 12%, e prazo de pagamento de até 420 meses.
Os clientes podem financiar até 80% do valor de imóveis novos em qualquer região do país. Para imóveis usados, a cota é de 60% nas regiões Sul e Sudeste, e de 80% nas demais. O valor máximo de compra e venda é de R$ 500 mil.
“Com base nesses números expressivos, estamos confiantes no futuro e no potencial de negócios que este programa pode gerar”, acrescentou Ceratto.
A faixa 4 representa a principal aposta do governo federal para reaquecer o mercado imobiliário no segmento de classe média, que vinha desacelerando com a elevação dos juros dos financiamentos.
Fonte: MSN
Primeira bolsa de imóveis tokenizados do mundo será lançada no Brasil
A CF Inovação, de Tony Volpon, e a Netspaces, de Andreas Blazoudakis, anunciaram parceria para criar o que chamam de a primeira bolsa do mercado imobiliário do mundo, baseada em tokens imobiliários em vez de ações ou títulos.
“Quando consolidada, a plataforma vai ser uma blockchain pública que será o maior mercado de imóveis tokenizados do mundo, em que corretores, incorporadoras e público podem acompanhar as ofertas”, afirmou Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central (BC) e sócio da CF Inovação, à Bloomberg Línea.
A bolsa vai focar inicialmente em imóveis na planta, que não exigem diligência prévia para tokenização. A incorporação de ofertas começará em 6 de junho, durante o Blockchain Real Estate Summit, com os primeiros 10 mil corretores e 100 incorporadoras selecionadas.
Empreendedor experiente e co-fundador de unicórnios como Movile e iFood, Blazoudakis defende que o lançamento significa uma democratização deste tipo de negócio. “Hoje um cliente precisa, em média, de R$ 300 mil para entrar no mercado imobiliário. Via token é possível entrar com R$ 10 mil, comprar um pedaço do imóvel e depois adquirir o restante”.
A expectativa é lançar a blockchain pública ainda em 2025 e alcançar mil incorporadoras, 100 mil corretores e presença em 350 cidades brasileiras até 2026.
O sistema também permitirá maior liquidez e flexibilidade nas negociações, além de ampliar o mercado de atuação dos corretores para além de suas bases locais.
Fonte: Bloomberg Línea