Veja os bairros com mais imóveis disponíveis e com oportunidades em São Paulo. Bancos reduzem crédito imobiliário a incorporadoras com recursos da poupança. Em Belo Horizonte, Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida é nova aposta da MRV.
Veja os bairros com mais imóveis disponíveis e com oportunidades em São Paulo
A Vila Mariana, a Mooca e Santo Amaro concentram o maior volume de lançamento de apartamentos ainda disponíveis para venda em São Paulo, segundo levantamento da consultoria Brain feito para O Estado de S. Paulo.
Na Vila Mariana, lançamentos de médio e alto padrão elevaram o estoque.
O Cyrela The Palace é um dos exemplos, com 524 unidades entre R$ 1,2 milhão e R$ 2,8 milhões. São duas torres: a Royal – com 195 apartamentos entre 139 m² e 177 m², opções de três a quatro dormitórios e duas vagas de garagem – e a Oasis, com 250 unidades, plantas de 76 m² a 129 m², de dois a três dormitórios e uma ou duas vagas.
O tradicional bairro da Mooca recebeu 1,5 mil novas unidades nos dois primeiros meses de 2025, voltadas principalmente para baixa renda. O bairro também conta com projetos de alto padrão como o Mooca Cittá, da EZTec.
Em toda a cidade de São Paulo, foram lançados 151 mil apartamentos no primeiro trimestre, com preço médio de R$ 11,7 mil por metro quadrado. Pinheiros e Vila Olímpia registram os valores mais altos, com média de R$ 27 mil por metro quadrado.
“A velocidade de vendas hoje é confortável para o mercado”, afirma Cyro Naufel, da Lopes. O CEO da Brain, Fábio Tadeu Araujo.
Imóveis em estoque após entrega podem representar oportunidades, mas os especialistas recomendam avaliar localização, segurança e características do empreendimento antes da compra.
Fonte: Estadão
Bancos reduzem crédito imobiliário a incorporadoras com recursos da poupança
O encolhimento da poupança tem levado bancos a priorizar o uso desses recursos para financiamento de pessoas físicas, direcionando incorporadoras para empréstimos com taxas de mercado mais altas. É o que mostra um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico a partir de dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O financiamento à construção representou apenas 11% dos R$ 51 bilhões em operações de crédito imobiliário com recursos da poupança entre janeiro e abril – menor parcela desde 2002. Desde 2016, a fatia destinada às incorporadoras vinha oscilando entre 20% e 27%. No auge, em 2005, chegou a 59%.
“A situação deve acelerar e os incorporadores que ainda recebiam financiamento com poupança tendem a diminuir”, afirma Sandro Gamba, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
“Antes, o dinheiro da poupança era usado pra todas as necessidades, mas conforme ela foi ficando mais restrita o mercado tem que tomar uma decisão e buscar novas estruturas”, complementa.
Enquanto as operações com pessoas físicas cresceram 20,4% para R$ 45,25 bilhões, o financiamento à construção caiu 48,6% para R$ 5,7 bilhões. Na Caixa, apenas 5,3% dos financiamentos foram destinados à construção. No Itaú Unibanco, a parcela foi de 8,8% e no Bradesco, 11,9%. O Santander já deixou de usar recursos da poupança para incorporadoras há algum tempo.
A poupança registrou resgates de R$ 38,9 bilhões no primeiro quadrimestre, influenciada pelos juros altos que tornam outros investimentos mais atrativos. A participação do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no funding imobiliário caiu de quase 40% em 2022 para 32% em 2024.
O movimento força incorporadoras a buscar alternativas mais caras no mercado de capitais, como fundos imobiliários e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Como a poupança é recurso direcionado ao crédito imobiliário, as operações via SBPE têm taxas mais baixas que as livremente pactuadas no mercado.
“Para o financiamento de ciclo longo, das pessoas físicas, a poupança diminuiu a participação, mas continua sendo importante. Já no ciclo curto, para incorporadoras, o mercado de capitais e outras estruturas têm aumentado a participação”, explica Gamba.
Inês Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa, confirma que o banco estabeleceu no ano passado o uso majoritário de outras fontes para empresas: “Temos que direcionar os recursos mais baratos para pessoa física até mesmo porque o ciclo de produção é mais curto.”
Fonte: Valor Econômico
Em BH, MRV aposta na Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida
A MRV lançou em Belo Horizonte (MG) seu primeiro projeto voltado para a Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que atende famílias com renda de até R$ 12 mil. O Parque Mirante do Castelo terá Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 50 milhões e marca a entrada da construtora nesse segmento promissor.
O empreendimento será construído no bairro Castelo, região da Pampulha, com início das obras previsto entre final de 2025 e início de 2026. Acreditando nesse nicho de mercado, a MRV já planeja outro lançamento em 2025 no Vetor Norte e retomada de projetos em Contagem em 2026.
“A Faixa 4 do MCMV vem se mostrando muito promissora, principalmente nas regiões dos bairros Castelo e Buritis. São regiões onde percebemos um aumento da renda do cliente”, afirma Roberta Almeida, gestora comercial da MRV em Minas Gerais.
A nova faixa atende famílias com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil, permitindo financiamento de imóveis até R$ 500 mil com juros subsidiados de 10%, contra 12% a 14% do mercado. “Ao enquadrar essa renda de até R$ 12 mil no programa, aumenta-se muito a possibilidade de o cliente financiar a casa própria”, explica Almeida.
O Parque Mirante do Castelo contará com 136 unidades distribuídas em torre única de 17 pavimentos, com apartamentos a partir de R$ 350 mil. Pouco mais da metade das unidades se enquadra na Faixa 4 do MCMV. O projeto inclui varanda em todas as unidades, opção de suíte e uma vaga de garagem.
“Nesta faixa, os produtos são mais sofisticados. O Mirante do Castelo é uma torre única, com elevador e acabamento extremamente robusto”, destaca Almeida.
A MRV investirá R$ 3,7 milhões em melhorias urbanas na região, incluindo abertura de vias e criação de praça com playground, ajudando a valorizar a região e atrair famílias da classe média.
Fonte: Diário do Comércio
Mesmo com juros altos, apetite por imóveis de luxo em São Paulo segue em alta
O consumidor de alta renda mantém elevada intenção de compra por imóveis de luxo, mesmo com a Selic em 14,75% ao ano. Pesquisa da High Imóveis Especiais com Instituto Hibou, feita com 557 moradores paulistanos de alta renda, revela que os rendimentos combinados de aluguel e valorização podem superar este percentual.
Segundo o levantamento, 31% dos entrevistados planejam adquirir novo imóvel nos próximos 18 meses, metade deles em até um ano. Para 42%, a compra é importante para manter parte do patrimônio em ativos imobiliários, pela segurança e potencial de retorno financeiro.
“O brasileiro está descobrindo que, ao aplicar no mercado imobiliário, comprando bem, há chance de ganhos extraordinários”, afirma Pedro Assunção, sócio da High Imóveis. Os bairros mais procurados são Jardins, Vila Nova Conceição, Pinheiros e Vila Olímpia.
Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) com Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) e plataforma Quinto Andar mostrou que, em 2024, o rendimento médio dos imóveis para locação ficou em 6,2%, enquanto o preço das propriedades subiu 12,9%, representando ganho de 19,1% ao ano em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
A pesquisa aponta também que 53% dos consumidores de alta renda procuram imóveis com corretor, sendo internet a segunda fonte (36%) e visita ao local a terceira (34%). Os principais motivos para aquisição são localização (79%) e tamanho do imóvel (58%). Entre compradores potenciais, 35% consideram a oportunidade de investimento e valorização.
Para Marcelo Yazaki, CEO da incorporadora Bioma, imóveis em bairros nobres tendem a se valorizar devido ao espaço limitado para novos empreendimentos nas regiões nobres. “Como qualquer bem finito, o preço sempre tende a subir no longo prazo, porque você não produz mais terrenos”, afirma.
Já o CEO da FLG, Fernando Guimarães, afirma que há um crescimento de interesse de investidores do agronegócio e indústrias do interior e Centro-Oeste, em bairros da capital paulista, especialmente nos Jardins, Itaim Bibi e Vila Olímpia, também motivado pelos preços de hotéis que chegam a R$ 1 mil por diária.
Fonte: Estadão
