Congresso derruba veto e isenta fundos imobiliários de novos impostos na Reforma Tributária. Bairros de Florianópolis registram alta de até 118% no preço médio de imóveis. Subsídios regionais impulsionam vendas do Minha Casa Minha Vida com R$ 865 milhões.
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- Congresso derruba veto e isenta fundos imobiliários de novos impostos na Reforma Tributária
- Bairros de Florianópolis registram alta de até 118 por cento no preço médio de imóveis
- Subsídios regionais impulsionam vendas do Minha Casa Minha Vida com R$ 865 milhões
- Mercado imobiliário de Santos tem valorização de 13,5 por cento e fila de espera por imóveis
Congresso derruba veto e isenta fundos imobiliários de novos impostos na Reforma Tributária
O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (17) o veto presidencial que previa a tributação dos Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) e do agronegócio (Fiagros) pelos novos impostos da Reforma Tributária.
Com a decisão, esses fundos ficam isentos do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – novo tributo de estados e municípios – e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) – novo imposto federal que substituirão os atuais tributos sobre consumo.
A derrubada ocorreu em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e Senado Federal, liderada por parlamentares do agronegócio. Eles argumentam que a tributação comprometeria o funcionamento dos fundos, restringindo o acesso ao crédito e encarecendo financiamentos.
O veto integrava o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, primeira regulamentação da reforma tributária. O presidente Lula havia vetado a isenção dos FIIs, Fiagros e fundos patrimoniais dos novos tributos.
O governo considerava a exclusão inconstitucional, visando tributar fundos que fazem operações imobiliárias como locação e compra e venda de imóveis – os chamados fundos de “tijolo” e Fiagros.
Fonte: Estadão Conteúdo
Bairros de Florianópolis registram alta de até 118 por cento no preço médio de imóveis
Os bairros Santo Antônio de Lisboa, Praia Brava e Vargem do Bom Jesus registraram a maior valorização imobiliária da capital catarinense, entre janeiro e maio de 2025, segundo levantamento da Loft, que considerou 25 mil anúncios de imóveis na cidade.
Santo Antônio de Lisboa aparece com destaque, liderando com alta de 118% no valor médio, que chega a R$ 1,99 milhão. Praia Brava registrou valorização de 106%, enquanto Vargem do Bom Jesus teve aumento de 102% no mesmo período.
O aumento dos preços está diretamente relacionado ao crescimento da área dos imóveis oferecidos. Em Santo Antônio de Lisboa, a metragem média subiu de 103 para 178 metros quadrados (73% maior). Na Praia Brava, o crescimento da área ficou em 72%.
“A valorização está bem espalhada pela cidade, tanto do ponto de vista geográfico quanto de perfil”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Houve crescimento em bairros já valorizados e também em regiões com “tíquete médio mais baixo”, como Alto Ribeirão Leste.
Entre os bairros mais caros, Jurerê Internacional mantém a liderança com preço médio de R$ 6,1 milhões e valorização de 10%. Cacupé ocupa o segundo lugar (R$ 4 milhões) mas registrou redução de 25% no ano, enquanto Sambaqui ficou em terceiro (R$ 3 milhões) com alta de 17%.
A expansão do mercado inclui oportunidades em regiões que “até pouco tempo eram menos valorizadas”, demonstrando confiança dos proprietários nas vendas.
Fonte: NSC
Subsídios regionais impulsionam vendas do Minha Casa Minha Vida com R$ 865 milhões
Programas de subsídio estaduais e municipais atrelados ao habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) movimentaram R$ 865 milhões em 2024 e beneficiaram 51,7 mil famílias, segundo dados da Caixa Econômica Federal. Os chamados “cheques regionais” têm se tornado ferramenta estratégica para incorporadoras do segmento econômico.
Os incentivos têm impacto direto nos números das maiores construtoras brasileiras: a Tenda realizou 15% das vendas de 2024 com esses subsídios, enquanto na MRV o percentual chegou a 21%. Na MRV, 56% dos estados onde atua oferecem programas regionais, contemplando mais de 80% do estoque da empresa.
“Quando viabilizamos com esse subsídio uma redução da faixa de entrada, automaticamente reduzimos o comprometimento da parcela e aumentamos o poder de compra da população mais necessitada”, explica Thiago Ely, vice-presidente comercial da MRV.
O programa do estado de São Paulo ‘Casa Paulista’, por exemplo, liderou em unidades (20,2 mil famílias contempladas), enquanto o ‘Casa Fácil’, do governo do Paraná, teve o maior investimento (R$ 301,5 milhões). Em 2025, os aportes já somam R$ 261,4 milhões, para 13,5 mil famílias, até abril.
Os programas utilizam recursos de estados, municípios ou emendas parlamentares para reduzir ou zerar a entrada de imóveis e diminuir prestações do financiamento para famílias das faixas 1, 2 e 3 do MCMV – com renda máxima de até R$ 8 mil mensais.
A regulamentação do MCMV via Ministério das Cidades em outubro de 2023 ampliou o alcance dessas iniciativas, permitindo participação oficial de entes públicos nas operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Desde então, oito estados e cinco municípios aderiram ao programa. Fonte: Metro Quadrado
Mercado imobiliário de Santos tem valorização de 13,5 por cento e fila de espera por imóveis
O mercado imobiliário de Santos registrou valorização de 13,5% no preço do metro quadrado em 2024, segundo dados da FipeZap. A alta demanda e baixa oferta criaram até fila de espera para compra e aluguel de imóveis na cidade litorânea paulista.
A valorização é impulsionada pela infraestrutura urbana acima da média, com mercados, escolas, hospitais, faculdades e saneamento básico de qualidade. Obras de infraestrutura municipais também estariam por trás do movimento, já que agregam valor aos imóveis.
A qualidade de vida é outro fator determinante: Santos oferece lazer, cultura e uma amplitude de possibilidades de trabalho, já que está a apenas 1h30 de São Paulo. As praias litorâneas complementam as opções de entretenimento, atraindo novos moradores para a região.
O desequilíbrio entre alta demanda e baixa oferta têm mantido os preços elevados. A cidade enfrenta limitações geográficas por estar “espremida” entre o mar e a Serra do Mar, restringindo o crescimento horizontal. O Plano Diretor Municipal também limita construções em áreas específicas.
Imóveis frente-mar são considerados produtos de luxo escassos, podendo custar 40% a mais que unidades sem vista direta no mesmo bairro. Investidores adquirem essas propriedades para aluguel por temporada através de plataformas como Airbnb.
Fonte: Diário do Litoral
