Uso do FGTS para consórcio imobiliário cresce 37% em 2025. Reforma Tributária preserva livre negociação de preços imobiliários, ao contrário de informação falsa que circula nas redes sociais. Super-ricos pagam R$ 37 mil por metro quadrado em São Paulo.
Importante: em virtude do feriado de 9 de julho no estado de São Paulo, não teremos newsletter nesta quarta-feira. Voltamos na quinta-feira, 10.
Uso do FGTS para consórcio imobiliário cresce 37 por cento em 2025
Com a taxa Selic em 15%, brasileiros recorrem ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para consórcios imobiliários. Nos últimos cinco anos, foram retirados R$ 1,12 bilhão para esta modalidade, segundo a Caixa Econômica Federal.
Apenas até abril de 2025, o montante retirado foi de R$ 101,3 milhões, representando 37,7% do total observado em 2024, quando o volume já havia saltado 50% em relação a cinco anos antes.
Por ser uma compra colaborativa, onde um grupo paga mensalmente formando uma poupança coletiva, o consórcio atrai quem busca pela casa própria em tempos de juros altos. “É mais barato que o financiamento, mas você terceiriza a administração do recurso”, explica Carlos Honorato, professor da FIA Business School.
Fernanda Pileri, da Unicred Porto Alegre, destaca que o modelo é atrativo para quem não tem pressa e quer fugir dos juros altos. “O financiamento é ideal para quem precisa do bem imediatamente, mas o consórcio não tem juros”, pontua.
Porém, a modalidade tem seus riscos, alertam os especialistas. É importante verificar a autorização do Banco Central (BC), avaliar capacidade de pagamento e desconfiar da “contemplação garantida”. A principal desvantagem é o tempo de espera, já que a contemplação depende de sorteio ou lance competitivo.
Fonte: Valor Investe
Reforma Tributária preserva livre negociação de preços imobiliários
A Reforma Tributária não autoriza o governo a fixar valores de compra e venda de imóveis a partir de 2026, contrariando informações que circulam na internet. Um vídeo no Instagram, com grande compartilhamento nas redes, afirma que a Lei Complementar 214/2025 permitiria ao governo criar uma tabela para tributação de imóveis. A informação é falsa, mostra o ‘Comprova’- serviço de combate a fake news formado por um pool de órgãos de imprensa.
O artigo 256 dá à Receita autorização para realizar apurações próprias sobre preços, considerando mercado, informações municipais e características dos imóveis.
“Todo comprador e vendedor poderá livremente negociar os valores. O que vai haver é a fixação do valor base de cálculo dos tributos”, explica Paula Beatriz Loureiro Pires, especialista em direito tributário do Eichenberg, Lobato e Abreu Advogados.
Kênio de Souza Pereira, da Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário (Abami), esclarece que “os proprietários têm total liberdade de pedir o valor que bem entenderem”, similar ao atual sistema do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
O valor de referência será disponibilizado no Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter), atualizado anualmente e passível de contestação judicial pelo contribuinte interessado.
A definição de preços continua regida pela lei da oferta e procura, considerando fatores como custo, características do produto e necessidade das partes envolvidas na transação.
Fonte: UOL
Super-ricos pagam R$ 37 mil por metro quadrado em São Paulo
O valor médio do metro quadrado de imóveis de luxo na capital paulista subiu 4,8% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2024, para R$ 19,5 mil, enquanto o segmento superluxo encareceu 5,2%, atingindo R$ 37,2 mil, segundo levantamento da consultoria Brain Inteligência Estratégica.
Os dados mostram que a comercialização de unidades de luxo e superluxo representa apenas 3,1% de todas as vendas imobiliárias da cidade, mas concentra mais de 35% do Volume Geral de Vendas (VGV) do mercado paulista.
O Itaim Bibi lidera com o metro quadrado mais caro da capital: R$ 60,7 mil. Em seguida aparecem Vila Nova Conceição (R$ 43,2 mil), Cerqueira César (R$ 42 mil), Jardim Paulista (R$ 38,5 mil) e Indianópolis (R$ 33,7 mil).
Pinheiros registrou a maior valorização, com salto de 17,6% comparado aos três primeiros meses de 2024. O bairro é seguido por Itaim Bibi (15,6%), Paraíso (15,2%), Moema (13,2%) e Jardim Paulista (11,4%).
O mercado de luxo lançou 477 unidades no início de 2025, crescimento de 238% em relação ao mesmo período do ano anterior. Higienópolis liderou com 127 lançamentos, seguido pelo Jardim Guedala com 105.
A participação do segmento no VGV representa a maior dos últimos trimestres, saltando de 19,1% em 2024 para os atuais 35%.
Fonte: Folha de S.Paulo
Belo Horizonte prepara incentivos para prédios de até 50 andares no centro
A Prefeitura de Belo Horizonte (MG) está criando um pacote de medidas para incentivar construções mais altas em áreas centrais e destravar o mercado imobiliário. A estratégia inclui desburocratização do licenciamento e incentivos à requalificação do hipercentro e bairros como Barro Preto, Lagoinha e Santa Efigênia.
Um dos mecanismos em estudo é a desoneração da outorga onerosa do direito de construir para atrair investimentos a áreas com baixa densidade. O projeto deve ser apresentado ainda neste semestre, segundo o secretário municipal de Planejamento, Leonardo Castro.
“A outorga onerosa busca estabelecer uma lógica de contrapartida para quando um empreendimento começa a superar alguns índices da construção”, explica Castro. As medidas passarão por consulta pública na plataforma “BH Mais Participativa” e audiências públicas.
A proposta usa instrumentos do Plano Diretor de 2019 para promover adensamento em regiões com infraestrutura consolidada. O tema ganhou destaque após o prefeito Álvaro Damião defender prédios de 50 andares, afirmando que BH não pode “perder espaço” para cidades como Nova Lima.
As regiões prioritárias incluem o interior da Avenida do Contorno e centralidades conectadas ao metrô, BRT e corredores como as avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e Amazonas.
A PBH também regulamentou incentivos ao retrofit no hipercentro, estimulando a modernização de edifícios antigos com benefícios fiscais e flexibilidade de uso misto.
Fonte: Diário do Comércio