Os bairros do Brasil onde o aluguel mais dispara — alta chega a 74% em três meses. Centro de São Paulo vê vacância de escritórios despencar de 23% para 3%. Em MG, taxas cartoriais para imóveis acima de R$ 3,2 milhões terão redução a partir de agosto.
- Os bairros do Brasil onde o aluguel mais dispara — alta chega a 74 por cento em três meses
- Centro de São Paulo vê vacância de escritórios despencar para três por cento
- Recife abre cadastro para auxílio-aluguel de até R$ 600 mensais a famílias de baixa renda
- Em Minas Gerais, taxas cartoriais para imóveis acima de R$ 3,2 milhões terão redução a partir de agosto
Os bairros do Brasil onde o aluguel mais dispara — alta chega a 74 por cento em três meses
Cidades no Sul do país dominam o ranking dos bairros com as maiores altas no preço médio do aluguel no segundo trimestre de 2025, segundo estudo da Loft. A média geral dos preços anunciados nas capitais analisadas foi de R$ 4.808 no período, alta de 12% em relação ao primeiro trimestre. Foram analisados 202 mil anúncios publicados entre abril e junho deste ano.
Canasvieiras, bairro de Florianópolis (SC) vizinho ao badalado Jurerê, registrou o salto mais expressivo: o tíquete médio disparou 73,5% apenas no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano, alcançando R$ 4,1 mil.
Em seguida aparecem Chácara das Pedras, em Porto Alegre (RS), com aumento de 66%, e Balneário, também em Florianópolis, com avanço de 65% no trimestre. Bairros fora da região Sul só aparecem a partir da quarta posição.
O bairro de Cachambi, na zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), registrou salto de 54,4% no preço médio, atingindo R$ 2.432. Na sequência, aparece Gleba, em Goiânia (GO), com alta de 52,2%, de acordo com o levantamento.
“Com a alta dos juros e mais desafios no financiamento, o aluguel tem sido a opção de muita gente, o que pressiona os preços. O levantamento exemplifica a magnitude dessa valorização, porque entre os maiores crescimentos temos diferentes cidades, com bairros de perfis variados”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
O levantamento também identificou os bairros com os aluguéis mais altos em valor absoluto no mercado imobiliário. A liderança ficou com Jardim Europa, em São Paulo (SP), com tíquete médio de R$ 24.598 e plantas médias com 222 metros quadrados.
Em seguida, também na capital paulista, aparecem Alto de Pinheiros (R$ 22.543 e tamanho médio de 348 metros), Morumbi (R$ 19.503; 386 metros) e Vila Nova Conceição (R$ 18.038; 192 metros).
Depois, Jurerê Oeste, em Florianópolis (R$ 17.437 e 302 metros de média) desponta na lista, seguido pelo Jardim Paulistano, também em São Paulo (R$ 16.492; 228 metros).
Ipanema, no Rio, vem logo na sequência, com R$ 15.048; 142 metros quadrados de média. O levantamento considerou apenas bairros com volume relevante de listagens nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste para evitar distorções.
Fonte: O Globo
Centro de São Paulo vê vacância de escritórios despencar para três por cento
A vacância de prédios corporativos no segundo trimestre segue em queda na cidade de São Paulo, com destaque para a região do Centro, segundo estudo da JLL, empresa global especializada no mercado imobiliário comercial.
O percentual de metros quadrados vagos no Centro saiu de 23% no primeiro trimestre para 3%, contra uma média de 17,3% na cidade de São Paulo. A queda foi impulsionada pelos novos inquilinos do ‘Passeio Paulista’, na Rua da Consolação, um dos principais empreendimentos da área.
O edifício será a nova casa de empresas como Banco do Brasil e EXAME. O imóvel, desenvolvido pela Brookfield em parceria com a Fibra Experts, possui 21 andares e 523 vagas de garagem.
Outra região que merece destaque na expansão de escritórios em São Paulo é a Av. Chucri Zaidan, na zona Sul, que manteve a vacância em 18% no primeiro trimestre de 2025. Por lá, na torre Viva!, a Eurofarma ocupa 14 mil metros quadrados.
A região também ganhou um “empurrão” com o icônico ‘Rochaverá’, complexo corporativo com quatro prédios, lançado em 2008. Desde então, a região vem de fato despontando como forte candidata a receber sedes das maiores empresas do país.
Já na região, companhias como Nestlé, Vivo, Deloitte, TV Globo e Samsung. No primeiro trimestre de 2025, a Chucri Zaidan tinha 23 prédios e 768 mil metros quadrados de estoque.
Fonte: EXAME
Recife abre cadastro para auxílio-aluguel de até R$ 600 mensais a famílias de baixa renda
A Prefeitura do Recife abriu nesta semana as inscrições para o “Tô em Casa”, novo nome do programa “Bom de Morar” de locação social criado em 2022. A iniciativa, vinculada ao ProMorar (que reúne iniciativas voltadas à habitação), vai subsidiar parte do aluguel de até 1,2 mil famílias de baixa renda ao longo de quatro anos.
O programa busca reduzir o ônus excessivo do aluguel na capital pernambucana, onde 46.150 habitações comprometem mais de 30% da renda familiar com locação, segundo dados da Fundação João Pinheiro. Este indicador representa 85% do déficit habitacional de 54 mil moradias na cidade.
Pela proposta, através do Conecta Recife, proprietários podem inscrever imóveis de até R$ 1 mil (incluindo condomínio) para locação social. A Prefeitura bancará no máximo R$ 600 da parcela mensal, limitando o comprometimento da renda familiar entre 15% e 25%.
“Quando é uma família mais próxima de um salário mínimo, (o comprometimento da renda será de) 15%; três salários mínimos, compromete 25%”, explica Maria Eduarda Medicis, coordenadora de Inovação, Riscos e Políticas Habitacionais do ProMorar Recife.
O programa atende famílias que moram no Recife há pelo menos dois anos, com renda de até três salários mínimos, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e não contempladas com programas habitacionais de interesse social. Há prioridade para mulheres chefes de família, mulheres em situação de violência e pessoas com deficiência.
O orçamento estimado é de R$ 2 milhões em vouchers para os primeiros 12 meses. Os bairros com mais oferta de imóveis compatíveis estão na zona Oeste, como Afogados, Bongi, Curado, Iputinga e Coqueiral.
Para proprietários, além dos pagamentos garantidos, a Prefeitura oferece seguro garantia de três meses do valor máximo do voucher contra inadimplência. As inscrições são feitas pelo aplicativo Conecta Recife ou nas unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e Compaz.
Fonte: Jornal do Commercio
Em Minas Gerais, taxas cartoriais para imóveis acima de R$ 3,2 milhões terão redução a partir de agosto
As taxas pagas em cartórios para registro de imóveis e protesto de títulos serão reduzidas em Minas Gerais a partir de 1º de agosto. A medida foi incluída em “jabuti” – dispositivos inseridos em um projeto para aprovar medidas que, de outra forma, não seriam aceitas – aprovado pela Assembleia e sancionado pelo governador Romeu Zema (Novo) nesta terça-feira (22).
A redução atinge apenas escrituras superiores a R$ 3,2 milhões. Desde o aumento realizado no fim de 2024, uma escritura superior a R$ 3,2 milhões era sobretaxada em R$ 3 mil a cada salto de R$ 500 mil. A partir de agosto, a sobretaxa cairá para R$ 2,1 mil.
Os custos de registro de uma escritura entre R$ 3,7 milhões e R$ 4,2 milhões, que hoje chegam a cerca de R$ 12 mil, cairão para R$ 11,3 mil. Para protesto de títulos, apenas valores superiores a R$ 12 mil serão sobretaxados, com tarifa adicional de R$ 698,40 contra os atuais R$ 1 mil.
O reajuste foi feito pela Assembleia em conjunto com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) após pressão da construção civil. O Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon) avaliou a nova cobrança como “mais justa, previsível e equilibrada”.
Para compensar a redução, o percentual da receita bruta transferido para os fundos da Advocacia-Geral do Estado (AGE), Defensoria Pública e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) saltará de 25% para 40%. As sobretaxas foram criadas em 2024 para abastecer esses fundos.
As taxas sobre averbações e registros de documentos aumentaram para compensar a redução das outras. Documentos entre R$ 15,9 milhões e R$ 16,9 milhões terão sobretaxa de R$ 1.885,67, contra os atuais R$ 1.800.
Segundo o MPMG, o fundo envia recursos a “órgãos e entidades que atuam na defesa do patrimônio público e social, do meio ambiente e outros interesses difusos e coletivos”.
Fonte: O Tempo