Talles Dantas, diretor de crédito imobiliário da Loft
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta semana dá conta de que o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, projeta chegar ao fim do ano com R$ 250 bilhões em contratações de crédito habitacional, sendo que destes R$ 138 bilhões serão liberados neste segundo semestre de 2025. O valor supera o do ano passado, quando foram empregados pelo banco estatal R$ 223 bilhões em crédito para a moradia.
Um dos impulsionadores do aumento dos financiamentos será o pacote que o governo federal deverá anunciar entre agosto e setembro próximos. Vieira antecipou à reportagem que fará parte do pacote uma nova linha para reforma de imóveis com taxas mais acessíveis e prazos maiores, de até oito anos.
De acordo com ele, mudanças em estudo no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) deverão dar mais estabilidade às regras de financiamento imobiliário. “Vai ter uma previsibilidade maior e a expectativa é aumentar em torno de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões o volume de crédito para habitação por ano, nos próximos cinco anos”, afirmou.
Essas novidades são positivas tanto para o mercado de compra e venda quanto para o de aluguel, sobretudo quando falamos de crédito para reformas. As imobiliárias devem ficar atentas para o detalhamento deste pacote nas próximas semanas para agir na direção de dois grandes caminhos de oportunidades.
O primeiro é identificar clientes que estão querendo vender o seu apartamento, mas para isso precisam dar uma reformada para vendê-lo com preço melhor, pois estas pessoas poderão ser contempladas com esta nova linha de crédito.
A mesma coisa vale para a pessoa que está querendo colocar seu imóvel para alugar, mas não consegue no valor desejado por conta da necessidade de melhorias. Para estas situações esta nova linha da Caixa também poderá ser interessante.
E vale ficar atento ainda para possibilidade de mutuários que já obtiveram financiamento com a Caixa poderem tomar um segundo empréstimo, esse para a reforma. Portanto, ao se confirmar o teor desse pacote, assim como a tendência de refreamento da taxa de juros, o segundo semestre deste ano poderá ser bem melhor do que o primeiro. E quem estiver atento às novidades e se antecipar, certamente vai fazer bons negócios neste período.
