Os moradores dos bairros Leblon, no Rio de Janeiro, e Vila Olímpia, em São Paulo, são os que pagam as maiores taxas de condomínio por metro quadrado entre as capitais do Sul e Sudeste, mostra um levantamento inédito da startup Loft. O estudo analisou mais de um milhão de anúncios de apartamentos à venda em plataformas digitais em Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
No bairro carioca, que lidera o ranking, a mediana do preço para a cobrança em abril foi de R$ 16,20 por metro quadrado. Na prática, isso significa que o morador de um apartamento com 150 m2 pagou aproximadamente R$ 2.430.00 de condomínio no último mês, mais que o dobro do salário mínimo fluminense, que é de R$ 1.238,11 para a primeira faixa. No Rio, a média da taxa para a cidade é de R$ 11,54 por metro quadrado.
Na capital paulista, onde a taxa média da cidade é mais alta, R$ 11,81 por metro quadrado, a mediana do preço na Vila Olímpia, que ocupa o segundo lugar na lista, ficou em R$ 15,84. Outro bairro paulistano, o Jardim América, completa o Top 3. Veja a tabela completa abaixo.
O gerente de Dados da Loft, Fábio Takahashi, ressalta que, embora Florianópolis tenha se descolado de Rio e São Paulo e assumido a liderança como o metro quadrado mais caro do país para compra e venda de imóveis, quando se trata de taxa de condomínio, as capitais da região Sudeste ainda possuem os maiores preços. “Dos 20 bairros com as taxas mais caras, 13 estão na capital paulista, seis no Rio de Janeiro e apenas um em Belo Horizonte. Nenhum bairro de uma capital da região Sul aparece na lista.”
O especialista explica que são vários os fatores que compõem o preço do condomínio, sendo a localização apenas um deles. “Se o prédio está em local nobre, há uma demanda maior por serviços de mais qualidade, o que encarece a taxa, mas há outros fatores. Se o prédio é antigo, tende a ter uma taxa mais alta, porque a manutenção é mais cara, incluindo o gasto com folha de pagamento. Se o prédio possui facilidades como piscina, academia ou playground também tende a ter uma taxa mais elevada, para manutenção dessa estrutura.”
Belo Horizonte – Apesar de ter apenas um bairro entre os 20 mais caros das regiões Sul e Sudeste, a capital mineira apresentou a maior variação de preço entre as cidades monitoradas. Em Belo Horizonte, a mediana do preço da taxa mensal para quem mora em apartamento subiu 2,7% desde janeiro, para R$ 5 por metro quadrado.
De acordo com Takahashi, o aumento é condizente com o aquecimento do mercado imobiliário local e com a forte valorização nos preços dos imóveis vista nos últimos meses. “Quando os imóveis se valorizam, a tendência é que a taxa de condomínio acompanhe. Vale lembrar que o valor arrecadado com a cobrança é utilizado para manutenção das áreas comuns, o que também entra no cálculo de valorização do bem”.
Belvedere (R$ 13,61 por m2), Funcionários (R$ 9,60) e Lourdes (R$ 9,39), todos localizados na região Centro-Sul, são os bairros onde a cobrança é mais cara em Belo Horizonte.
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