A segunda edição do Índice de Confiança no Setor Imobiliário – Loft, que mede a percepção dos consumidores sobre o mercado imobiliário, mostrou que o percentual de pessoas que pretende alugar um imóvel nos próximos 6 meses aumentou.
Já a intenção de compra caiu de 15% para 13,3%, em relação à última edição do Índice. Cerca de ¼ das classes A e D/E (24,4% e 25%, respectivamente) pretendem comprar uma casa ou apartamento nos próximos 6 meses.
A pesquisa, feita pela Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, em parceria com a Offerwise, empresa líder global em insights do consumidor, ouviu 300 pessoas na capital fluminense. Em uma amostra representativa para o Rio de Janeiro, a margem de erro de 3 pontos percentuais, num intervalo de confiança de 95%.
Locação – A intenção de alugar um imóvel apresentou crescimento de 5,3% para 6% em 2025. E essa preferência é liderada pelos jovens adultos (10,9%), na faixa dos 25 a 34 anos.
A nova edição da pesquisa mostrou também que a principal motivação para a aquisição de uma casa ou apartamento vem mudando. Ao mesmo tempo em que mais cariocas desejam sair do aluguel – 40% ante 35,6% em novembro de 2024, a opção por comprar um imóvel para construir patrimônio deu um salto – 32,5% em comparação a 17,8% em novembro do ano passado.
Em contraste, menos entrevistados colocam a segurança do investimento em imóveis (em detrimento a valores depositados na conta corrente) como o principal motivador para a compra – 7,5% ante 17,8% em novembro. A escolha de comprar uma casa ou apartamento por causa do casamento também caiu, de 4,4% para 2,5%.
“Se por um lado mais pessoas preferem alugar imóveis diante dos juros de crédito mais altos, é possível vermos que compradores com maior poder aquisitivo veem um momento oportuno para a compra de imóveis, patamar atualmente em 50%. Isso tende a ser um propulsor para transações de compra e venda”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
“Chama a atenção, no entanto, o aumento expressivo no percentual de pessoas interessadas em alugar na faixa entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Se em 2024 o total era de 37%, no levantamento atual esse número é de 72,2%”, destaca Takahashi. “Movimento semelhante é visto no aumento do percentual dos que buscam um imóvel na faixa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, de 6,3% para 11,1%”, completa.
Para o especialista, os dados refletem a condição macroeconômica. “O país registrou a menor taxa de desemprego da série histórica em novembro. E uma melhora na renda permite que as pessoas e famílias busquem um imóvel maior ou mais bem localizado, próximo ao local de trabalho ou estudo”.
Juros do financiamento – A pesquisa também apurou a opinião dos moradores sobre fatores ligados ao mercado imobiliário. Os juros bancários em alta, que impactam o financiamento imobiliário, seguem como uma das principais preocupações e receberam a pior avaliação dos respondentes – 57% deram notas entre 1 e 3, as mais baixas em uma escala de 1 a 10, sendo 1 ‘muito ruim’ e 10 ‘muito bom’. O percentual foi 1% maior que o observado em novembro de 2024 (56%).
“O levantamento atual mostrou que os temas inflação e juros permanecem como pontos de atenção para a população. Caso a preocupação com esses assuntos se intensifiquem, a tendência é que a procura por aluguel cresça, pois essa é a principal opção para os que não conseguem acesso ao financiamento imobiliário”, finaliza o gerente de Dados da Loft.
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