São Paulo – a maior cidade do Brasil e a oitava mais populosa do mundo – tem fama de estar sempre acordada. Não é à toa: em seu território ficam mais de 20 mil restaurantes, 30 mil bares, 300 cinemas, 150 museus, 130 teatros, 100 parques e 50 shopping centers.
Cerca de 12 milhões de habitantes se distribuem em prédios e casas ao longo de 1,5 mil quilômetros quadrados, que são divididos em bairros muito diferentes entre si em termos de perfil, mobilidade e custos.
É por isso que a questão do custo de vida em SP é tão importante na vida dos paulistanos, tanto os que ali já vivem quanto os que estão para chegar – aos milhares, todos os meses.
Como é morar em São Paulo?
Os números acima já revelam um pouco da riqueza cultural e urbana que a capital paulista oferece. Para quem decide morar em São Paulo, não faltam opções.
Sua extensa história de imigração criou bairros de tradição italiana (como Brás e Bixiga), asiática (Liberdade) e síria e libanesa (Paraíso, Vila Mariana e Brás), entre outras. Isso significa ampla opção em termos gastronômicos, e São Paulo inclusive abriga alguns dos melhores restaurantes do mundo, como D.O.M., Casa do Porco e Maní.
Suas atividades culturais não param e vão da Virada Cultural, com vinte e quatro horas ininterruptas de programação todos os anos, a museus de ponta como Masp, Pinacoteca e Centro Cultural Banco do Brasil. Aliás, muitos desses edifícios são tão icônicos que fazem parte das atrações da cidade.
Festivais e apresentações musicais são constantes, seja de uma grande banda de rock no Estádio do Morumbi ou uma ópera especialíssima no centenário Theatro Municipal.
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Na maior parte do tempo, o clima da “terra da garoa” ajuda: nem tão quente, nem tão frio. A temperatura média no inverno é 16,7° (no mês mais frio); no verão, é 23,2° (no mês mais quente).
A mobilidade urbana em São Paulo é um caso à parte. Conhecida pelos engarrafamentos na hora do rush, tem também uma malha de transporte público integrado abrangente, que conta com frota de 15 mil ônibus, 89 estações de metrô, 94 estações de trem e 500 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas.
Como escolher onde morar na capital paulista?
Com suas 12 milhões de pessoas, 8,6 milhões de veículos e 32 subprefeituras, a cidade de São Paulo é claramente enorme e conta com diversos tipos de imóveis a venda. Isso significa que escolher cuidadosamente onde morar na capital faz toda a diferença em sua qualidade de vida.
Para a corretora de imóveis Fabiana Abrahão, Top Broker da Loft, o ideal é criar uma lista de desejos. Ela pode incluir:
- Bairros específicos
- Tipos de planta
- Cômodos e ambientes importantes
- Áreas comuns que você quer no prédio
- Tempo máximo de deslocamento entre sua casa e o trabalho/estudo
- Proximidade de transporte público
- Pontos de comércio e/ou lazer na vizinhança
Com essa lista inicial em mãos, reflita para priorizar o que é mais importante. Assim, descobre quais são os pontos verdadeiramente fundamentais e consegue se planejar para que o imóvel atenda seu momento de vida e caiba no seu bolso.
Dessa forma, você pode decidir que morar no Itaim Bibi é mais importante do que ter um apartamento com grande metragem, ou que prefere passar mais tempo se deslocando e ter piscina e academia em casa.
Antes de se comprometer com um bairro específico, Fabiana recomenda caminhar pelos arredores. “É importantíssimo andar pelo bairro de dia e de noite”, disse, para realmente entender como será sua rotina. Se você tiver carro, redobre a atenção para avaliar a garagem.
Como calcular custo de vida (em São Paulo ou não)
Para calcular o custo de vida em SP, é preciso primeiro entender o que é custo de vida. Trata-se da soma de suas despesas, fixas e variáveis, para manter seu estilo de vida.
O custo de vida em SP (ou em qualquer outra cidade) é composto por: gastos fixos + gastos variáveis.
Gastos fixos são aqueles que precisam ser pagos todos os meses e que não se alteram – ou, pelo menos, não muito.. Eles se referem a habitação (aluguel, condomínio, parcela do financiamento imobiliário, IPTU), serviços básicos (contas de gás, luz, água, etc.), utilidades (internet, telefonia, faxina etc.), alimentação (supermercado) e outras obrigações mensais (convênio de saúde, mensalidade da escola, seguro do carro, transporte etc.).
Já os gastos variáveis são todos os outros que compõem seu estilo de vida, como compras, consertos, viagens e entretenimento.
Onde encontrar índices de custo de vida
Buscar o índice de custo de vida (ICV) – que calcula a soma dos preços médios de bens e serviços em uma dada cidade – é uma boa ideia para entender quanto você precisaria gastar ou avaliar em que áreas você está gastando acima da média.
Uma das organizações que calcula custo de vida é o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Todos os meses, ela coleta os preços de cerca de 500 itens em São Paulo e calcula o ICV daquele período.
Há também sites que colhem preços de maneira informal e colaborativa e permitem comparações simples, como o CustoDeVida.com.br.
Qual o custo de vida em SP?
Agora que você sabe onde buscar seus dados, pode começar a calcular seu custo de vida em SP. Em uma metrópole tão grande quanto essa, é importante saber que os preços variam (muito) de acordo com a localização.
Há certos preços que são os mesmos em qualquer lugar da cidade (como a tarifa de R$ 4,40 no transporte público), enquanto outros mudam enormemente (em fevereiro de 2020, o metro quadrado médio na Vila Nova Conceição custava R$ 18.163 e, em Cidade Tiradentes, custava R$ 2.320).
Da mesma forma, almoçar em um restaurante pode custar R$ 16 em uma ponta e R$ 97 na outra. Um cafezinho expresso? Varia entre R$ 3 e até R$ 7! Como se vê, o custo de vida em São Paulo também depende das suas prioridades e preferências.
Para calcular o custo de vida em SP, você deve pesquisar e somar:
- Preço médio mensal (incluindo IPTU e condomínio, quando couber) do tipo de moradia que deseja e no bairro que deseja
- Quanto gastaria por mês de transporte até seu trabalho/estudo (em passagens, gasolinas, táxis… Como preferir)
- Quanto gastaria por mês com despesas variáveis (restaurantes, bares, esporte, cultura, lazer)
- Quanto gastaria por mês com outras despesas fixas e de preços similares pela cidade (celular, internet, mercado, convênios – pode basear no que você já gasta hoje)
Lembrete: especialistas sugerem que, para manter o equilíbrio financeiro, seus gastos com habitação não ultrapassem 30% de sua renda.
Conclusão
Cada um tem um estilo de vida diferente. Há, no entanto, maneiras de calcular seu custo de vida em SP ao somar gastos fixos (que envolvem moradia, alimentação, transporte, educação, etc.) e gastos variáveis (entretenimento, compras, lazer, cultura, etc.).
Em uma cidade tão grande e diversa, é uma boa ideia pesquisar os preços médios de habitação nas regiões em que você deseja morar para entender como elas cabem no seu bolso.
Há diversos sites que agregam esses valores médios e oferecem simuladores para ajudá-lo a fechar a conta. De quebra, você já aprende a fazer um planejamento financeiro e manter o controle de seus gastos.