Copom mantém Selic inalterada e Brasil cai para 3º lugar em ranking de juros. Caixa atinge R$ 112,6 bi em contratações de crédito imobiliário. Governo Federal deve ajustar faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida para ampliar alcance do programa.
- Copom mantém Selic inalterada e Brasil cai para 3º lugar em ranking de juros reais
- Caixa atinge R$ 112,6 bi em contratações de crédito imobiliário
- Minha Casa, Minha Vida: governo deve ajustar faixas de renda para ampliar programa
- Setor imobiliário de Fortaleza registra alta de 22 por cento em VGV no primeiro semestre
Copom mantém Selic inalterada e Brasil cai para 3º lugar em ranking de juros reais
O Brasil agora ocupa a terceira posição no ranking mundial de juros reais, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir manter – pela terceira vez consecutiva – a taxa Selic em 10,50% ao ano. Antes, o Brasil figurava em segundo lugar entre as nações com a maior taxa de juros. Segundo levantamento do MoneYou, a taxa real de juros do país ficou em 7,36%, atrás da Turquia (12,13%) e da Rússia (7,55%).
Em junho, quando o Copom decidiu encerrar o ciclo de cortes da Selic, agentes do mercado imobiliário criticaram a manutenção da taxa em 10,50%. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção emitiu um comunicado alertando que os juros em níveis elevados prolongam a escassez de recursos para investimentos produtivos, desestimulando e dificultando a compra de imóveis.
Na decisão desta quarta-feira (31), pesaram a combinação de uma inflação mais forte e um cenário externo desafiador. O comunicado do Copom indicou uma postura mais vigilante em relação à deterioração fiscal e seus efeitos sobre o câmbio.
Analistas, no entanto, divergem sobre os impactos da decisão na curva de juros. Flavio Serrano, economista-chefe do banco BMG, acredita que a “maior vigilância” – a que o Banco Central se refere – seria provavelmente uma possível elevação da Selic. Mas, “como o comunicado do BC sugere que uma alta de juros não está na iminência de acontecer, a curva a termo deve passar por uma inclinação nesta quinta-feira”.
Já Mayara Rodrigues, analista de Renda Fixa da XP, sugere que os alertas do Copom acabaram abrindo a porta para o Copom aumentar a Selic “em um horizonte até curto, ainda este ano”.
Também na chamada “super quarta”, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu manter a taxa de juros americana no atual corredor de 5,25% e 5,50% ao ano, mas sinalizou um possível corte em setembro.
Fontes: G1, Infomoney e E-investidor/Estadão
Caixa atinge R$ 112,6 bi em contratações de crédito imobiliário
A Caixa Econômica Federal registrou um crescimento de 31,8% nas contratações de crédito imobiliário no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de empréstimos atingiu R$ 112,6 bilhões.
O FGTS foi a principal fonte de recursos para as concessões habitacionais, com um montante que ultrapassou R$ 70 bilhões. Esse valor representa um aumento de 63,9% comparado aos primeiros seis meses do ano passado.
Em 12 meses, a carteira de crédito habitacional da Caixa atingiu R$ 777,8 bilhões, um crescimento de 14,3%. Com mais de 6,9 milhões de contratos ativos, o banco detém 67,9% do mercado. No programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a instituição alcançou 99,5% de participação.
A inadimplência dos mutuários finais foi a menor desde a pandemia de covid-19, com índice de 1,55% no fechamento do semestre. A Caixa não divulgou dados separados por tipo de cliente no crédito imobiliário.
No MCMV, a Caixa fechou mais de 299,2 mil contratos, sendo 35,5% para famílias com renda mensal de até R$ 2.640. Além disso, 52 mil contratos foram assinados digitalmente, aumentando a eficiência e dispensando o uso de papel.
Fontes: Estadão e Valor Econômico
Minha Casa, Minha Vida: governo deve ajustar faixas de renda para ampliar programa
O mercado imobiliário aguarda para esta quinta-feira o anúncio do governo federal sobre os reajustes nas faixas de renda mais baixas do programa Minha Casa, Minha Vida. Famílias com renda de até R$ 2.850 poderão fazer parte da Faixa 1, que oferece melhores condições de financiamento. Atualmente, o limite é de R$ 2.640. As mudanças devem ser publicadas no Diário Oficial da União.
Na Faixa 1, é possível obter um imóvel com 95% de subsídio do governo, pagando apenas 5% do valor. O teto para a Faixa 2 também deve subir cerca de R$300, para R$ 4.700, enquanto a Faixa 3 permanece com o limite de R$ 8.000. As taxas de juros variam de 4% a 5% ao ano na Faixa 1, de 4,75% a 7% na Faixa 2, e podem chegar a 8,16% na Faixa 3.
A correção das faixas de renda ficará acima do aumento do salário mínimo. Em 2023, o teto da Faixa 1 era de R$ 2.640, baseado em dois salários mínimos. Com o novo mínimo em R$ 1.412 em 2024, o teto seria elevado de R$ 2.824, mas o governo prefere ajustá-lo para cima.
As mudanças ocorrem enquanto o governo discute medidas para controlar os financiamentos de imóveis usados na Faixa 3, para evitar a falta de recursos aos imóveis novos, que geram mais empregos diretos.
Fonte: G1
Setor imobiliário de Fortaleza registra alta de 22 por cento em VGV no primeiro semestre
O mercado imobiliário de Fortaleza registrou um crescimento de 22% no Valor Global de Vendas (VGV) no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, alcançando R$ 2,2 bilhões. O levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), com dados da GeoBrain, também mostrou um aumento de 55% no VGV das unidades lançadas, passando de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,7 bilhão.
O preço médio do metro quadrado vendido subiu 8%, de R$ 9.926 em junho de 2023 para R$ 10.716 em junho de 2024. O segmento Econômico liderou com 56% do VGV médio vendido, uma elevação de 15 pontos percentuais. O segmento de Luxo teve 25% de participação, enquanto o de Média e Alta Renda (MAP) ficou com 19%.
Bairros tradicionais como Mucuripe, Cocó e Meireles continuam a mostrar forte valorização. Mucuripe lidera com o preço médio do metro quadrado mais alto, atingindo R$ 20,1 mil, seguido por Cocó e Meireles, ambos com R$ 11,5 mil.
Segundo Luiz França, presidente da ABRAINC, os dados reforçam o potencial de crescimento e valorização de novos lançamentos em Fortaleza, que consolida a cidade como um polo atrativo na Região Nordeste.
Fonte: EconomicNews