Começam a valer hoje as novas regras da Caixa para financiamento; falta de recursos trava contratos do MCMV. Alta nos preços de imóveis em ruas valorizadas de BH pode chegar a 210%, diz estudo. Em SP, Higienópolis volta ao radar das incorporadoras.
- Caixa restringe financiamentos a partir desta sexta (01); atraso em repasses de subsídios afetam Minha Casa, Minha Vida
- Valor de imóveis em rua de BH sobe 210 por cento; confira os endereços mais caros
- Em São Paulo, Higienópolis volta ao radar das incorporadoras
- Zona Sul de Porto Alegre atrai investidores e empreendimento focado no equilíbrio entre o urbano e a natureza
Caixa restringe financiamentos a partir desta sexta (01); atraso em repasses de subsídios afetam Minha Casa, Minha Vida
A Caixa Econômica Federal, que começou a apertar as regras do crédito imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) devido a escassez de recursos, tem travado também alguns contratos do Minha Casa, Minha Vida. Os problemas estariam ocorrendo nas faixas 1 (renda até R$ 2.640 por mês) e 2 (até R$ 4.400/mês) do programa, destinadas às famílias com menor renda, segundo informa a coluna de Giane Guerra, no portal GZH.
A causa central é a falta de repasse do subsídio pelo Executivo ao banco. No Sul do país, a faixa 3 do MCMV é a única que está com a contratação normalizada, de acordo com a diretora de Assuntos Habitacionais do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Rio Grande do Sul (Sindimoveis-RS), Simone Carvalho.
Enquanto isso, a partir desta sexta-feira, 1º de novembro, entram em vigor regras mais restritivas para financiamentos da Caixa com recursos da poupança. No Sistema de Amortização Constante (SAC), a cota de empréstimo cai de 80% para 70% do valor do imóvel. No sistema Price, a redução é de 70% para 50%.
Os novos limites impõem um teto de R$1,5 milhão para o valor do imóvel financiado e impedem a contratação por CPF que já possua financiamento ativo. Na prática, os compradores precisarão dar uma entrada maior para conseguir crédito imobiliário pelo banco. Para um imóvel de R$800 mil no sistema SAC, por exemplo, a entrada passa de R$160 mil para R$240 mil.
O banco informou que as mudanças não têm prazo de validade e não afetam financiamentos já existentes. A Caixa justifica as alterações pelo aumento na demanda por crédito imobiliário e pelos saques na poupança, fonte dos recursos do SBPE.
Segundo o Banco Central do Brasil (BC), setembro registrou o maior volume de saques líquidos da poupança no ano, totalizando R$7,1 bilhões. A Caixa, responsável por quase 70% do mercado, concedeu R$175 bilhões em crédito imobiliário até setembro, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023.
Fontes: GZH e g1
Valor de imóveis em rua de BH sobe 210 por cento; confira os endereços mais caros
Um levantamento realizado pela Loft revela o salto de valorização de imóveis em ruas disputadas de Belo Horizonte (MG). De acordo com o estudo, o preço das residências na rua Cristina, no bairro São Pedro, região Centro-Sul de Belo Horizonte, aumentou 210,35% entre janeiro e setembro de 2024. O valor médio dos imóveis nessa via chegou a R$2,17 milhões.
A avenida Assis Chateaubriand, no Floresta, região Leste, registrou o segundo maior aumento, com 105,81%, atingindo um valor médio de R$1,17 milhão. Em terceiro lugar, a rua Alagoas, na Savassi, apresentou um aumento de 100,54%, com preços médios de R$1,15 milhão.
De acordo com Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, as áreas de alta demanda e boa localização impulsionam esses aumentos, apesar de toda a cidade viver um boom de valorização imobiliária.
O estudo analisou as 300 ruas mais valorizadas da capital mineira, utilizando dados de transações imobiliárias baseados no Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Entre as dez ruas mais caras para se morar em BH, além das já mencionadas, estão a Avenida Carandaí (Santa Efigênia), Rua Sergipe (Boa Viagem), Rua Gonçalves Dias (Funcionários), Avenida Luiz Paulo Franco (Belvedere), Rua Pio Porto de Menezes (Luxemburgo) e Rua Soares do Couto (Vila Paris).
Fonte: O Tempo
Em São Paulo, Higienópolis volta ao radar das incorporadoras
O bairro de Higienópolis, na zona Oeste de São Paulo, está experimentando uma renovação no mercado imobiliário após anos de pouco interesse das incorporadoras. Conhecido pela qualidade de vida, proximidade ao Centro, fácil acesso a transporte público, e pelos edifícios assinados por ícones da arquitetura, como Artacho Jurado, o bairro agora atrai novos empreendimentos voltados para o público jovem, investidores e clientes em busca de bem-estar.
“É um dos bairros mais nobres da cidade, mas ficou muito tempo esquecido pelo mercado imobiliário por conta da dificuldade de se formar áreas para incorporação”, explica Tatiana Muszkat, diretora de Marketing da You, Inc, explica. A empresa tem quatro projetos em desenvolvimento no bairro, com um VGV total de R$637 milhões.
“As praças Vilaboim e Buenos Aires definem o conceito fundamental do bairro: são áreas verdes, com muitos serviços ao redor, que as famílias costumam frequentar com seus filhos e pets. É o que tentamos reproduzir nesse projeto”, argumenta Silvio Kozuchowicz, CEO e fundador da SKR, uma das empresas com lançamentos no bairro.
Ao lado da Construtora Paulo Mauro e do Portofino Multifamily Office, a SKR desenvolve o ‘Praça Higienópolis’, projeto com duas torres residenciais, sendo uma para renda e outra com 127 moradias permanentes e lazer no rooftop. Fachada ativa no térreo com sete lojas e área com jardim aberta para a cidade completam o empreendimento.
O valor médio do metro quadrado em Higienópolis, segundo o FipeZAP de setembro, está em R$11,1 mil, com variação de 3,65% em 12 meses. “O levantamento revelou ainda que o tipo de imóvel preferido em Higienópolis tem até 70 metros quadrados, um dormitório, sem suíte e sem vaga de garagem”, Paula Reis, economista do DataZAP.
A presença de edifícios icônicos e assinados por designers renomados também é um atrativo para o bairro. “Muitos dos nossos clientes procuram apartamentos nessa região da cidade exatamente porque são apaixonados por arquitetura e desejam morar em um prédio histórico”, reforça Karen Siqueira, sócia da Imobiliária Refúgios Urbanos.
Fonte: Valor Econômico
Zona Sul de Porto Alegre atrai investidores e empreendimento focado no equilíbrio entre o urbano e a natureza
A zona Sul de Porto Alegre está no radar de investidores e famílias em busca de um equilíbrio entre a vida urbana e a natureza. Bairros como Tristeza oferecem uma combinação de tranquilidade, segurança e acesso a pé para comércios e serviços essenciais.
A qualidade de vida é outro atrativo da região, que conta com áreas verdes como a prainha do Iberê, além de opções para prática de esportes aquáticos. A região tem recebido investimentos em infraestrutura e revitalização, como as obras na orla do Guaíba, o que tem atraído mais atenção para a área.
O empreendimento Garden Home Resort, localizado no bairro Tristeza, é um exemplo dessa tendência. São 6.500 m² de infraestrutura, com unidades de 3 dormitórios a partir de 799 mil reais.
“Em volta do Garden existe uma grande variedade de áreas verdes e clubes esportivos. Por isso, procuramos trazer um pouco disso para dentro do projeto. Criamos então uma generosa área social para os moradores utilizarem sem precisar sair do condomínio, fazendo com que tenham um estilo de vida privado “, explica Paulo José Rockenbach, sócio-diretor da RCorrea Engenharia, responsável pela obra.
A proposta do empreendimento é oferecer a sensação de estar em um resort, oferecendo mais de 30 opções de lazer, incluindo piscina semiolímpica aquecida e espaços de convivência. A entrega está prevista para fevereiro de 2025.
Fonte: GZH