Construção Civil busca industrialização para acelerar obras e reduzir custos. Patriani se consolida no mercado imobiliário com estratégia de vendas rápidas. Verticalização e habitação social impulsionam valorização da Barra Funda, em São Paulo.
- Construção Civil busca industrialização para acelerar obras e reduzir custos
- Patriani se consolida no mercado imobiliário com estratégia de vendas rápidas
- Verticalização e habitação social impulsionam valorização da Barra Funda em SP
- Valorização e exclusividade atraem mercado de luxo na catarinese Praia Brava
Construção Civil busca industrialização para acelerar obras e reduzir custos
A industrialização na construção civil ganha força no Brasil, impulsionada pela necessidade de acelerar obras e reduzir custos. Segundo pesquisa da FGV/Ibre para a Modern Construction Show, 64,5% das 510 empresas entrevistadas utilizam sistemas industrializados, com 81,5% citando o prazo de conclusão como motivação principal.
Os kits elétricos e as estruturas pré-fabricadas de concreto são as mais usadas pelo setor. Outras tecnologias que aceleram o processo de construção também chamam atenção, como a instalação do kit de esgoto.
Antônio Cardoso, presidente da Sky Master, dona da marca LigaFácil, relata que, comparado ao método tradicional, a inovação faz cair de uma hora para 15 minutos a instalação de todo o sistema. A empresa prevê faturamento de R$ 7 milhões em 2024 com kits, um aumento de 20% em relação a 2023.
Especializada em estruturas pré-fabricadas de concreto, a Cassol argumenta que a velocidade é fator decisivo na escolha de um método construtivo. Felipe Cassol, CEO da construtora, cita como exemplo o Beyond The Club – clube com piscina para surfe que está em obras em São Paulo, no terreno do antigo hotel Transamérica – que usa o sistema pré-fabricado na obra de seis pavimentos e 25,6 mil m² para concluí-la em 10 meses.
Segundo o executivo, o projeto também diminui o custo de mão de obra, com uso de apenas 13 funcionários. “A construção industrializada está para a construção civil como o e-commerce estava para o varejo há 15 anos”, afirma Cassol.
A incorporadora Plaenge, que realizou R$ 1,2 bilhão em lançamentos de janeiro a julho deste ano, optou por otimizar o fluxo das equipes nas obras, reduzindo em 15% as horas de trabalho por metro quadrado construído. Alexandre Fabian, sócio-diretor, explica que o uso do BIM (Building Information Modeling) para prevenir erros e reduzir retrabalhos, foi uma solução complementar aos métodos industrializados, na busca por maior eficiência no setor.
Apesar do aumento no uso das tecnologias pela construção civil brasileira, Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da FGV/Ibre, alerta que o setor precisa de mais profissionais da arquitetura e engenharia especializados. “Faltam projetistas com conhecimento em métodos industrializados”.
A escassez de mão de obra especializada permanece um desafio para o setor, que ainda apresenta 70% da produtividade da indústria de transformação.
Fonte: Valor Econômico
Patriani se consolida no mercado imobiliário com estratégia de vendas rápidas
A Patriani, incorporadora fundada por Valter Patriani, ex-presidente da CVC, está se consolidando entre as grandes do setor na região metropolitana de São Paulo. Com previsão de lançamentos avaliados em R$ 1,5 bilhão em 2024, a empresa se equipara a nomes tradicionais como Eztec, Mitre e Trisul.
A fundação da empresa não seguiu uma linha convencional. Valter Patriani, hoje com 66 anos, ingressou no mercado imobiliário aos 53, após uma carreira de 35 anos no turismo. Fundada em Santo André, na grande São Paulo, a incorporadora atua em 11 cidades, focando em apartamentos de médio e alto padrões. Em 2023, a empresa registrou mais de R$ 1 bilhão em vendas líquidas.
A estratégia da Patriani inclui agilidade nas vendas, buscando comercializar 100% dos apartamentos em até cinco meses após o lançamento. Em 2023, conseguiu vender 90% dos lançamentos no mesmo ano, superando a média de 55% a 60% em São Paulo. Valter, o fundador, diz aplicar na empresa a experiência no setor de turismo, tratando imóveis como “produtos perecíveis”.
A empresa investe em publicidade, destinando 2% do valor de vendas de cada empreendimento para marketing. Nas redes sociais, a Patriani conta com mais de 1 milhão de seguidores no Facebook, superando concorrentes maiores. Patriani é 100% familiar, com Valter como único proprietário.
O filho mais velho do fundador, Bruno, de 33 anos, comanda as operações diárias e tem um acordo para assumir a empresa no futuro. A companhia se financia com recursos próprios, crédito à produção e emissão de CRIs, mantendo-se aberta a oportunidades de aportes externos.
Fonte: Estadão
A Barra Funda, distrito da zona Oeste de São Paulo, passa por uma nova onda de progresso, estimulada pela verticalização e projetos de Habitação de Interesse Social (HIS) ao longo da avenida Marquês de São Vicente, uma das principais do bairro. A região, antes dominada por galpões, agora se transforma com a Lei de Zoneamento e a Operação Urbana Água Branca.
Dados da Loft mostram um aumento de 36,6% nas vendas de apartamentos na Barra Funda no primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, com uma valorização de 8%. Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, há uma clara tendência de valorização da área. “Houve aumento de vendas de todos os tamanhos de imóveis, especialmente os menores”, explica.
As construtoras investem pesado na região. A Cury lançou três empreendimentos na área: The Place, Mérito Barra Funda e Flow. Só o The Place já dá ideia da escalada de crescimento da região, com 985 apartamentos em três edifícios. Um dos trampolins para o crescimento da região é a infraestrutura de transporte (com terminal de trem e metrô no bairro), importante para projetos de habitação social.
“Com as pessoas morando ali, elas deixam de perder até duas horas diárias em deslocamentos”, calcula Leonardo Mesquita, vice-presidente de Negócios da Cury. Ele vê o bairro como um dos mais bem estruturados da cidade para a habitação social, apontando que novos moradores da região vêm de origens mais longínquas.
A Kallas – mirando um público de maior renda – também apostou na Barra Funda, construindo empreendimentos próximos ao parque da Água Branca e ao shopping West Plaza. O Origo Perdizes e o Domum Perdizes utilizam estrategicamente o nome do bairro vizinho, mais sofisticado e urbanizado, para agregar valor às áreas “alto padrão” desta nova Barra Funda.
A presença de corredores de ônibus e uma série de melhorias na infraestrutura, com a chegada de novos meios de transporte – como a futura estação Santa Marina da linha 6-laranja do metrô – temperam a diversificação única da Barra Funda, que concentra empreendimentos de interesse social a prédios de alto padrão.
Fonte: Folha de S.Paulo
Valorização e exclusividade atraem mercado de luxo na catarinese Praia Brava
A Praia Brava, em Itajaí, Santa Catarina, tornou-se um dos destinos mais exclusivos do mercado imobiliário de luxo no Brasil. Nos últimos cinco anos, a região registrou uma valorização de 90%, segundo o índice FipeZap, com o metro quadrado atingindo R$ 42 mil.
O crescimento rápido da região chamou atenção de investidores nacionais e internacionais, incluindo celebridades, atletas de renome mundial e executivos de alto escalão. A combinação de tranquilidade, beleza natural e exclusividade é o principal atrativo da Praia Brava, que abriga projetos de alto luxo como o Atmosphere Home Spa, da Dall Empreendimentos, assinado pelo arquiteto mexicano Javier Cuevas.
O empreendimento será o primeiro residencial no Brasil a integrar o conceito de Wellness Center, com um espaço de mais de 2 mil metros quadrados dedicado ao bem-estar e à saúde. O empreendimento também oferecerá mobiliário de grife italiana.
O objetivo é trazer um novo padrão à vizinha da cobiçada Balneário Camboriú, unindo inovações arquitetônicas contemporâneas com um conceito de bem-estar inédito em residenciais no Brasil.
Fonte: Diarinho