MCMV: compra de usados dispara e preocupa setor da construção. Para “evitar trauma” no setor imobiliário, bancos reduzem financiamento para produção, mas expandem crédito para compradores finais, diz Direcional. Preço dos imóveis sobe 7,25% em BH, que entra no Top 10 das cidades mais caras do país.
- Minha Casa, Minha Vida: compra de usados dispara e preocupa setor da construção
- Bancos fazem esforço para “evitar trauma” no setor imobiliário, afirma CEO da Direcional
- Preço dos imóveis sobe 7,25 por cento em Belo Horizonte, com Savassi no topo do ranking
- Dono de imobiliária mata corretores por dívida atrasada de R$ 25 mil em Santa Catarina
Minha Casa, Minha Vida: compra de usados dispara e preocupa setor da construção
Em 2024, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) atingiu recorde de contratos para imóveis usados. Foram 583 mil unidades contratadas, sendo 155,1 mil usadas – 27% do total, segundo dados do Ministério das Cidades.
O crescimento preocupa construtoras, que defendem prioridade para imóveis novos. “O forte aumento na contratação de usados entre 2023 e 2024 levou a uma pressão pelo setor de construção”, afirma Ana Maria Castelo, da Fundação Getulio Vargas/IBRE.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) argumenta que imóveis novos “ativam diretamente a cadeia produtiva da construção civil” e geram empregos essenciais para retroalimentar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O governo alterou regras em 2024, reduzindo o valor máximo para usados na Faixa 3 de R$ 350 mil para R$ 270 mil. Em 2025, suavizou restrições, diminuindo a entrada mínima de 50% para 35% no Sul/Sudeste e de 30% para 20% no Norte/Nordeste/Centro-Oeste.
A criação da Faixa 4 em maio, para famílias com renda até R$ 12 mil, trouxe otimismo ao setor. “Os juros a 10% para imóveis de até R$ 500 mil criaram boas perspectivas”, diz Alfredo Freitas, da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI).
O MCMV oferece juros de 4% a 10%, bem abaixo dos 12% do financiamento tradicional, com a Selic em 15% ao ano.
Fonte: g1
Bancos fazem esforço para “evitar trauma” no setor imobiliário, afirma CEO da Direcional
Diante de uma taxa de juros entre as mais altas do mundo – Selic a 15% – os bancos estão fazendo “um grande esforço para evitar um trauma no setor imobiliário”, afirmou Ricardo Gontijo, CEO da Direcional, durante evento do Citi.
Diferentemente da crise dos distratos, os bancos reduziram o financiamento para produção, mas continuam expandindo o crédito para o comprador final, garantindo recursos quando a obra é entregue.
“O cliente que pagou 30% a 35% na obra está conseguindo o financiamento no final, e por isso não vemos um cenário dramático para as incorporadoras, porque o ciclo está sendo finalizado”, disse Gontijo.
A expectativa é de redução de novos projetos e aumento do financiamento por meio de fundos imobiliários. “A dificuldade para iniciar novas obras está muito maior do que eu imaginava”, afirmou o executivo.
O financiamento para pessoa jurídica, que foi de R$ 187 bilhões no ano passado, foi drasticamente cortado em cerca de R$ 50 bilhões, segundo Gontijo.
No MCMV, principal mercado da Direcional, a demanda segue forte. O segmento ganhou impulso com a criação da Faixa 4, que ampliou as regras para imóveis de até R$ 500 mil e famílias com renda de até R$ 12 mil, viabilizada pela adição de R$ 30 bilhões do fundo do pré-sal.
“Estamos bem otimistas para o segundo semestre, com os meses de maio e junho tendo uma performance superior à de abril”, disse o CEO da Direcional.
Fonte: Metro Quadrado
Preço dos imóveis sobe 7,25 por cento em Belo Horizonte, com Savassi no topo do ranking
O valor médio de venda dos imóveis residenciais em Belo Horizonte (MG) teve alta de 7,25% no primeiro semestre, segundo o Índice FipeZAP de Venda Residencial. O preço médio atingiu R$ 10.188 por metro quadrado em junho, crescimento de 0,91% em relação ao mês anterior. O levantamento mostra que a capital mineira registrou crescimento de 14,19% nos últimos 12 meses.
Belo Horizonte figura agora entre as dez cidades com imóveis residenciais mais caros entre os 56 municípios analisados, superando a média nacional de R$ 9.319/m². Balneário Camboriú (SC) lidera o ranking com R$ 14.828/m².
A Savassi segue no topo dos bairros mais caros da capital, com valor médio de R$ 17.555/m². Seguem Santo Agostinho (R$ 15.538/m²), Lourdes (R$ 15.220/m²) e Funcionários (R$ 14.742/m²), todos na região Centro-Sul.
Entre os dez bairros mais caros, oito apresentaram variações acima de 10% nos últimos 12 meses. Os destaques são Santa Lúcia (30,5%), Gutierrez (19,3%) e Savassi (17,2%).
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Betim registrou alta de 4,96% no semestre, com preço médio de R$ 4.478/m². Contagem teve variação de 3,74%, com valor médio de R$ 5.641/m².
Fonte: Diário do Comércio
Dono de imobiliária mata corretores por dívida atrasada de R$ 25 mil em Santa Catarina
Dois corretores de imóveis foram mortos a tiros, na terça-feira (1°), durante uma reunião em uma imobiliária em Balneário Piçarras (SC), no litoral norte do estado. Segundo a Polícia Civil, o autor do crime foi Ralf Junior Dombek Manke, de 37 anos, proprietário da imobiliária.
O crime ocorreu durante uma reunião de vendas e teria sido motivado por dívida de R$ 25 mil, segundo a Polícia Civil. De acordo com relatos, o dono do estabelecimento atirou contra Thiago Adolfo, 29 anos, corretor de outra empresa, e Deyvid Luiz Leite, 46, que também integrava a dupla sertaneja Davi e Daniel. Eles estavam negociando a venda de parte da imobiliária.
Segundo a delegada Beatriz Ribas Dias dos Reis, o pagamento de uma das parcelas estava atrasado, sendo esse o assunto da reunião. “O autor do crime estaria negociando a venda de parte da imobiliária para novos sócios”, afirmou.
Ralf alegou legítima defesa após agressão dos corretores, mas depois admitiu que o crime foi motivado pela dívida. A polícia o encontrou em posto de combustível, com vestígios de sangue na roupa e uma pistola. O suspeito foi preso em flagrante e será indiciado por duplo homicídio.
Fonte: Zero Hora