Caixa Econômica Federal planeja expandir atuação no setor imobiliário abrindo novas operações no mercado de capitais. Vendas e lançamentos de imóveis em SP crescem em agosto com Minha Casa, Minha Vida. Airbnb impulsiona alta no aluguel de curta duração no Rio.
Caixa quer expandir atuação no setor imobiliário com novas operações
A Caixa Econômica Federal planeja ampliar sua presença no mercado imobiliário, indo além da concessão de empréstimos para compra e construção de imóveis. A instituição quer utilizar seu banco de investimento para estruturar operações no mercado de capitais, oferecendo alternativas de crédito para construtoras e investidores institucionais especializados no setor.
Com a maior carteira de crédito imobiliário do país (R$ 780 bilhões), a Caixa busca aproveitar sua experiência e preencher lacunas não atendidas pelo financiamento tradicional. “Reunimos vários produtos de mercado de capitais já existentes. O foco principal é fechar o ciclo de tudo que envolve financiamento imobiliário”, afirmou Tarso de Tassis, vice-presidente de Negócios de Atacado da Caixa, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
O plano de ação abrange três eixos principais. O primeiro envolve a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) lastreados em receitas das construtoras, como vendas de apartamentos e distribuição de dividendos. O segundo eixo foca na assessoria financeira a empresas de construção para captação de recursos, incluindo desenvolvimento de novos projetos e recuperação de companhias com dificuldades financeiras.
Já o terceiro eixo consiste na assessoria a investidores institucionais na busca de oportunidades no setor, como desenvolvimento de fundos e injeção de capital em empreendimentos. “Vamos centralizar todos os produtos já existentes em cada uma dessas áreas para apresentarmos não só a investidores, mas também aos nossos clientes”, afirmou Tassis.
A fase de testes já está em andamento, com 19 operações em curso e uma concluída. Os empreendimentos envolvidos têm potencial de vendas estimado em mais de R$ 2,3 bilhões. Para 2025, a previsão é realizar mais 20 operações, e em 2026, mais 40. “Se funcionar, vamos acelerar. Se não funcionar, vamos revisar”, diz Marco Buzzo, superintendente de Mercado de Capitais.
A Caixa mapeou 400 gestoras de recursos que já investem ou têm interesse em investir em ativos do setor. “Estamos usando nosso know-how e volume de dados do mercado de construção civil para diminuir as assimetrias, levando o investidor a poder aportar recursos com um grau maior de segurança”, complementa Buzzo.
Fonte: Estadão/Broadcast
Vendas e lançamentos de imóveis em SP crescem em agosto
As vendas e lançamentos de imóveis residenciais em São Paulo apresentaram aumento significativo em agosto, segundo pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi o principal motor desse crescimento, respondendo por 67% dos lançamentos e 59% das vendas no mês.
As vendas de novas moradias subiram 21,4% no mês, em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 9,7 mil unidades. Nos últimos 12 meses até agosto, as vendas acumuladas aumentaram 26%, atingindo um recorde de 92,5 mil unidades. Desse total, 48,7 mil unidades eram do MCMV, um aumento de 39%. Residências de médio e alto padrão tiveram alta de 15%, chegando a 43,9 mil unidades.
Os lançamentos também apresentaram crescimento, de 42%, em agosto na comparação anual, totalizando 9 mil unidades. Em 12 meses, os lançamentos subiram 28%, atingindo 90,8 mil unidades. O MCMV foi o destaque neste quesito também, com um aumento de 88,6% nos lançamentos, chegando a 55,6 mil unidades. Os outros mercados recuaram 15%, para 35,3 mil unidades no mesmo período.
Ainda de acordo com levantamento do Secovi-SP, o estoque de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo encolheu 10,7% em um ano, chegando a 54,1 mil unidades em agosto. O MCMV representa 47% desse estoque, com 25,3 mil unidades. No ritmo atual de vendas, o sindicato estima que o estoque seria esgotado em 6 meses para o segmento de baixa renda e 8 meses para os demais mercados, se não houver novos projetos.
O desempenho positivo do programa federal de habitação é atribuído às novas regras do programa, implementadas há cerca de um ano, com aumento de subsídios, redução de juros nos financiamentos e ampliação do preço máximo dos imóveis elegíveis. Recentemente, houve também corte de impostos para construtoras e atualização das faixas de renda dos beneficiários.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Airbnb impulsiona alta no aluguel de curta duração no Rio
O mercado de aluguéis short stay – a curta duração – no Rio de Janeiro passa por um boom, que está associado à popularização da plataforma Airbnb. Em Ipanema, existe um anúncio do Airbnb para cada sete moradias, segundo análise da Reuters com dados da AirDNA. Desde 2019, o bairro registrou um aumento de 24% nos anúncios, tendência similar à observada em Copacabana.
Este crescimento transforma o cenário imobiliário carioca, criando oportunidades para empreendedores. Carlos Eduardo Muzy, dono da SuhcasaCopacabana, é um deles. Ele começou a alugar seu próprio apartamento em Copacabana e agora gerencia cerca de 100 propriedades por meio de sua empresa, que acumulou aproximadamente R$ 5 milhões em reservas nos últimos 12 meses.
O aumento dos aluguéis de curto prazo tem gerado tensões nas associações de condomínios e aumentado a competição com os hotéis. Síndicos enfrentam desafios como incômodos causados por festas de turistas e preocupações com segurança. Horácio Magalhães, presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, relata que aumentou também a busca por orientações para criar regras que equilibrem os interesses dos proprietários e moradores.
Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-Rio, faz coro com outros especialistas que preveem uma possível intervenção estatal no setor, similar ao que ocorreu em outras grandes cidades globais, como Nova York e Cidade do México. Ele acredita que as autoridades podem querer taxar as empresas de gestão de aluguel que agora competem com os hotéis.
O impacto do fenômeno short stay se estende ao mercado de locação de longo prazo, apontam os especialistas, porque dificulta a busca por moradia em bairros turísticos. Em comunicado, o Airbnb afirma estar disposto a colaborar com os governos para estabelecer políticas adequadas e contribuir para o turismo local.
Fonte: UOL/Reuters
Comissões para imóveis de luxo em SC podem ultrapassar R$ 600 mil
As comissões de corretores de imóveis de luxo em Santa Catarina estão atingindo valores não vistos anos atrás, podendo superar R$ 600 mil em transações para imóveis em torno dos R$ 10 milhões, por exemplo. Este cenário tem atraído profissionais de diversas áreas de atuação para a carreira de corretor imobiliário, incluindo celebridades.
Além das cidades catarinenses que já despontam como as mais disputadas pelo mercado imobiliário, com preço do metro quadrado em alta (Balneário Camboriú, Itapema, Florianópolis e Itajaí), outras regiões de alta valorização são particularmente atrativas para os profissionais do setor. Especialistas apontam como foco da corretagem de luxo a capital goiana, o Distrito Federal, municípios do Paraná e estados do Nordeste, como Pernambuco.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 554 mil corretores de imóveis ativos registrados. Para ingressar na profissão, é necessário concluir o curso de TTI em uma instituição credenciada e obter o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), órgão responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais no mercado imobiliário.
Diante da grande concorrência, a especialização é uma necessidade. “Embora pareça óbvio, investir em conhecimento, em um bom curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) é um passo fundamental para se diferenciar na carreira”, argumenta Diogo Martins, CEO do Instituto Brasileiro de Educação Profissional (IBREP).
O sucesso, especialmente no segmento de alto padrão e luxo, exige conhecimento do mercado e estratégias eficazes de divulgação. “Acompanhar as mudanças constantes do mercado imobiliário, conhecimento sobre a região que atua e ter uma divulgação profissional de qualidade em diversas plataformas digitais é mais uma dica para alcançar o público-alvo de forma eficaz”, complementa Martins.
Fonte: ND+