Preços de imóveis sobem pela 10ª vez consecutiva; em 12 meses, alta é a maior desde 2014. Em SP, rua em Pinheiros valoriza mais de 500 por cento em um ano. Investidores apostam em financiamento com incorporadoras para retornos de até 25% ao ano.
- Preços de imóveis sobem pela 10ª vez consecutiva em outubro; em 12 meses, alta é a maior desde 2014
- Em São Paulo, rua de Pinheiros tem maior valorização imobiliária com aumento de 505 por cento em um ano
- Investidores apostam em financiamento direto com incorporadoras para retornos de até 25 por cento ao ano
- Conheça localizações que impulsionam a valorização de imóveis de luxo em SP
Preços de imóveis sobem pela 10ª vez consecutiva em outubro; em 12 meses, alta é a maior desde 2014
O preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais no Brasil atingiu R$ 9.261 em outubro de 2024, marcando o décimo aumento consecutivo no ano. A alta de 0,60% no mês foi registrada pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial, que abrange 56 cidades brasileiras. O levantamento revelou uma valorização acumulada de 6,51% no ano, superando a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de 3,86% no mesmo período. Em 12 meses, a variação chega a 7,22%, maior taxa desde novembro de 2014.
A pesquisa mostrou que 49 das 56 cidades analisadas apresentaram aumento nos preços, incluindo 18 das 22 capitais monitoradas. Porto Alegre, por exemplo, registrou alta de 0,93% em outubro e 5,28% no acumulado do ano.
No recorte por tipo de imóvel, unidades com um dormitório tiveram a maior valorização mensal (+0,73%), enquanto as de dois dormitórios e quatro ou mais tiveram menor aumento de preços (+0,50%). No acumulado de 12 meses, o índice registrou valorização de 7,22%, o maior resultado desde novembro de 2014.
Entre as capitais, Curitiba liderou a valorização no ano com 15,46%, seguida por João Pessoa (14,57%) e Salvador (14,18%). São Paulo e Rio de Janeiro tiveram altas mais modestas, de 5,54% e 2,61%, respectivamente.
No ranking das cidades com o metro quadrado mais caro, Balneário Camboriú, em Santa Catarina, manteve a liderança com R$ 13.700/m², seguida de perto pela vizinha Itapema, com R$ 13.662/m².
“Os gráficos ‘por essa base de cálculo’ [FipeZap] indicam que Itapema possui boas chances de ter valor médio de m² mais alto do que Balneário Camboriú nos próximos meses. Mas, na prática, Balneário Camboriú ainda tem um valor médio de m² consideravelmente superior ao da cidade vizinha”, comenta o perito avaliador imobiliário Bruno Cassola Couto.
“O mercado de Balneário Camboriú é mais consolidado e tem um controle rigoroso na quantidade de lançamentos. Esse equilíbrio contribui para uma liquidez mais segura e para o sucesso dos investimentos, especialmente no segmento de alto padrão”, complementa.
Fontes: R7, Rádio Guaíba, nd+ e IstoÉ Dinheiro
Em São Paulo, rua de Pinheiros tem maior valorização imobiliária com aumento de 505 por cento em um ano
No último ano, a rua Simão Álvares, em Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, liderou a valorização imobiliária na capital, com um aumento de 505% no preço médio dos imóveis. De acordo com um estudo da Loft, o valor médio dos imóveis na via saltou de R$1 milhão para R$6,19 milhões. A chegada de novos empreendimentos de luxo à região teve um peso importante nesta valorização.
A análise da proptech inclui transações de 700 ruas da cidade, comparando dados do imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) da prefeitura de São Paulo entre janeiro e agosto de 2023 e 2024. Na Simão Álvares, a área média dos imóveis vendidos também aumentou em 235%, atingindo 446 metros quadrados.
Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, as ruas que mais se valorizaram são aquelas que já possuem alta demanda e que “receberam empreendimentos novos, de alto luxo, com imóveis maiores do que aqueles que vinham sendo negociados anteriormente”.
A segunda rua que mais valorizou no período, segundo o estudo, foi a José Maria Lisboa, no Jardim América, com aumento de 440%, atingindo um tíquete médio de R$6,16 milhões, e 463 metros quadrados em área média.
A Alameda Sarutaiá, no Jardim Paulista, também merece destaque com valorização de 399% e preço médio de R$4,2 milhões. A área média ficou em 298 metros quadrados, crescendo 140%.
Por outro lado, a avenida Magalhães de Castro, no Morumbi, onde estão localizadas as torres do complexo Cidade Jardim, registrou um tíquete médio de R$19 milhões, com um aumento menor de 8,3%. O tamanho médio dos imóveis recuou 23%, ficando em 681 metros quadrados.
Fonte: Valor Econômico
Investidores apostam em financiamento direto com incorporadoras para retornos de até 25 por cento ao ano
O mercado imobiliário está oferecendo uma alternativa de investimento atraente: o financiamento direto de projetos inteiros com incorporadoras. Segundo especialistas consultados pelo InfoMoney, o retorno pode chegar até 25% ao ano, mais que o dobro da Selic (que está em 10;75%) e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
“O investidor entra como sócio desde a etapa zero. Tem caso em que o financiamento começa quando ainda está na escolha do terreno, e o acompanhamento vai até o final, na entrega do projeto. O risco é maior, mas o retorno também”, explica Leonardo Bersot, sócio real estate da Portofino Multi Family Office.
As opções de investimento incluem LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário). “Os valores são altos e o risco é alto, mas mesmo assim a percepção do investidor é de segurança, por ser uma aposta no mercado imobiliário, que é muito familiar ao brasileiro. Eles se sentem confortáveis”, diz Caio Cézar de Carvalho, da Lidderar.
Segundo Carvalho, a cota média para entrar em um “deal” coletivo é de R$ 500 mil, enquanto um financiamento individual varia entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões.
O mercado está aquecido, especialmente nos setores de baixa e alta renda. Dados da consultoria Brain mostram que as vendas de imóveis “econômicos” aumentaram 23%, enquanto o setor de alta renda cresceu 26%. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o financiamento via LCI aumentou de 10% em 2022 para 26% em 2023, enquanto o CRI subiu de 7% para 9%, e o FII de 9% para 10%.
Daniel Gasparete, analista do Itaú BBA, afirma que os fundamentos que impulsionam as vendas são consistentes e “provavelmente não mudarão no curto prazo”. Ele cita fatores como a demografia favorável da “idade de ouro” (35-40 anos) dos compradores, o crescimento de 11% na renda média da população, o baixo desemprego e a confiança do consumidor.
Os projetos geralmente duram cerca de 5 anos, período de obra e entrega dos empreendimentos. Ao final desse prazo, o financiamento inicial pode render entre 100% e 125% ao investidor. Carvalho ressalta que há alta demanda por essas alternativas. “Eles perguntam e pedem por novas estruturações. Há projetos que vendem todas as cotas em menos de uma semana.”
Fonte: Infomoney
Conheça localizações que impulsionam a valorização de imóveis de luxo em SP
Os imóveis de luxo em São Paulo têm seus preços alavancados por cinco pontos estratégicos: o Shopping Cidade Jardim, Clube Pinheiros, Parque do Povo, Praça Pereira Coutinho (Vila Nova Conceição) e Clube Paulistano. Segundo a boutique imobiliária Mbras, enquanto o preço médio do metro quadrado de imóveis de luxo na cidade é de R$28,6 mil, nessas regiões ele pode atingir até R$100 mil.
Lucas Melo, fundador da Mbras, afirma que esses locais se destacam pela segurança, vista privilegiada, proximidade com o centro comercial e as comodidades oferecidas. “O morador dessas regiões tem um estilo de vida bacana pela proximidade com escolas, faculdades e trabalho, reduzindo o tempo no trânsito”, explica Melo.
Entre as construtoras ativas na região, a Stan Desenvolvimento Imobiliário investe em projetos como o Pierino, próximo ao Clube Paulistano, com preços em torno de R$50/m². Para garantir vistas permanentes, a empresa adquiriu o potencial construtivo dos terrenos ao redor, evitando obstruções futuras.
No bairro de Itaim, o projeto Arbórea Itaim da Benx, que oferece vista para o Parque do Povo, tem preços que chegam a R$60/m². Luciano Amaral, CEO da Benx, ressalta a localização privilegiada próxima à Faria Lima, um dos eixos empresariais mais valiosos do país.
A JHSF, por sua vez, está desenvolvendo o complexo Cidade Jardim, que mescla torres residenciais e comerciais, modelo que remete aos grandes projetos de uso misto. Augusto Martins, CEO da companhia, destaca a visão ousada que transforma o local em um novo centro de alta renda em São Paulo.
O mercado de luxo em São Paulo lidera no Brasil, movimentando R$3,8 bilhões no primeiro semestre de 2024. Segundo Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), “o mercado de luxo evolui, oferecendo mais oportunidades para investidores e compradores”.
Fonte: O Estado de São Paulo