Preço de imóveis sobe 0,51% em abril, com destaque para unidades de 1 dormitório. Brasileiros lideram compra de imóveis premium na Flórida. Ferramenta mostra a renda necessária para financiar imóvel em São Paulo.
Preço de imóveis sobe 0,51 por cento em abril
Os preços de venda dos imóveis residenciais subiram 0,51% em abril de 2025, resultado inferior à elevação de 0,60% verificada em março, segundo levantamento FipeZAP, que abrange 56 das maiores cidades do país. O crescimento foi mais intenso entre imóveis de um dormitório (+0,65%), enquanto unidades com dois dormitórios tiveram valorização de 0,41%.
O preço médio do metro quadrado residencial no país ficou em R$ 9.233 no mês. Entre as 22 capitais analisadas, Vitória (Espírito Santo) apresentou o valor mais alto, R$ 13.086/m², seguida por Florianópolis (Santa Catarina), com R$ 12.246/m² e São Paulo, com R$ 11.529/m². Em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), o preço chegou a R$ 7.250/m².
Em 12 meses encerrados em abril de 2025, houve aumento nas 56 cidades analisadas. O preço médio de venda subiu 7,97%, resultado que superou a inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,48% em março e 5,53% no IPCA-15 de abril.
Entre as capitais, Salvador lidera o ranking de valorização nos últimos 12 meses, com alta de 20,63%, seguida por João Pessoa (+18,25%) e Vitória (+17,09%). No acumulado de 2025, João Pessoa aparece em primeiro lugar, com 7,55%, seguida por Salvador (7,17%) e Vitória (6,79%).
Fontes: Infomoney, Rádio Guaíba e ISTOÉ Dinheiro
Investidores brasileiros ocupam o primeiro lugar em aquisições de imóveis de alto valor na Flórida, nos Estados Unidos, com preço médio de US$ 489.519 por propriedade, segundo levantamento da Florida Realtors. O investimento total em imóveis residenciais alcançou US$ 1,451 bilhão, colocando o Brasil como o segundo país com maior taxa de investimento estrangeiro na região, atrás apenas do Canadá.
A localização estratégica, proximidade cultural, clima favorável e oportunidades de investimento lucrativo fazem o estado norte-americano principal destino dos brasileiros nos Estados Unidos. Apenas em Orlando, os brasileiros são responsáveis por 20% do volume total de investimentos estrangeiros, seguidos por Venezuela (13%) e Canadá (11%).
A maioria das aquisições brasileiras (41%) concentra-se na região de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach, seguida por Orlando-Kissimmee-Sanford (36%). Quanto ao tipo de propriedade, 44% preferem casas unifamiliares, 33% condomínios e 15% townhouses. Entre os principais motivos para compra estão casa de férias (32%), residência principal (29%) e aluguel residencial (23%).
“Nos EUA, os contratos são mais rígidos e há menos inadimplência em aluguéis devido à facilidade de despejo”, explica Alessandra Jardim, corretora e consultora financeira licenciada pelo estado da Flórida. Ela destaca a segurança jurídica como uma das maiores diferenças entre os mercados imobiliários norte-americano e brasileiro.
Entre os desafios para investidores estrangeiros estão a regulamentação específica de cada estado, questões fiscais como a lei do imposto sobre investimento estrangeiro em propriedade imobiliária (FIRPTA), gestão à distância dos imóveis e variação cambial. “Flutuações no dólar podem impactar o retorno do investimento, por isso é necessário um bom planejamento”, esclarece Jardim.
Apesar das dificuldades, a especialista prevê crescimento nas vendas de imóveis para aluguel de curta duração e aumento na demanda por imóveis multifamiliares. “O Fed (Federal Reserve, banco central americano) pode reduzir juros nos próximos anos, aumentando o acesso ao crédito e aquecendo o mercado”, avalia.
Fonte: Diário do Comércio
Ferramenta mostra a renda necessária para financiar imóvel em São Paulo
Os principais bancos brasileiros, incluindo Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander, já adotam como prática o pagamento de 30% do valor do imóvel como entrada, ante 20% em 2024, reduzindo o percentual financiado para 70%, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).
Segundo dados exclusivos da Loft, publicados pelo Estadão, essa mudança elevou o custo inicial para aquisição das unidades, mas reduziu as parcelas mensais. “Com a entrada maior, há uma queda nas exigências de renda. Isso pode abrir espaço para novos compradores – desde que tenham recursos guardados para dar de entrada”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Na Vila Andrade, onde o preço médio dos imóveis é de R$ 738 mil, a entrada necessária agora é de R$ 221 mil (contra R$ 147,6 mil em 2024), enquanto a renda mínima exigida caiu de R$ 25,4 mil para R$ 22,6 mil, com parcela inicial reduzida de R$ 7,1 mil para R$ 6,3 mil.
As diferenças são ainda mais expressivas em bairros de alto padrão. No Jardim Europa, o mais valorizado da capital, com imóveis a R$ 10,2 milhões em média, a entrada subiu para R$ 3,06 milhões (ante R$ 2,04 milhões em 2024), mas a renda mínima mensal caiu de R$ 350,6 mil para R$ 311 mil, com primeira parcela reduzida de R$ 98 mil para R$ 86,9 mil.
“A diferença entre bairros também chama atenção: enquanto em regiões como o Campo Limpo o valor de entrada gira em torno de R$ 96 mil, nos mais valorizados como o Jardim Europa, ultrapassa os R$ 3 milhões”, destaca Takahashi.
Fonte: Estadão
Belo Horizonte e Nova Lima registram R$ 1,3 bi em vendas imobiliárias no 1º tri
O mercado imobiliário de Belo Horizonte e de Nova Lima, em Minas Gerais, iniciou 2025 com forte desempenho, movimentando R$ 1,3 bilhão em vendas no primeiro trimestre, um crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e mostram uma demanda aquecida, especialmente por imóveis de médio e alto padrão.
O período também registrou alta no volume de lançamentos, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1 bilhão. Os bairros Estoril, Vale do Sereno, Santa Mônica e Lourdes concentraram o maior número de unidades lançadas, totalizando 440 empreendimentos.
Segundo Leonardo Matos, diretor da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), a região Oeste de Belo Horizonte se destacou, representando mais de 15% dos negócios imobiliários na capital. “A região Oeste, no momento, é a que está mais aquecida, com um peso muito forte do Buritis – bairro com a maior quantidade de imóveis comercializados em Belo Horizonte há algum tempo”, afirma.
Matos observa uma mudança no comportamento dos compradores, especialmente no segmento acima de R$ 1 milhão. “Eles estão mais exigentes, cautelosos, e pesquisam cada vez mais antes de tomar a decisão de compra”, explica, atribuindo essa cautela à desconfiança quanto ao cenário econômico atual, marcado pela alta inflação e elevação da taxa básica de juros (Selic).
Fora da capital, o programa Minha Casa, Minha Vida impulsiona o setor em cidades da região metropolitana e interior de Minas. No primeiro trimestre, foram lançadas 7.115 unidades habitacionais vinculadas ao programa, com R$ 1,2 bilhão em empréstimos. Betim, Ituiutaba e Varginha lideraram esse movimento, com crescimentos de 153%, 132% e 75% nos lançamentos, respectivamente.
Para Luiz França, presidente da Abrainc, “o crescimento em cidades como Varginha, Betim e Ituiutaba revelam o potencial de crescimento das regiões e o papel estratégico do Estado na democratização do acesso à moradia e no desenvolvimento econômico do País”.
Fonte: Diário do Comércio