Aluguel em Porto Alegre bate novo recorde. Lançamentos de ‘megaprédios’ de luxo chegam a São Paulo, com arranha-céus de até 200m. Deloitte aponta 12 inovações que devem nortear os caminhos do mercado imobiliário nos próximos anos.
- Aluguel em Porto Alegre bate novo recorde: valorização passa de 20 por cento em 1 ano
- ‘Megaprédios’ de luxo chegam a SP com arranha-céus de até 200 metros
- Conheça 12 inovações tecnológicas revolucionárias para a construção civil
- Rio atinge novo recorde de aluguel em agosto, mas Ipanema deixa o Top 5
Aluguel em Porto Alegre bate novo recorde: valorização passa de 20 por cento em 1 ano
O preço médio do aluguel em Porto Alegre atingiu R$ 37,14 por metro quadrado, em agosto de 2024, um aumento mensal de 3,85% em relação a julho. Essa foi a maior alta desde o início da série histórica em 2019, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. No acumulado de 12 meses, a valorização chegou a 20,38%, ultrapassando pela primeira vez a marca de 20%.
De acordo com o gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis, a aceleração sem precedentes está ligada às enchentes, que devastaram o Rio Grande do Sul em maio. “Os dados consolidam um cenário de aceleração no preço nunca antes visto na cidade, reflexo da tragédia ambiental, cujos impactos têm sido sentidos no mercado de locação de forma bastante expressiva”.
Os imóveis de três dormitórios lideraram as altas, com um aumento de 3,28% em relação a julho, atingindo o preço médio de R$ 35,29/m². Apartamentos de um e dois quartos também tiveram valorização significativa.
A procura por regiões mais elevadas e menos suscetíveis a enchentes impulsionou os preços em 38 dos 42 bairros analisados. “Regiões mais afastadas e com menos risco de inundações têm sido mais procuradas. O problema é que não há tantos imóveis disponíveis, o que tem feito com que a demanda aumente, pressionando os preços para cima nessas localidades”, afirma Reis.
O menor percentual de desconto nas negociações (2,9%, segundo a pesquisa) também é um sintoma do aquecimento acelerado do mercado imobiliário em Porto Alegre. Os bairros mais caros em agosto foram o Mont’Serrat, Petrópolis, Auxiliadora, Rio Branco, Bela Vista, Boa Vista, Vila Ipiranga, Chácara das Pedras, Três Figueiras e Praia de Belas.
Fonte: Jornal do Comércio
‘Megaprédios’ de luxo chegam a SP com arranha-céus de até 200 metros
O mercado imobiliário de São Paulo está prestes a receber uma série de lançamentos de megaprédios de luxo, desenvolvidos com uma expertise “importada” de Balneário Camboriú, Santa Catarina, chamada de “meca dos arranha-céus no Brasil”. Os empreendimentos, que incluem residências e andares comerciais, podem atingir até 200 metros de altura.
A demanda por conhecimento especializado em construções de grande altura levou a FG Empreendimentos, responsável por arranha-céus como o One Tower (290 metros) e o Triumph Tower (mais de 500 metros) em Balneário, a criar uma consultoria exclusiva chamada FG Talls.
A nova empresa surgiu da parceria com Fatih Yalniz, VP sênior do escritório americano de engenharia WSP-USA, conhecido por projetos como o One World Trade Center em Nova York. Segundo a diretora executiva da nova empresa, Stephane Domeneghini, a demanda vem não apenas de São Paulo, mas de todo o Brasil e América Latina.
Entre os projetos em desenvolvimento está o Complexo Alto das Nações, na Chácara Santo Antônio, que terá a torre corporativa mais alta de São Paulo, com 219 metros. O empreendimento Lindenberg Alto das Nações, parte residencial deste complexo, terá 116 metros de altura e um “rooftop” com instalações de lazer luxuosas.
Outro projeto deste tipo que chama atenção é o PG Residences, da Benx Incorporadora, no Parque Global, que promete apartamentos a 173 metros de altura, com quase 300 unidades variando entre 77 e 311 metros quadrados.
Os megaprédios tendem a beneficiar, principalmente, o segmento de alto padrão, que busca por exclusividade. “A vista livre da cidade é uma moeda forte e deve valorizar os apartamentos nos andares mais altos de forma expressiva”, argumenta Jonas Birger, arquiteto do Lindenberg Alto das Nações.
A tendência de ‘hiperverticalização’ chega a São Paulo depois da revisão recente do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, que facilitou este tipo de construção ao aumentar o potencial construtivo em certas áreas da cidade.
Fonte: Valor Econômico
Conheça 12 inovações tecnológicas revolucionárias para a construção civil
A consultoria Deloitte identificou 12 tecnologias que prometem transformar o setor da construção civil nos próximos anos. As inovações foram apresentadas durante o Construsummit em Florianópolis. Fernanda Tauffenbach, sócia de Infraestrutura e Projetos de Capital da empresa, afirmou que a adoção das novas tecnologias é crucial para a sobrevivência das empresas no mercado atual.
“O ser humano é resistente a mudanças e vem de um mercado onde historicamente não existia esta demanda”, contextualiza a executiva. “A gente não era pressionado a inovar, mas agora é”, provocou Tauffenbach.
Entre as tecnologias destacadas estão o Project Portfolio Management (PPM), que utiliza inteligência artificial para tomadas de decisão mais assertivas; o BIM (Building Information Modeling) e Digital Twin, que criam modelos virtuais detalhados de edifícios; e as tecnologias imersivas como Realidade Virtual, Aumentada e Mista.
Outras inovações incluem agentes virtuais baseados em IA, simulações de IA, impressão 3D, robôs inteligentes, Edge AI, 5G, Cloud Computing, Blockchain e o uso de drones e sensores IoT para monitoramento em tempo real.
A executiva ressaltou ainda a importância de uma abordagem gradual na implementação dessas tecnologias. “É preciso começar pequeno. Desenvolver um projeto-piloto e criar um ambiente onde o erro é aceitável”, aconselha. Tauffenbach também sugere que as empresas desenvolvam projetos em fases, envolvendo os colaboradores no processo de mudança e não se limitando apenas a métricas financeiras para avaliar o sucesso das iniciativas.
Tauffenbach também destaca a necessidade de uma mudança cultural no setor, já que as novidades trazem maior eficiência, redução de custos, melhoria na segurança e aumento da produtividade. No entanto, a implementação bem-sucedida dependerá da capacidade das empresas de superar a resistência à mudança e criar um ambiente propício à inovação.
As tecnologias destacadas são: Project Portfolio Management (PPM); BIM (Building Information Modeling) / Digital Twin; Realidade Virtual, Aumentada e Mista; Agentes e assistentes virtuais; Simulações de IA; Impressão 3D; Robôs inteligentes; Edge AI; 5G; Cloud Computing; Blockchain, Tokenização de Ativos e Smart Contracts; Drones, Sensores de IoT e Câmeras Inteligentes para monitoramento de obras em tempo real
Fonte: Estadão
Rio atinge novo recorde de aluguel em agosto, mas Ipanema deixa o Top 5
O Rio de Janeiro registrou um novo recorde no preço médio do aluguel em agosto de 2024, chegando a R$ 41,40 por metro quadrado, apontou o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. O valor representa o patamar mais alto desde o início da série histórica em 2019, após uma breve queda em julho, a primeira desde agosto de 2021.
Apesar do aumento, especialistas apontam para uma desaceleração. “Apesar de o preço ter voltado a subir, a alta no acumulado de 12 meses é a menor dos últimos dois anos”, afirma Pedro Capetti, especialista em Dados do Grupo QuintoAndar. O crescimento anual foi de 11,08%, o menor percentual desde maio de 2022.
Houve uma queda nos preços dos imóveis de três dormitórios pelo segundo mês consecutivo, com uma retração de 0,3% em relação a julho. Por outro lado, residências de um e dois dormitórios tiveram altas de 1,27% e 0,62%, respectivamente.
Um dos dados que mais chamou atenção foi a queda do bairro de Ipanema, um dos mais prestigiados da cidade, saindo da 5ª para a 6ª posição no ranking dos mais caros entre as capitais brasileiras. Nos últimos 12 meses, Ipanema registrou uma queda de 8,3% no valor do aluguel, e agora o metro quadrado custa em média R$ 91.
“O que a gente tem visto em Ipanema é uma readequação do preço. Esse valor do metro quadrado subiu vertiginosamente desde a pandemia, chegando neste ano ao dobro do que era registrado no final de 2021. Apesar da alta demanda na Zona Sul, o patamar elevado de preço tem feito com que ocorram mais negociações e ajustes no valor, até pelo perfil de imóveis no bairro, com apartamentos mais antigos”, explica Thiago Reis, gerente de dados do Quinto Andar.
O levantamento também mostra que ainda há espaço para negociação, com um desconto médio de 2,7% nas transações realizadas em agosto. Dos 34 bairros pesquisados no Rio, apenas Ipanema e Vila Valqueire (-1,9%) registraram desvalorização nos últimos 12 meses.
Fontes: O Globo e G1