Vendas de imóveis em SP disparam em março; Minha Casa, Minha Vida puxa crescimento. Imóveis populares terão menos impostos e alto padrão pagará mais. Imóveis em grandes cidades disparam 5,76%, acima da inflação.
- Vendas de imóveis em SP disparam em março; Minha Casa, Minha Vida puxa crescimento
- Reforma Tributária: imóveis populares terão menos impostos e alto padrão pagará mais
- Imóveis em grandes cidades disparam em 2024, acima da inflação
- Belo Horizonte atinge alta histórica no preço de imóveis nos últimos 12 meses
Vendas de imóveis em SP disparam em março; Minha Casa, Minha Vida puxa crescimento
As vendas de imóveis em São Paulo cresceram 47,2% em março, na comparação com o mesmo período do ano passado, e os lançamentos tiveram salto de 19,3%, segundo o Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) foi destaque, respondendo por 52% das vendas e 59% dos lançamentos. O estoque de imóveis novos caiu 11,6%, refletindo a maior dinâmica de vendas em relação aos lançamentos.
Ainda de acordo com o levantamento do Secovi-SP, o mercado imobiliário da capital paulista comercializou 10.482 unidades em março, alcançando uma velocidade de vendas de 15,5%, a mais alta em um ano.
O estoque de imóveis do MCMV na capital paulista, que soma 22.084 apartamentos, indica uma oferta para seis meses, considerando a atual velocidade de vendas. Já o segmento de médio e alto padrão – com um estoque de 35.260 unidades – tem uma previsão de duração de dez meses.
Fonte: Estadão
Reforma Tributária: imóveis populares terão menos impostos e alto padrão pagará mais
A nova regulamentação da Reforma Tributária propõe um regime de tributação progressivo para o setor imobiliário, beneficiando imóveis de interesse social com menores impostos e aumentando a carga para os de alto padrão. A medida, enviada ao Congresso, pretende ajustar a tributação sobre novos empreendimentos, mantendo a venda de imóveis por pessoas físicas sob as regras atuais do Imposto de Renda.
Incorporadoras terão descontos significativos na base de cálculo do IVA, com um “redutor social” de R$ 100 mil e deduções para custos de terreno e construção. Imóveis do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) terão alíquotas reduzidas, com a taxa de RET caindo de 1% para 0,47%, uma diminuição de 53%.
Além disso, todas as incorporadoras vão se beneficiar de um desconto de 20% na alíquota do futuro IVA, estimado em 26,5%, resultando em uma taxa efetiva de 21,2% sobre a venda de imóveis novos. A taxa padrão de RET será ajustada para 1,95%, para equilibrar a tributação entre diferentes segmentos do mercado imobiliário.
O governo e especialistas acreditam que as mudanças podem favorecer tanto imóveis populares quanto de médio e alto padrão, por meio de ajustes fiscais que permitam deduções e créditos. No entanto, o setor imobiliário expressa preocupações.
Para o presidente do Secovi-SP, Ely Wertheim, há muita apreensão em relação ao modelo apresentado. “Temos dúvidas e algumas preocupações. Não temos uma opinião absolutamente formada, mas percebemos uma tendência de aumento de carga. Há uma promessa da equipe econômica para ajustes”.
Fonte: O Globo
Imóveis em grandes cidades disparam em 2024, acima da inflação
Os preços dos imóveis nas grandes cidades brasileiras subiram 2,17% nos primeiros quatro meses de 2024, superando a inflação. Este aumento, analisado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a plataforma Zap, em 50 cidades, destaca Curitiba (6,54% de alta em quatro meses), João Pessoa (5,08%) e Recife (4,19%) com as maiores altas. Comparativamente, o IGP-M e o IPCA registraram variações de -0,6% e 1,63%, respectivamente.
No acumulado de 12 meses, o preço geral dos imóveis aumentou 5,76%, contrastando com a inflação oficial (IPCA) e o IGP-M, que variaram 3,51% e -3%. Em abril, a alta foi de 0,66%, com São Paulo e Rio de Janeiro apresentando menores variações de preço.
O estudo revela ainda que Balneário Camboriú tem o metro quadrado mais caro (R$ 12.993), seguido por Itapema (R$ 12.806 ) e Vitória (R$ 11.206). Entre as capitais, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram as menores elevações (0,59% e 0,18%), com preços médios de R$ 10.858 e R$ 10.048 por metro quadrado, respectivamente.
Fonte: Veja
Belo Horizonte atinge alta histórica no preço de imóveis nos últimos 12 meses
Os imóveis da capital mineira alcançaram valorização de 9,97% no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril, um patamar histórico – o maior dos últimos dez anos. Segundo pesquisa da Fipe baseada em dados de abril de 2024 dos portais Zap (VivaReal e Zap Imóveis), o valor médio do metro quadrado na capital mineira alcançou R$ 8.625,00, alta de 1,1% em relação a março, refletindo um crescimento de R$ 95.
Os bairros com os maiores preços médios por metro quadrado são Savassi (R$14.757), Santo Agostinho (R$13.985), Lourdes (R$13.422) e Funcionários (R$12.791). Todos estão localizados na região Centro-Sul. Além disso, o estudo destacou os bairros com maior valorização no último ano, com Gutierrez ( R$9.079 /m²), Santa Lucia ( R$8.512 /m²), Sion (R$10.111 /m²) e Buritis (R$8.178 /m²), com um impressionante aumento de 12,8%.
A valorização em BH reflete a forte demanda por moradia na capital, impulsionada por fatores como crescimento populacional, baixa taxa de juros e alta do IGP-M. Especialistas alertam para os riscos de uma bolha imobiliária, mas também destacam que a solidez da economia e a constante melhora da infraestrutura podem sustentar esta valorização a longo prazo. Fonte: Diário do Comércio