Conselho do FGTS estuda proposta para aumentar juros e desestimular compra de imóveis usados. Corretora critica torres altas em São Paulo, defende prédios antigos e vira influencer. Imóvel isento no Imposto de Renda sobe para R$ 800 mil.
- Conselho do FGTS estuda proposta para aumentar juros e desestimular compra de imóveis usados
- Corretora viraliza no Instagram criticando torres altas em defesa dos prédios antigos
- Imóvel isento no IR sobe de R$ 300 mil para R$ 800 mil, mas precisa ser declarado
- Aluguel em alta, rentabilidade e juros são motivos para investir em imóveis
Conselho do FGTS estuda proposta para aumentar juros e desestimular compra de imóveis usados
A compra de imóveis usados com recursos do FGTS, pela linha Pró-cotista, pode ficar mais cara segundo uma proposta de aumento das taxas de juros em discussão pelo Conselho Curador do FGTS desde 26 de março. A medida visa incentivar a aquisição de imóveis novos, garantindo fundos para novas construções.
Atualmente, a linha Pró-cotista, que financia imóveis usados acima de R$500 mil com taxas de juros entre as mais baixas do mercado, está em alta. Segundo a Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), 70% das unidades financiadas com essa linha são usadas.
A proposta surge em um contexto de redução da captação de recursos da poupança, influenciada pela alta da taxa Selic, e de debates sobre a correção dos saldos do FGTS pelo STF. A revisão busca garantir que a correção mínima seja pela inflação, em meio a preocupações com a disponibilidade de recursos do FGTS para o fim do ano, o que impactaria a geração de empregos.
O setor da construção civil também pressiona por uma redução dos subsídios para a compra de imóveis usados. A expectativa é que o Conselho Curador do FGTS retome a discussão em 21 de maio, enquanto o Ministério das Cidades analisa o impacto das contratações de imóveis novos e usados na disponibilidade de recursos para novas habitações.
A medida, ainda em estudo, segue a necessidade de equilibrar o incentivo à produção habitacional com a sustentabilidade financeira do FGTS, essencial para o setor imobiliário e a economia como um todo.
Fonte: Folha de S.Paulo
A corretora Tamara Stief viralizou em São Paulo desde que passou a defender, em vídeos do Instagram, uma visão mais humana e sustentável da vida urbana e a vender imóveis antigos, restaurados e com história. Com 15 anos de experiência, ela é hoje uma influenciadora do setor bastante crítica da construção de grandes torres com apartamentos cada vez menores. “Acabaram com a Rua Augusta, acabaram com Pinheiros, a gente está ficando sem história”, argumenta.
A corretora conquistou mais de 140 mil seguidores com frases sinceras e uma paixão pela preservação do charme arquitetônico da cidade, que ressoa em um público que busca mais do que apenas um lugar para morar. “As pessoas estão voltando a ver valor nos prédios antigos e acredito que eles vão valer mais ainda no futuro”, afirma.
Preocupada com o impacto das novas construções no tecido urbano de São Paulo, Tamara critica práticas das incorporadoras, que, segundo ela, priorizam o lucro em detrimento da qualidade e do bem-estar dos futuros moradores. Além de virar exemplo de sucesso em vendas de imóveis pela rede social, a corretora tem se tornado uma voz influente na discussão sobre desenvolvimento urbano sustentável, atraindo cada vez mais atenção e clientes.
Fonte: Folha de S.Paulo
Imóvel isento no IR sobe de R$ 300 mil para R$ 800 mil, mas precisa ser declarado
Proprietários de imóveis que se preparam para declaração do Imposto de Renda 2024 precisam estar atentos às mudanças sobre o aumento do valor mínimo de isenção na declaração de imóveis, de R$300 mil para R$800 mil. Especialistas ressaltam que a isenção não dispensa a declaração de bens, portanto é importante que a origem dos recursos utilizados na compra de imóveis seja declarada, mesmo que abaixo do novo limite.
Os especialistas Adriano Araújo e Sérvio Túlio destacam a necessidade de declarar imóveis corretamente, baseando-se no valor do IPTU e considerando a soma de outros bens, como carros, na declaração de patrimônio. Alertam também para a obrigatoriedade da declaração de imóveis no exterior, convertendo seu valor para reais pela taxa PTAX. A declaração pré-preenchida pela Receita pode facilitar o processo, trazendo as informações atualizadas do declarante.
Para quem vendeu imóveis, é crucial se atentar para o imposto sobre ganho de capital, podendo haver isenção se o lucro foi reinvestido em outro imóvel dentro de seis meses. Imóveis herdados ou financiados também têm regras específicas de declaração. Os especialistas recomendam manter a documentação organizada e prestar atenção às regras para evitar erros e problemas com a Receita Federal.
Fonte: A Tarde
Aluguel em alta, rentabilidade e juros são motivos para investir em imóveis
O mercado imobiliário brasileiro tem se apresentado como um terreno fértil para investidores, impulsionado por um cenário macroeconômico favorável e a queda da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano. Este contexto torna os investimentos em imóveis mais atraentes em comparação à renda fixa, especialmente diante da expectativa de redução nos custos de crédito, avalia Alexandra Monteiro, diretora de Incorporação e Relacionamento com Cliente da Vitacon, e colunista do Estadão Imóveis.
Propriedades em São Paulo atingiram um aumento médio de 21% no valor entre janeiro de 2020 e janeiro de 2024, particularmente em bairros estratégicos e valorizados, o que torna o mercado ainda mais atrativo para investidores, argumenta. Além disso, o mercado de aluguel residencial está em alta, registrando um crescimento de 16,1% em 2023, significativamente acima da inflação do mesmo período.
A elevação, somada à correção pelo IGP-M, posiciona o investimento imobiliário como uma opção superior à renda fixa em termos de rentabilidade, oferecendo uma fonte de renda passiva atraente, sobretudo nas grandes capitais, afirma Monteiro. A longo prazo, a combinação do ganho com aluguel e a valorização dos imóveis demonstrou um rendimento anual de 12,2% de 2012 a 2022, reforçando a imagem do setor imobiliário como um investimento seguro, lucrativo e com liquidez.
Fonte: Estadão