Incorporadoras aumentam captação de recursos via CRI e título se consolida como importante fonte de financiamento. Bela Vista é o único bairro central entre os mais valorizados de São Paulo. Emgea estuda comprar ‘créditos estressados’ de bancos para proteger investimentos e impulsionar mercado imobiliário.
- Incorporadoras aumentam captação de recursos via CRI e título se consolida como importante fonte de financiamento
- Bela Vista é único bairro central entre os mais valorizados de São Paulo
- Emgea pode comprar ‘créditos estressados’ de bancos para proteger investimentos e afastar riscos
- Fora da TV, Flávio Mendonça revela vida de luxo como corretor de imóveis
Incorporadoras aumentam captação de recursos via CRI e título se consolida como importante fonte de financiamento
A participação de incorporadoras nas emissões de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) dobrou após mudanças regulatórias que restringiram a atuação de empresas fora do setor. De janeiro a junho, foram 217 novas operações, um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2023, movimentando R$ 31,4 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os números vão ao encontro das expectativas do mercado que, diante da redução da participação da poupança no crédito imobiliário, esperava que os títulos ganhassem ainda mais espaço no financiamento das empresas que atuam na construção e na venda de imóveis. É o que vem se consolidando.
Em junho, a participação das incorporadoras nas emissões de CRI chegou a 14%, comparado a 7% no início do ano, conforme levantamento da fintech Virgo, feito a pedido do jornal Valor Econômico. “Houve uma diminuição significativa na participação do segmento corporativo e de bancos”, afirma Daniel Magalhães, presidente da Virgo.
A resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) em fevereiro restringiu os tipos de lastro elegíveis para CRI, barrando operações de bancos e redes de farmácias. “O pânico inicial de alguns, que esperavam que o mercado de CRIs acabasse, não se provou verdadeiro”, diz Flávia Palacios, diretora da Opea.
Entre as incorporadoras que captaram recursos via CRI está a Moura Dubeux, que levantou R$ 250 milhões em julho. “O CRI está hoje mais próximo da sua natureza, que é de financiar o desenvolvimento imobiliário”, afirma Diego Villar, diretor-presidente da incorporadora.
Fonte: Valor Econômico
Bela Vista é único bairro central entre os mais valorizados de São Paulo
O bairro Bela Vista é o único do Centro a figurar entre os dez bairros mais caros de São Paulo, com o metro quadrado avaliado em mais de R$ 11 mil, aponta o Índice FipeZAP. A capital paulista é a sexta mais cara do Brasil para comprar imóveis, registrando uma valorização de 5,68% nos últimos 12 meses, com média de R$ 11.077 por metro quadrado.
Em relação à Bela Vista – que teve valorização de 8,8% no último ano – a construção de duas estações de metrô da linha laranja são um fator chave, atraindo incorporadoras, novos comércios e restaurantes para a região, na avaliação de especialistas do mercado.
O Itaim Bibi, na zona oeste, lidera atualmente o ranking de bairros mais valorizados, com o metro quadrado custando R$ 17.563. O Itaim é seguido por Pinheiros (R$ 17.403) e Jardins (R$ 15.488). A zona Sul e a zona Oeste abrigam oito dos dez bairros mais caros, com destaque para as Avenidas Paulista, Faria Lima e Berrini.
Para Renata Nogueira, da Refúgios Urbanos, investimentos públicos e privados nestas áreas, como transporte, saneamento e lazer, aumentam a atratividade e a qualidade de vida. Daniel Rosenthal, da Taurus Exp, atribui a valorização à expansão do metrô e à melhoria da infraestrutura, que consolidam estas regiões como polos financeiros e comerciais.
Fonte: Estadão
Emgea pode comprar ‘créditos estressados’ de bancos para proteger investimentos e afastar riscos
A Empresa Gestora de Ativos (Emgea), estatal escolhida para estimular a formação do mercado secundário de financiamentos no Brasil, está buscando maneiras de tornar os investimentos mais seguros. Uma das ideias é comprar dívidas de bancos que estão com dificuldades de pagamento, conhecidas como “créditos estressados”. Essas dívidas são compradas por um valor bem menor do que o valor original, o que pode gerar bons lucros no futuro, afastando riscos nas compras de carteiras de crédito imobiliário.
Imagine uma pessoa deve R$ 200 milhões a um banco e não consigue pagar. A Emgea poderia comprar essa dívida por R$ 20 milhões e tentar reaver o valor com o devedor. Os bancos costumam evitar esse tipo de negociação, pois o processo de cobrança é demorado.
Além disso, a Emgea considera criar fundos mais lucrativos, investindo em ações ou imóveis, por exemplo. Essa estratégia é permitida pelo projeto de lei que criou a empresa, que não limita sua atuação apenas ao mercado imobiliário.
Apesar das estratégias para minimizar os riscos, a Emgea busca garantias legais para proteger seus gestores. A intenção é incluir no projeto de lei um dispositivo que isente os gestores de punições caso as operações resultem em prejuízo. A ideia é que a União, como única acionista da empresa, respalde as decisões tomadas, mesmo que haja impacto financeiro. Os critérios para essas operações seriam definidos em assembleia geral de acionistas.
É importante destacar que, mesmo com a compra de créditos estressados, não há garantia de que a Emgea receberá o valor integral da dívida. Essa operação, assim como outras no mercado financeiro, possui riscos.
A proposta ainda está sendo discutida entre a Emgea e o Ministério da Fazenda e faz parte do programa Acredita, lançado em abril pelo governo Lula, com o objetivo de aumentar a oferta de crédito imobiliário no país.
Fonte: Estadão
Fora da TV, Flávio Mendonça revela vida de luxo como corretor de imóveis
Flávio Mendonça ficou conhecido por ser ajudante de palco do programa de Otávio Mesquita (TV Band) nos anos 1990 e 2000, ao lado do irmão gêmeo Gustavo. Eles chamavam atenção pelo porte físico e simpatia. Fora da TV há anos, Flávio atua agora como corretor de imóveis de alto padrão e, aos 45 anos, afirma que não tem vontade de voltar à televisão, a menos que fosse para falar de empreendimentos ou temas motivacionais.
Vendendo imóveis entre R$ 15 milhões e R$ 50 milhões, Flávio conta que o mercado imobiliário transformou sua vida, permitindo acesso a bens que antes julgava inalcançáveis. “Hoje eu moro num apartamento de R$ 12 milhões, ando em um carro de R$ 1 milhão. Eu me reinventei”, diz ele.
A nova profissão, segundo Flávio, gera altos ganhos financeiros, como uma comissão de R$ 1 milhão que recebeu em uma única venda. “Na época da TV, eu ganhava R$ 7 mil para fazer um desfile. O mercado imobiliário pode mudar a sua vida do dia para a noite”, afirma.
Casado com a modelo Annelyse Schoenberger e pai de três filhos, Flávio diz que seu maior sonho é manter o padrão de vida que conquistou. “Espero poder manter, quero continuar na crescente e bem próximo da minha família. Esse é o meu maior sonho”, conclui.
Fonte: O Globo