Preços de microapartamentos em Belo Horizonte crescem. Em Porto Alegre, lançamentos dobram, mas vendas caem no primeiro trimestre. MRV triplica vendas a brasileiros no exterior e Cyrela atinge VGV de R$ 1,2 bi.
- Microapartamentos em Belo Horizonte têm metro quadrado mais valorizado
- Em Porto Alegre, lançamentos mais que dobram no 1o tri, mas vendas caem
- MRV triplica vendas a brasileiros no exterior e Cyrela atinge VGV de R$ 1,2 bi
- QuintoAndar é condenada a devolver taxas e pagar multa por danos morais a inquilinos
Microapartamentos em Belo Horizonte têm metro quadrado mais valorizado
Morar em Belo Horizonte está cada vez mais caro, principalmente para quem busca microapartamentos. Entre janeiro e março de 2024, o preço do metro quadrado dos imóveis compactos subiu 3,81%, atingindo a média de R$ 12.760, o maior valor entre as categorias analisadas, segundo levantamento da Loft.
A alta nos microapartamentos puxou a média geral de preços na capital mineira, que atingiu R$ 6.333 no último mês, um recorde histórico. Em comparação com as outras capitais do Sudeste, a valorização em BH foi a maior: 9,1% nos últimos 12 meses, contra 4,1% no Rio de Janeiro e 1,3% em São Paulo.
A oferta limitada de microapartamentos, que representam menos de 1% dos imóveis à venda na cidade, é apontada como um dos fatores para a valorização. O bairro São Francisco concentra a maior oferta desse tipo de unidade, seguido pelo Centro, Estoril e Savassi. Os bairros que mais valorizaram desde o início do ano, considerando todos os tamanhos de imóveis, foram Estoril, São Francisco e Barro Preto.
Fonte: O Tempo
Em Porto Alegre, lançamentos mais que dobram no 1o tri, mas vendas caem
A capital gaúcha registra um cenário misto no mercado imobiliário no primeiro trimestre de 2024, de acordo com levantamento do Sinduscon-RS. De um lado, os lançamentos de imóveis mais do que dobraram em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionados pela inflação controlada, queda dos juros futuros e confiança no ambiente de negócios. Foram 640 unidades lançadas, um aumento de 111% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
Do outro lado, as vendas caíram 16%, totalizando 800 unidades. O presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, explica que a queda era esperada e que o número ainda surpreendeu positivamente. O valor geral de vendas (VGV) dos imóveis lançados ficou em R$ 580 milhões, enquanto o VGV das vendas realizadas foi de R$ 860 milhões, uma queda de 9%. O valor médio por metro quadrado subiu 2%, para R$ 13.583,00.
Em 2023, o segmento de imóveis novos na capital teve um resultado negativo em comparação com 2022, tanto em número de unidades quanto em VGV. As vendas caíram 10% e o VGV recuou 6%. Para 2024, a expectativa é que os bairros Moinhos de Vento e Petrópolis sejam os que receberão mais lançamentos.
Claudio Teitelbaum acredita que a preferência por esses bairros se deve à busca por infraestrutura completa e pela proximidade com o local de trabalho dos compradores. Ele também espera que o mercado aqueça nos bairros Quarto Distrito e Centro Histórico nos próximos anos, impulsionado por investimentos da administração pública.
Fonte: Jornal do Comércio
MRV triplica vendas a brasileiros no exterior e Cyrela atinge VGV de R$ 1,2 bi
A MRV comemora um crescimento expressivo nas vendas de imóveis para brasileiros que moram no exterior em 2023, alcançando um Valor Geral de Vendas (VGV) de 39 milhões, com 140 apartamentos comercializados. O aumento é atribuído à valorização das moedas estrangeiras, tornando a aquisição de imóveis no Brasil uma opção de investimento atrativa e financeiramente vantajosa.
A demanda por imóveis da MRV por parte dos brasileiros no exterior varia entre as regiões, com preferências na Europa e nos Estados Unidos. Este último atrai um perfil mais investidor, que não tem intenção de voltar ao Brasil. Em contraste, europeus mostram-se mais inclinados a adquirir imóveis visando um eventual retorno ao país, muitas vezes com rendas ligeiramente inferiores.
A Cyrela, por sua vez, também apresentou prévia operacional com números significativos no primeiro trimestre de 2024, com R$ 1,19 bilhão em VGV em lançamentos, refletindo crescimento de 37% em relação ao mesmo período de 2023. Apesar dos bons resultados, houve queda de 30% em comparação com o último trimestre do ano anterior.
QuintoAndar é condenada a devolver taxas e pagar multa por danos morais a inquilinos
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a devolução em dobro de taxas de serviço e reserva a todos os inquilinos da plataforma QuintoAndar, em todo país. A decisão, resultado de uma Ação Civil Pública do Ministério Público, aponta a ilegalidade das cobranças que, somadas, chegam a 12,21% do valor do aluguel mensal. O artigo 22 da Lei do Inquilinato proíbe a cobrança de valores a título de intermediação do inquilino. A plataforma também terá que pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos e multa de R$ 1 milhão por cada nova cobrança indevida. A empresa pode recorrer.
O QuintoAndar, que pode recorrer da decisão em instância superior, argumenta que as taxas são referentes a serviços prestados aos inquilinos, como vistoria do imóvel, emissão de boleto e atendimento. Segundo o diretor regional da Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário (Abami-MG), Kênio Soares, esses serviços são inerentes a qualquer imobiliária e deveriam ser cobrados dos proprietários dos imóveis, não dos inquilinos.
O advogado orienta quem aluga pela plataforma a interromper o pagamento das taxas e formalizar a ação à plataforma, anexando a sentença judicial. Fonte: O Tempo