Mercado imobiliário está ainda mais otimista com o Minha Casa, Minha Vida. Vendas de imóveis usados dispararam nas zonas Oeste e Sul de São Paulo. Casas em condomínios no entorno da capital paulista tiveram valorização de 40% em 4 anos.
- O otimismo dos empresários com o Minha Casa Minha Vida
- Bairros da zonas Oeste e Sul de São Paulo lideram aumento de vendas do mercado secundário
- Casas em condomínios no entorno de SP tiveram valorização de 40 por cento em 4 anos
- Mulheres conquistam espaço no mercado imobiliário, mas ainda buscam equidade
- Governo retoma 40 mil obras paralisadas do Minha Casa, Minha Vida
O otimismo dos empresários com o Minha Casa Minha Vida
As mudanças que fizeram o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) reaquecer o mercado imobiliário brasileiro e abriram caminho para crescimento em 2024, atraem cada vez mais confiança do empresariado do setor. “O mercado para baixa renda vinha sendo esvaziado e agora volta a ganhar força”, afirmou Eduardo Fischer, CEO da MRV, maior incorporadora e construtora brasileira no segmento econômico. Durante um webinar da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o empresário disse ainda que o setor tem “todos os elementos para ter um 2024 muito melhor que nos últimos anos”.
Empresas tradicionalmente focadas em segmentos de renda mais alta, como a Setin Incorporadora, estão agora explorando o mercado de baixa renda, impulsionadas pelo cenário favorável e pela diminuição da inflação nos custos dos materiais. Para Antonio Setin, CEO da incorporadora, embora o MCMV não seja um plano de governo, há “um objetivo muito forte de diminuir o déficit habitacional para as classes menos favorecidas” na atual administração. Isto faz com que “o setor econômico tenha bons anos pela frente para navegar”.
Também otimista com a demanda para o MCMV, Carlos Terepins, do Grupo Nortis, alertou, porém, para possíveis desafios futuros relacionados à mão de obra, especialmente em caso de crescimento dos lançamentos, que precisa vir acompanhado por capacidade de execução.
Fonte: Exame
Bairros da zonas Oeste e Sul de São Paulo lideram aumento de vendas do mercado secundário
Bairros da Zona Oeste de São Paulo, como Jardins, Sumaré e Alto de Pinheiros, se destacam dos demais quando computadas as vendas de imóveis secundários em 2023. De acordo com um levantamento da plataforma Loft, houve aumento de 13% nas vendas da região, com destaque para o Jardim Europa, Jardim América, Sumaré e Alto de Pinheiros.
A análise de 33 mil transações com pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) entre os 20 bairros mais valorizados da cidade, mostrou que, no Jardim Europa, o volume de negócios fechados cresceu 42% na comparação entre os dois semestres de 2023. Já o Sumaré registrou crescimento de 40%. Alto de Pinheiros (32%) e Jardim América (30%). seguem na sequência.
Os bairros da Zona Sul também apresentaram bom desempenho em termos de volume total de negociações, com Pinheiros liderando com 994 transações, seguido de Brooklin (880), Campo Belo (810), Moema Pássaros (654) e Vila Olímpia (606). Segundo Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, fatores como a menor dependência do financiamento bancário e a melhora na confiança do mercado contribuíram para esse cenário favorável, especialmente no segundo semestre de 2023.
Guilherme Kraemer, diretor Comercial e de Marketing da Revenda Imóvel, avalia que o retorno ao trabalho presencial tem influenciado a busca por moradias próximas aos escritórios, aquecendo o mercado imobiliário em torno dos principais eixos econômicos da cidade.
Além disso, a oferta para locação de temporada atrai investidores para a Zona Oeste. E a partir do segundo semestre, o mercado poderá sentir uma pressão adicional na demanda, com a queda contínua da taxa de juros.
Fonte: Valor Econômico
Casas em condomínios no entorno de SP tiveram valorização de 40 por cento em 4 anos
Entre 2019 e 2023, os preços das casas em condomínios fechados nas cidades vizinhas de São Paulo tiveram valorização média de quase 40%. Este aumento foi impulsionado pela demanda crescente por residências maiores, maior segurança e custo de vida mais baixo em comparação com a capital paulista, segundo estudo do DataZap a pedido do Estadão.
As cidades com os maiores preços por metro quadrado foram Barueri (R$10.898,70), Campinas (R$7.175,67), Jundiaí (R$7.079,46), Arujá (R$6.621,69) e Vinhedo (R$6.474,70). A valorização variou de 33,4% em Campinas a 74,7% em Barueri.
Paulo Pinheiro, sócio-diretor da Lopes, destaca que a locação nessas cidades aumentou, especialmente em Barueri, devido ao trabalho remoto durante a pandemia. “Alphaville tinha muitos imóveis encalhados e todos foram vendidos durante a pandemia. Em Vinhedo, também aconteceu isso”.
Um imóvel de 100m2 a R$18 mil o metro quadrado em São Paulo pode ter o dobro do tamanho em cidades próximas pelo mesmo preço total.
Fonte: Broadcast/Estadão
Mulheres conquistam espaço no mercado imobiliário, mas ainda buscam equidade
A presença feminina no mercado imobiliário e de incorporação está em crescimento constante, embora ainda existam desafios para a equidade de gênero. Segundo o COFECI, apenas 30% dos profissionais de corretagem de imóveis são mulheres. O estudo “Mulheres no Mercado Imobiliário”, que entrevistou mais de 800 profissionais de todas as regiões do Brasil, revela que somente 28% ocupam cargos de liderança.
Maria Eugenia Fornea, CEO da Weefor Incorporadora, destaca a importância de promover a inclusão, especialmente em setores tradicionalmente dominados por homens. Um ambiente diversificado leva a decisões mais inovadoras e eficientes. “Apesar de uma maior presença feminina em áreas como comercialização, marketing e desenvolvimento de produtos, é crucial avançar para garantir a participação de todos e reconhecer a sensibilidade feminina como um ativo valioso em setores tradicionais”, diz.
Para Paula Morais, fundadora do Estúdio Convexo Arquitetura, a presença feminina traz perspectivas inovadoras e agilidade na tomada de decisões. Ela ressalta que as mulheres são pilares importantes na criação de espaços inclusivos e vibrantes no setor imobiliário e de incorporação.
Fonte: Diário da Indústria e Comércio
Governo retoma 40 mil obras paralisadas do Minha Casa, Minha Vida
O governo federal vai retomar 40 mil obras do Minha Casa, Minha Vida para famílias na Faixa 1 (renda de até R$2.640). O ministro das Cidades Jader Filho deve anunciar a retomada das obras ainda esta semana, priorizando unidades paralisadas no Rio de Janeiro e buscando diálogo com prefeituras para solucionar problemas documentais e de invasões.
Apesar do esforço, cerca de 30 mil obras antigas com problemas persistem. O governo planeja desmobilizar empreendimentos inviáveis financeiramente. Anúncios futuros incluem seleção de projetos para áreas rurais e pequenos municípios.
Fonte: O Globo