Maior franqueada da Lopes pede rescisão de contrato por divergências estratégicas. Nova faixa do MCMV oferece economia de até R$ 163 mil em financiamento para classe média. Tarifas de Trump podem pressionar mercado imobiliário brasileiro.
- Maior franqueada da Lopes pede rescisão de contrato por divergências estratégicas
- Nova faixa do MCMV oferece economia de até R$ 163 mil em financiamento para classe média
- Tarifas de Trump podem pressionar mercado imobiliário brasileiro
- BH tem primeira queda em aluguel após 30 meses, mas acumula alta de 13 por cento em 1 ano
Maior franqueada da Lopes pede rescisão de contrato por divergências estratégicas
A BSJ Empreendimentos, que opera a Lopes Rio e é a maior franqueada da rede imobiliária Lopes, entrou com pedido de rescisão motivada de contrato. A decisão pode afetar significativamente as receitas da companhia, que vale R$ 240 milhões na Bolsa.
A Lopes Rio responde por 40% da receita das franquias da Lopes (LPS) e 25% da receita total do grupo. A operação carioca faturou R$ 2,9 bilhões no ano passado, superando São Paulo (R$ 2,2 bilhões), apesar de operar em mercado cinco vezes menor.
Dos R$ 20 milhões de lucro da LPS em 2024, cerca de R$ 14 milhões vieram dos royalties da Lopes Rio. A franqueada transfere 0,5 ponto percentual das vendas para a franqueadora, o que representou 28% de sua receita e 68% de seu lucro.
O conflito começou há quatro meses quando Elcilio Brito, sócio da Lopes Rio, propôs comprar a imobiliária Sawala. Brito queria reduzir os royalties para 0,3 ponto percentual, deixando 50% do lucro para cada parte. A Lopes fez contraproposta mantendo 0,5 ponto para faturamento até R$ 1 bilhão e 0,4 ponto para o excedente, mas depois rejeitou a compra da Sawala.
“A gente não queria brigar”, disse João Pedro Bielinski, outro sócio da Lopes Rio. “Mas quando fomos assinar o contrato, eles falaram que não queriam a compra da Sawala porque já tinham outra operação no Rio, a Patrimóvel.”
Para rescindir antecipadamente, a franqueada pagará multa de cerca de R$ 300 mil. Com mais de 2.200 corretores, a Lopes Rio planeja seguir operando com outra marca no Rio de Janeiro.
“Eu sempre vesti a camisa dessa empresa”, disse Brito. “Mas chega uma hora… você tem que admirar seu franqueador, seu sócio, e eu perdi o brilho no olho por esse negócio”, complementou.
Fonte: Metro Quadrado
Nova faixa do MCMV oferece economia de até R$ 163 mil em financiamento para classe média
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) mostra que a nova faixa do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) pode gerar economia de até R$ 163 mil comparado ao mercado tradicional de financiamento imobiliário.
O programa atende famílias com renda mensal de até R$ 12 mil e financia imóveis de até R$ 500 mil em todo o Brasil. A taxa de juros é de 10% ao ano, com prazo máximo de 420 meses (35 anos).
De acordo com um levantamento feito pelo planejador financeiro Marcelo Milech, a pedido do Infomoney para a Planejar, o diferencial da faixa do MCMV para a classe média está no custo total do financiamento: enquanto um imóvel de mercado no valor de R$ 300 mil, financiado em 30 anos, custa R$ 1,1 milhão (com taxa de 12%), na faixa 4, que tem taxa de 10%, o valor cai para R$ 948 mil.
“Essa diferença representa uma economia de R$ 163 mil em juros ao longo do contrato”, explica Milech. As parcelas mensais também ficam menores: R$ 2.632 no programa contra R$ 3.086 no mercado tradicional.
No entanto, para estar no programa é preciso que o financiamento imobiliário seja o primeiro do comprador, ou seja, ele não pode ter outro imóvel ou financiamento ativo. Além disso, é preciso ser aprovado na análise de crédito. O programa não tem inscrição nem processo seletivo.
Já a cota máxima de financiamento pelo programa para compra de imóveis usados é de 60% do valor do bem nas regiões Sul e Sudeste. Para as demais regiões do País, e na aquisição de imóveis novos, aplica-se a cota máxima estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 80% do imóvel para o sistema PRICE e 90% para o Sistema de Amortização Constante (SAC).
Fonte: InfoMoney
Tarifas de Trump podem pressionar mercado imobiliário brasileiro
Embora o Brasil não seja tão dependente dos Estados Unidos (EUA) economicamente, o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump, trará impacto para vários setores do país, principalmente o agronegócio e a indústria do aço, incluindo o mercado imobiliário.
O primeiro reflexo é a insegurança econômica, aponta a advogada Renata Firpo em sua coluna Real Estate na revista Veja. O anúncio ocorre quando o Brasil já enfrenta ambiente interno delicado: inflação em alta, juros pressionados e mercado cambial que reage mal a ruídos políticos e institucionais.
O mercado imobiliário, que se apoiava no crescimento da renda e expectativa de queda nos juros, agora precisa lidar com novo cenário: menos previsibilidade, menos apetite por risco e mais dificuldade de acesso ao crédito.
Segundo Firpo, se o dólar disparar, haverá pressão adicional sobre preços e risco de perda de controle inflacionário. Isso pode forçar manutenção ou elevação da taxa Selic, que tinha expectativa de queda.
Juros altos impactam diretamente o crédito imobiliário, tornando o financiamento mais caro e afastando potenciais compradores do mercado habitacional brasileiro.
Ainda de acordo com a colunista, no lado internacional, essa alta cambial e insegurança praticamente fecha a porta para brasileiros que planejavam comprar imóveis nos Estados Unidos. Agora, esse capital tende a ficar represado ou buscar outros destinos, como Portugal, Emirados Árabes e até países da América do Sul.
Fonte: Veja
BH tem primeira queda em aluguel após 30 meses, mas acumula alta de 13 por cento em 1 ano
A capital mineira Belo Horizonte registrou em junho a primeira queda no preço do aluguel residencial após 30 meses consecutivos de alta. O recuo foi de 0,91% em relação a maio, com metro quadrado a R$ 41,29. Apesar da redução pontual, o aumento acumulado em 12 meses chegou a 13,41%, mostra pesquisa do QuintoAndar Imovelweb.
A última variação mensal negativa havia sido registrada em novembro de 2022. O recuo foi influenciado principalmente pela queda no valor dos imóveis de um dormitório (2,82%).
O primeiro semestre de 2025 terminou com alta acumulada de 7,64% no preço do aluguel, a menor desde 2021. Em 2022 e 2023, a alta foi de 12,77% e 17,56% para o mesmo período.
“Este semestre teve uma dinâmica única. Ele representa o fim do mais longo ciclo de valorização já medido em Belo Horizonte”, disse Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar.
Apesar da queda, o poder de negociação dos inquilinos segue limitado. O desconto médio obtido nas transações foi de apenas 2% em junho, segundo menor percentual da série histórica. O bairro Luxemburgo se tornou o mais caro da capital, com metro quadrado a R$ 68,70, registrando alta de quase 60% apenas em 2025.
Fonte: Hoje em Dia