Aumento de pets em apartamentos provoca mudanças em condomínios. Mercado de capitais impulsiona crédito imobiliário 30 anos após a criação do Plano Real. Valor médio dos imóveis usados em Curitiba atinge R$ 429 mil.
Aumento de pets em apartamentos provoca mudanças em condomínios
A presença de pets em apartamentos gera novas demandas habitacionais e obriga os condomínios a se adaptarem. Segundo levantamento da uCondo, startup de gestão de condomínios, em 2024, a cada 100 apartamentos, 13 têm um animal de estimação.
Além dos gatos e cachorros, que correspondem a 27,5% e 69,4% dos pets nos condomínios, segundo levantamento realizado pela uCondo no ano passado, animais exóticos como porcos, roedores, tartarugas e outros répteis também passaram a coabitar as moradias. Eles fazem parte de 3,1% dos condomínios brasileiros, segundo a pesquisa.
A história da tartaruga Phelps é um exemplo desta tendência. Ela foi adotada recém-nascida por uma família em Cascavel, no Paraná, e há 8 anos mora num apartamento de 126 metros quadrados no centro da cidade.
Nos últimos cinco anos, o número de residências alugadas e coabitadas por animais foi de 35% para 43% nas principais cidades brasileiras, de acordo com o QuintoAndar. “Aquela ideia de que há mais dificuldade em conseguir alugar um apartamento quando se tem um animal de estimação ficou para trás. Hoje quem perde são os proprietários que, por alguma razão, não permitem a entrada de inquilinos com pets”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar.
O estudo Tendências de Moradia 2024, realizado pelo DataZAP, indica que o Espaço Pet é fundamental para 31% do público, sendo o quarto item que mais gera interesse no potencial comprador de imóvel no país. “À medida que mais pessoas enxergam seus animais de estimação como membros da família, a demanda por espaços que os acomodem confortavelmente está em ascensão”, analisa Heitor Kuser, CEO do CIMI360 (Congresso Internacional do Mercado Imobiliário).
Segundo Kuser, corretores de imóveis que reconhecem e promovem essa tendência podem atrair um segmento crescente de compradores e locatários “que consideram a qualidade de vida de seus animais de estimação como uma prioridade”.
No entanto, a convivência nem sempre é harmoniosa. Em 2023, a uCondo registrou mais de mil reclamações relacionadas aos pets, envolvendo barulho, sujeira e circulação em áreas comuns. “É importante criar regras referentes aos animais domésticos para que todos os moradores estejam ‘na mesma página’ para cumpri-las”, adverte Marcus Nobre, CEO da da empresa
Fonte: Estadão
Mercado de capitais impulsiona crédito imobiliário 30 anos após a criação do Plano Real
Passados 30 anos da criação do Plano Real, o setor imobiliário brasileiro caminha para a maturidade e se afasta da dependência da poupança, subsídios e crédito direcionado, sendo impulsionado pelo mercado de capitais. A avaliação é de Ricardo Vieira, diretor e gestor dos fundos de securities da VBI Real Estate, em artigo para o Valor Econômico.
Segundo Vieira, as condições criadas ao longo dessas décadas permitiram que investidores institucionais e individuais, ocupassem esse espaço, em busca de alternativas de longo prazo e maior retorno ajustado ao risco, especialmente por meio de fundos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Esse movimento gera um ciclo virtuoso: projetos imobiliários ganham fôlego com novas fontes de financiamento, enquanto investidores têm acesso a produtos mais sofisticados, em um mercado mais flexível e eficiente.
Antes do Plano Real, o crédito imobiliário era dividido entre programas governamentais para moradias populares e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para os demais imóveis. A caderneta de poupança era a principal fonte de funding, em um cenário de mercado de capitais incipiente. Com as reformas iniciadas em 1994, esse panorama começou a mudar. A inflação recuou, os instrumentos institucionais foram aperfeiçoados, a educação financeira dos brasileiros melhorou e o mercado de capitais finalmente se desenvolveu.
Vieira afirma que a perda de atratividade da poupança levou à busca por novas fontes de financiamento imobiliário, movimentando cerca de R$ 48 bilhões em novas emissões em 2023, enquanto a poupança registrou resgate líquido de R$ 87 bilhões.
Atualmente, explica Vieira, o mercado de capitais, por meio de produtos como CRIs, FIIs e LCIs, é responsável pela maior fatia do crédito imobiliário em circulação, com 38% de participação, superando a poupança (36%) e o FGTS (26%).
Para Vieria, o declínio da caderneta de poupança não é uma ameaça ao setor imobiliário. Pelo contrário, evidencia o amadurecimento da economia brasileira e da indústria, que passa a ter no mercado de capitais sua principal fonte de financiamento, alinhando-se às práticas das economias desenvolvidas há quase um século. “É importante notar que, apesar da diminuição de sua relevância, a caderneta de poupança ainda mantém um estoque considerável, próximo a R$ 1 trilhão”, reforça.
Fonte: Valor Econômico
Valor médio de imóveis usados em Curitiba atinge R$ 429 mil
O preço médio dos imóveis usados comercializados em Curitiba entre junho e agosto de 2024 alcançou R$ 429.047, um aumento de 12,1% em relação ao mesmo período de 2023, segundo levantamento do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), ligado ao Sindicato da Habitação e Condomínio do Paraná (Secovi-PR).
“O mercado de venda de usados tem sofrido impacto da lei da oferta e procura, o que tem influenciado para que os valores pelos quais as unidades são comercializadas operem em um patamar elevado”, explica Josue Pedro de Souza, vice-presidente de lançamentos e comercialização imobiliária do Secovi-PR
O financiamento continua sendo a principal forma de aquisição, respondendo por 69,2% das negociações. A disponibilidade e facilidades para obtenção de crédito são os principais fatores que impulsionam essa opção.
Quanto à localização, o Centro lidera as preferências com 9,2% das negociações, seguido por Água Verde e Portão (5,6% cada), Boa Vista (4,8%), Bigorrilho e Uberaba (4,4% cada), Boqueirão (3,6%) e CIC (3,2%).
Fonte: Bem Paraná
Onde estão os apartamentos mais caros de São Paulo?
Os apartamentos mais caros de São Paulo estão localizados em bairros nobres com serviços premium e arquitetura sofisticada, segundo levantamento da agência imobiliária de alto padrão Mbras, que identificou as unidades novas à venda com os preços mais altos da capital paulista. Os imóveis se destacam pela localização estratégica, proximidade com serviços exclusivos, escolas renomadas, clubes sociais e parques, além de design assinado.
A cobertura mais valiosa está no edifício Arbórea Itaim, na Avenida Cidade Jardim, avaliada em R$ 140 milhões. Com 1,4 mil metros quadrados e cinco suítes, o imóvel foi entregue pela Benx Incorporadora. As unidades-tipo no mesmo prédio, com 472 metros e quatro suítes, estão disponíveis por R$ 25 milhões.
“É um projeto icônico com interiores assinados pelo estúdio do arquiteto italiano Piero Lissoni. É o primeiro trabalho dele no Brasil”, destaca Lucas Melo, fundador da Mbras.
O mapa também inclui os edifícios Chateau Lafite e Margaux, na Vila Nova Conceição, com metro quadrado acima de R$ 80 mil, e os residenciais do Complexo Cidade Jardim, na Zona Sul, onde o metro quadrado já teria ultrapassado R$ 100 mil.
Outros destaques são o Edifício Ibaté em Moema, projeto de Arthur Casas, com apartamentos de 479 m² e quatro suítes, e o Bueno Brandão 257, da Tegra Incorporadora, na Vila Nova Conceição, oferecendo 500 m² e cinco suítes por R$ 28,3 milhões.
De acordo com a Bossa Nova Sotheby’s International Realty, as vendas no alto padrão cresceram 40% no primeiro semestre de 2024, com um aumento de 56% nas transações de propriedades acima de R$ 15 milhões em relação a 2023. São Paulo, com valorização de 4,7%, supera cidades como Roma e Paris, mas ainda tem potencial de crescimento.
Fonte: Valor Econômico