Vendas de imóveis novos atingem recorde em 2024, maior patamar em 10 anos. Em SP, Tremembé, Itaquera, Campos Elíseos e Liberdade lideram valorização imobiliária no último ano. Cury supera expectativas em 2024 e planeja acelerar lançamentos em 2025.
Vendas de imóveis novos atingem recorde em 2024, maior patamar em 10 anos
O mercado imobiliário brasileiro registrou crescimento pelo segundo ano consecutivo em 2024, atingindo o maior patamar da série histórica, iniciada em 2014. As vendas de novos imóveis cresceram 11,8% em relação a 2023, com 186.540 unidades, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc ). O programa Minha Casa, Minha Vida foi o principal responsável por esse desempenho, respondendo por 73,3% de todas as unidades comercializadas.
As vendas do Minha Casa, Minha Vida totalizaram 136.741 unidades, um crescimento de 13,1% em comparação com 2023. Já o segmento de médio e alto padrão apresentou estabilidade, com 43.235 contratos firmados.
Os lançamentos também registraram alta expressiva, segundo o levantamento da Abrainc, com 150 mil novas unidades anunciadas. Isso representa um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Do total, 122 mil unidades foram destinadas ao Minha Casa, Minha Vida, um crescimento de 25%.
Segundo Luiz França, presidente da Abrainc, as mudanças sociais contribuíram para o desempenho positivo do setor. “As pessoas com idade entre 35 e 40 anos impulsionam o setor, porque estão se casando mais tarde”, afirmou.
A valorização dos aluguéis também foi apontada no levantamento como fator determinante para a compra de imóveis. Desde 2020, o valor dos aluguéis saltou 63,6%, enquanto a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 33,5% no período.
A Abrainc ressalta ainda a queda na duração da oferta de imóveis. No segmento de médio e alto padrões, o período médio para acabar o estoque chegou a 13 meses em dezembro de 2024, contra 18,4 meses em 2023. No Minha Casa, Minha Vida, esse período caiu para 9,8 meses no final de 2024, em comparação com 11,5 meses no ano anterior.
Fontes: UOL e Folha de S.Paulo
Em SP, Tremembé, Campos Elíseos, Itaquera e Liberdade lideram valorização imobiliária em janeiro
A valorização imobiliária em São Paulo atingiu diferentes bairros em 2025. Segundo levantamento realizado pela Loft, Tremembé, Campos Elíseos, Itaquera e Liberdade foram os bairros em que os imóveis mais se valorizaram em janeiro deste ano, com aumento de ao menos 30% nos preços em relação ao mesmo período do ano anterior. O estudo se baseou em 4,1 mil registros de venda obtidos através do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis).
Na zona Norte da capital paulista, o bairro Tremembé liderou o ranking com crescimento de 39,3%, elevando o tíquete médio de venda de R$ 408,3 mil para R$ 568,8 mil em um ano. Campos Elíseos, no Centro, ocupou a segunda posição, com um aumento de 31,9%, atingindo um tíquete médio de R$ 380,9 mil.
“Essas regiões têm boa infraestrutura e possuem tíquete médio abaixo da média da cidade, o que torna atrativo para o mercado”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. O preço médio dos imóveis vendidos na cidade em janeiro foi de R$ 770 mil.
Itaquera, na zona Leste, ocupou a terceira posição no ranking, com um aumento de 31,8%, enquanto a Liberdade registrou uma valorização de 29,5%. Outros bairros que se destacaram incluem Tatuapé, Vila Formosa e Brás, todos com aumentos superiores a 28%.
O estudo também destacou os bairros com os maiores tíquetes médios de venda em São Paullo. O Itaim Bibi lidera com R$ 3,6 milhões em janeiro de 2025, seguido pelo Jardim América (R$ 2,4 milhões) e Morumbi (R$ 1,59 milhão). Vale ressaltar que o Itaim Bibi apresentou uma valorização de 27,2% no período analisado.
Fonte: Isto é Dinheiro
Cury supera expectativas em 2024 e planeja acelerar lançamentos em 2025
A construtora Cury, focada no público de baixa renda, apresentou resultados acima das expectativas em 2024, impulsionada pelo crescimento do setor. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 698,8 milhões no ano, sendo R$ 188,9 milhões no 4ª trimestre, superando as projeções dos analistas consultados pela Bloomberg, e agora quer acelerar os lançamentos.
Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da Cury, atribuiu o desempenho positivo a dois fatores principais: o reajuste na faixa de renda do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e a aprovação dos planos diretores de São Paulo e Rio de Janeiro. Essas mudanças permitiram a oferta de unidades habitacionais de interesse social em regiões mais centrais, aumentando a atratividade dos imóveis.
“Antes, um empreendimento da Cury ficava a 30 ou 40 quilômetros de distância do centro. Hoje, todos estão em um raio de 20 quilômetros das áreas centrais. É uma diferença surreal”, afirmou Mesquita.
Para 2025, a Cury planeja lançar empreendimentos em maior velocidade, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador. A empresa já lançou 14 projetos neste ano, totalizando R$ 2,8 bilhões em valor geral de vendas (VGV). Em 2024, foram 34 lançamentos, com R$ 6,6 bilhões em VGV. O Itaú BBA estima que o indicador deve alcançar R$ 8 bilhões em 2025.
O banco de terrenos da construtora atingiu um valor recorde de R$ 20,1 bilhões em 2024, garantindo um pipeline robusto para os próximos ciclos. Quanto à inflação do setor construtivo, Mesquita afirmou que o indicador está dentro do esperado pela companhia, apesar do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) ter atingido 7,18% no acumulado de 12 meses em fevereiro.
No mercado acionário, os papeis da Cury são favoritos de analistas do Itaú BBA e do BTG Pactual para o setor de construção de baixa renda. Entre os analistas que cobrem a empresa, 12 recomendam a compra da ação, que acumula alta de cerca de 10% em 12 meses.
Fonte: Bloomberg Línea
Em Belo Horizonte, preço do aluguel é o maior desde 2019
O mercado imobiliário de Belo Horizonte registrou um salto nos preços de aluguel, com o valor médio do metro quadrado atingindo um recorde desde 2019, superando R$ 40. Segundo pesquisa realizada pela Quinto Andar e Imóvel Web, dos 33 bairros analisados, a maioria apresentou aumento no valor do metro quadrado nos últimos 12 meses, com apenas três bairros registrando queda: Coração de Jesus, Serra e Cruzeiro.
Segundo Tiago Reis, gerente de dados do grupo Quinto Andar, a alta acumulada em 12 meses chegou a 16,87%. Ele atribui esse cenário a fatores sazonais e econômicos. “É um período em que a demanda já é tradicionalmente maior, seja por conta de contratos que estão se encerrando, seja por decisões pessoais”, explica.
O bairro Heliópolis, na região Norte, apresentou a maior valorização no último ano. Segundo Tiago Reis, a expectativa de queda gradual na taxa de juros ao longo de 2024 não se concretizou, levando ao aumento da taxa Selic e impactando as taxas de financiamento dos bancos no início de 2025. Isso resultou no adiamento da compra de imóveis por muitas pessoas, aumentando a demanda no mercado de aluguel.
O levantamento também mostrou que os descontos médios nas negociações atingiram o menor patamar da série histórica, reforçando a importância de uma boa pesquisa e preparação por parte dos locatários em potencial.
Fonte: Rádio Itatiaia