Minha Casa, Minha Vida recebe R$ 22 bilhões de suplementação. Alta renda impulsiona mercado imobiliário de luxo que bate recorde em 5 anos. Em São Paulo, preço do aluguel cresce por 36 meses consecutivos acima da inflação.
- Minha Casa, Minha Vida recebe R$ 22 bilhões de suplementação, mas enfrenta disparidades regionais
- Alta renda impulsiona mercado imobiliário de luxo que bate recorde em cinco anos
- Preço do aluguel em São Paulo cresce por 36 meses consecutivos acima da inflação
- Preço de imóveis em Maceió registra primeira queda em dois anos
Minha Casa, Minha Vida recebe R$ 22 bilhões de suplementação, mas enfrenta disparidades regionais
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou uma suplementação de R$ 22 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida, elevando o orçamento total para habitação a R$ 127,6 bilhões em 2024. A decisão, tomada em reunião extraordinária, procurou atender o crescimento dos lançamentos imobiliários e garantir acesso ao crédito para novas construções.
“Esses recursos vão permitir que a gente continue contratando as unidades habitacionais financiadas do Minha Casa, Minha Vida a todo vapor”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho. Além do aumento no orçamento, o Ministério das Cidades reajustou as faixas de renda: de R$ 2.640 para R$ 2.850 para a faixa inicial, e até R$ 4.700 para a faixa 2. A terceira e última faixa do programa, para renda de R$ 8 mil, não foi alterada.
A mudança nas faixas foi bem recebida por empresários que investem no segmento de baixa renda, como a Direcional. Segundo o presidente da empresa, Ricardo Gontijo, faz uma família que ganha R$ 2.700, logo acima do novo corte, tenha um ganho de R$ 8.700 na sua capacidade de compra e possa “adquirir um imóvel até 6% mais caro do que antes”, explicou. Na faixa 2, o incremento para uma família com renda de R$ 4.500 é ainda maior, de 13%, ou R$ 22.500.
Apesar do novo impulso, a distribuição das unidades habitacionais apresenta disparidades regionais. Quase metade das residências contratadas está no Sudeste, com São Paulo liderando com 270 mil unidades. Estados com alto déficit habitacional, como Maranhão e Pará, estão entre os menos beneficiados (ocupando o 16º e o 19º lugar em unidades do programa).
O Rio de Janeiro, terceiro maior déficit (544 mil), é o sexto em unidades do programa (39 mil). Já o Paraná, terceiro em unidades do programa, é o sexto em déficit. Segundo André Baia, do Fórum Norte Nordeste da Indústria da Construção Civil, “a renda média mais baixa e o custo elevado de material de construção no Norte e Nordeste dificultam a concessão de crédito”.
O desempenho do MCMV no terceiro mandato de Lula ainda está distante do auge durante o governo Dilma Rousseff. Em 2023, foram contratadas 491 mil unidades, e outras 335 mil foram adicionadas em 2024.
Dificuldades orçamentárias podem comprometer a continuidade do programa, com possível suspensão da seleção de 30 mil novas moradias devido ao congelamento de despesas no orçamento de 2024.
Fontes: Terra, Valor e Folha de S.Paulo
Alta renda impulsiona mercado imobiliário de luxo que bate recorde em cinco anos
A demanda por imóveis de alta renda no Brasil bateu recorde nos últimos cinco anos, com mais de 50% dos consumidores que ganham acima de R$ 15 mil mensais planejando adquirir imóveis nos próximos dois anos, segundo a consultoria Brain.
Este público prefere apartamentos (42%) e casas em condomínios fechados (26%), destacando a busca por moradias novas com diversas comodidades. “O empreendimento de alto padrão, por definição, não é facilmente replicável”, afirmou Cyro Naufel, diretor do Grupo Lopes.
Os preços de imóveis de luxo variam de acordo com a região: 16 cidades brasileiras tinham preços médios de lançamentos de imóveis acima do patamar de R$ 1 milhão. O litoral de Santa Catarina acumula municípios no ranking, devido à combinação de poucos terrenos e alta demanda por unidades de luxo. Em Balneário Camboriú, um lançamento chega a até R$ 5 milhões.
Capitais litorâneas como Vitória e Florianópolis ganham destaque, por conta da escassez de terrenos à beira-mar, que eleva os preços, explica Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain.
Em São Paulo, bairros como Moema, Morumbi e Vila Nova Conceição lideram em valorização imobiliária, com um aumento de 40% no número de unidades vendidas no último ano. Para Gustavo Favaron, CEO do GRI Club, serviços e comodidades, como praias artificiais e complexos esportivos, são importantes para atrair o público de alta renda.
Além da demanda por moradia, a compra de imóveis como investimento também está em alta. Um estudo da Loft, em parceria com a Offerwise, revelou que 29% dos brasileiros pretendem adquirir um imóvel nos próximos 12 meses, principalmente como investimento. O grupo mais ativo nessa busca são os millennials de 25 a 34 anos, com nível superior de educação e pertencentes às classes A e B.
Fonte: Estadão
Preço do aluguel em São Paulo cresce por 36 meses consecutivos acima da inflação
O preço do aluguel na capital paulista completou 36 meses de altas ininterruptas em julho. O valor médio do metro quadrado atingiu R$ 63,99, um aumento de 0,57% em comparação com junho e uma alta de 9,32% no último ano, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.
“Diferentemente de outras cidades que vivem um cenário de desaceleração contínua, São Paulo estabilizou a alta em 12 meses num patamar entre 9% e 10%, bem acima da inflação”, destacou Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar, destacando reflexo de um mercado forte e resiliente.
A valorização dos aluguéis se espalhou por todas as regiões da cidade, com imóveis de um e dois dormitórios mantendo preços elevados sem retração em 36 meses. Unidades residenciais com três dormitórios tiveram apenas uma queda pontual, em setembro de 2023. “Na lista dos bairros mais valorizados há localidades de todas as regiões da cidade, o que reforça esse espalhamento da alta dos preços no período”, explica Reis.
Apenas seis bairros monitorados pelo indicador registraram queda nos preços nos últimos 12 meses, com a maior retração na Vila Antonieta, Zona Leste (-6,7%). Neste sentido, quem busca imóveis para locação deve antecipar a procura para economizar- um conselho que os consumidores estão seguindo. Em julho, o desconto médio das transações foi de 3,7%, o maior percentual entre as seis capitais analisadas pelo indicador.
Fonte: Investing
Preço de imóveis em Maceió registra primeira queda em dois anos
Dados do levantamento FipeZap de julho indicam que o preço dos imóveis em Maceió caiu 0,05%. Esta foi a primeira retração desde abril de 2022, quando houve uma queda de 0,09%. Apesar dessa leve redução, a capital alagoana acumula uma alta de 6,25% no ano, sendo a oitava maior alta de preços do estado. Nos últimos dois meses, o valor de venda dos imóveis subiu 12,03%, a quarta maior alta do Brasil.
Os bairros de Pajuçara (R$ 11.752 por metro quadrado), Ponta Verde (R$ 9.746/m²) e Jatiúca (R$ 9.656/m²) lideram a lista dos locais com o metro quadrado mais caro em Maceió. Na sequência, aparecem Jacarecica (R$ 9.257/m²), Cruz das Almas (R$ 8. 616/m²) e Mangabeiras (R$ 7.980/m²).
A pesquisa, que analisou 50 cidades brasileiras, baseou-se na variação do preço médio dos apartamentos anunciados na internet. No Brasil, os preços de venda dos imóveis residenciais subiram 0,76% em julho, a maior variação mensal do índice desde janeiro de 2024, quando houve uma aceleração de 0,77%.
Fonte: Gazeta de Alagoas