Inadimplência de aluguel atinge menor índice do ano no Brasil. Banco Central testa operações com imóveis na nova fase do Drex. Preço do aluguel em Curitiba recua após altas em mais de um ano.
Apartamento studio vira foco de investidor no mercado imobiliário
O mercado de apartamentos compactos, chamados “studios”, vive um momento de expansão nas metrópoles brasileiras, como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, onde a proliferação de empreendimentos voltados para esse formato é visível.
Os studios atraem inquilinos, principalmente jovens, e também os investidores, interessados em lucrar com aluguel ou revenda.
Segundo levantamento do Secovi-SP, o número de unidades desse tipo na capital paulista saltou de 561 em 2016 para 2.393 até julho de 2023, com o valor médio do metro quadrado subindo de R$ 8.094 para R$ 14.144 no mesmo período.
A construtora Vitacon, por exemplo, prevê triplicar suas entregas em 2024, chegando a 3.632 unidades. “Para assegurar o pipeline de novos lançamentos, antecipamos nossa estratégia de crescimento operacional e formamos um banco de terrenos robusto, totalizando aproximadamente R$ 6,5 bilhões em VGV”, afirma Ellen Schaphauser, líder de investimento da empresa.
O perfil dos moradores é majoritariamente de pessoas entre 20 e 39 anos, que buscam independência e localização estratégica. Serviços como limpeza, academia e lavanderia compartilhada, além de opcionais como personal trainer e minimercado, são atrativos que as construtoras têm incorporado com sucesso para conquistar mais compradores.
Para quem investe, os studios apresentam vantagens como fácil manutenção, menor custo e alta liquidez. Em bairros nobres de São Paulo, o metro quadrado pode chegar a R$ 25.581, bem acima do verificado em unidades maiores. “O preço absoluto de um apartamento compacto tende a ser menor do que o de apartamentos grandes, mesmo o preço do metro quadrado sendo maior”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Por trás deste sucesso estão mudanças sociodemográficas e urbanísticas, aponta Thiago Reis, gerente de dados do Quinto Andar. “As pessoas estão vivendo mais, demorando mais para casar e ter filhos, e morando mais sozinhas. Há também questões de falta de espaço e uso consciente do solo”.
O preço de aquisição, geralmente mais baixo que o de imóveis maiores, acaba sendo o maior atrativo, aponta Flávio Lino, sócio-diretor da construtora Urbic. Isso permite que investidores entrem no mercado com menor capital inicial, maximizando o potencial de retorno.
A alta demanda por locação, especialmente em áreas centrais, e o potencial para short stays contribuem para a escolha dos compactos. “Investir em studios permite diversificar o portfólio imobiliário com unidades menores, o que pode distribuir o risco e aumentar a estabilidade do retorno total”, pontua Lino.
Rafael Aguiar, responsável pela área de Real Estate da One Investimentos, afirma que o ROI dos studios costuma ser mais alto que o de apartamentos maiores, devido à maior proporção do aluguel em relação ao valor do imóvel. Já o sócio fundador e diretor de investimentos da Vectis, Laercio Boaventura, detalha que o retorno pode ser dividido em renda de aluguel e valorização do imóvel.
Contratos de longo prazo geram entre 5% e 6% ao ano sobre o valor do imóvel, enquanto studios para estadias curtas podem render cerca de 8% ao ano, líquido de impostos. Quanto à valorização, Boaventura estima um aumento anual entre 3% e 8%, acompanhando a inflação.
Por outro lado, o perfil mais volátil dos locatários de studios pode levar a uma maior rotatividade nos contratos de aluguel. Além disso, a reforma tributária em discussão no Senado pode impactar negativamente a rentabilidade dos aluguéis, algo para ficar no radar.
Fonte: E-investidor
Com previsão de aperto monetário, gestoras investem em imóveis físicos
Grandes gestoras de fundos imobiliários (FIIs) estão aumentando a exposição a empreendimentos físicos, aproveitando o momento favorável nas negociações, principalmente diante do cenário de alta dos juros – já que a expectativa da Selic chegar a um dígito não se concretizou. SPX, JiveMauá e WHG planejam ampliar – até quadruplicar – a fatia desses investimentos.
Este movimento é facilmente percebido ao analisar o perfil das ofertas de FIIs: R$ 6,3 bilhões são para fundos de ativos reais, contra R$ 5,1 bilhões para papéis de dívida e outros, segundo a CBRE Brasil.
“O juro está muito alto há muito tempo. Agora, o mercado cansou e os ativos precisam transacionar com ajuste de preços”, argumenta Brunno Bagnariolli, da JiveMauá. Pedro Daltro, da SPX, diz que, no momento, “há menos competição, boas oportunidades de preço e pouco dinheiro disponível por causa dos juros”.
A WHG, com a XP como sócia minoritária, prefere diversificar, aumentando a fatia de papéis corrigidos pelo CDI e construindo posições em ativos reais, mirando 10% do patrimônio nos próximos 12 meses.
O setor de logística tem sido um dos maiores focos de investimentos. A SPX lança um fundo de R$ 400 milhões para galpões logísticos, enquanto a JiveMauá prepara um fundo concentrado no setor. A inVista Real Estate aposta em galpões, com oferta recente de R$ 350 milhões.
Fonte: Valor Investe
Retorno ao trabalho presencial impacta setor imobiliário
O retorno ao trabalho presencial impacta significativamente o mercado imobiliário, provocando mudanças nas preferências dos compradores, principalmente em relação à busca por praticidade, proximidade ao trabalho e a serviços essenciais como farmácias, mercados e padarias.
A pesquisa Tendências de Moradia da DataZap aponta que, em 2024, quase 70% dos entrevistados que compraram ou pretendem comprar imóveis já trabalham presencialmente ou em regime híbrido. O trabalho presencial aumentou de 52% em 2023 para 69% em 2024, com 18% em formato híbrido e 12% em home office total.
Para 80% dos compradores, a procura por um novo imóvel é feita na própria cidade onde moram. Entre os que podem trabalhar em casa, 59% desejam um espaço específico para escritório.
Ainda de acordo com o levantamento, 70% dos entrevistados têm um orçamento de até R$ 499.999 para a compra de imóveis, e 29% consideram adquirir pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso, 66% acreditam que as taxas de juros têm alta influência no setor.
Quanto ao tipo de imóveis desejado, 65% buscam usados, 13% novos e 21% estão abertos a ambas as opções. A pesquisa considerou 718 entrevistas de pessoas no mercado imobiliário e foi apresentada durante o evento Conecta Imobi 2024 em São Paulo.
Fonte: Extra
Qual é o imóvel ideal para o brasileiro? Churrasqueira e home office não podem faltar
O imóvel ideal para os brasileiros é um apartamento de 61 a 90 metro quadrados, com dois ou três quartos, churrasqueira e espaço para home office, custando até R$ 500 mil, segundo a pesquisa Tendências de Moradia do DataZAP.
A localização próxima a serviços essenciais é prioridade para 80% dos entrevistados: 78% priorizam a proximidade de supermercados, 64% de padarias e 57% de farmácias. Apartamentos padrão são preferidos por 39% dos respondentes, seguidos por casas de rua (35%).
Quanto às características, além do home office, os compradores valorizam quarto de hóspedes, sala de estar e varanda. Entre os itens de lazer, a churrasqueira lidera com 43% de interesse, seguida por academia (31%) e piscina externa (30%). Espaços não convencionais como mini mercado, mensageria e área pet também são valorizados.
“Estamos vendo uma transição do morar. As pessoas não querem mais apenas um lugar para dormir. Elas buscam o bem-estar dentro de casa”, argumenta Gabriela Domingos, especialista do Grupo OLX.
Fonte: Estadão