Mapa revela as ruas mais valorizadas de São Paulo em 2024. Preço de aluguel desacelera em 2024 após altas expressivas, aponta Índice de Aluguel QuintoAndar. Revitalização do Porto se espalha por outras áreas centrais do Rio de Janeiro (RJ).
Mapa revela as ruas mais valorizadas de São Paulo em 2024
O mercado imobiliário de São Paulo passou por uma onda de valorização em 2024, com destaque para três bairros: Vila Nova Conceição, Vila Olímpia e Tatuapé. Segundo levantamento da Loft, baseado em dados do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), da Prefeitura, a rua Domingos Fernandes, na Vila Nova Conceição, liderou com 220% de aumento, atingindo o ticket médio de R$ 6,3 milhões.
A rua Helion Póvoa, na Vila Olímpia, ocupou o segundo lugar, com 187% de valorização, chegando a R$ 2,7 milhões. O Tatuapé surpreendeu com a rua Cel. Gustavo Santiago apresentando aumento de 171% e preço médio de R$ 2,6 milhões.
Apesar dessa valorização, o ranking dos maiores preços de compra e venda é liderado pelo Jardim Europa, com média de R$ 8,7 milhões, seguido pela Vila Nova Conceição (R$ 3,9 milhões) e Jardim Paulistano (R$ 3,7 milhões). A rua Seridó, no Jardim Europa, registrou o maior preço médio: R$ 30,8 milhões.
“A atividade de compra e venda de imóveis nos bairros mais valorizados sempre tende a ser maior do que a média da cidade. Esse é um público que está sempre transacionando propriedades e está menos suscetível a outros fatores externos à transação, como o financiamento imobiliário”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção do FGV IBRE (Fundação Getulio Vargas – Instituto Brasileiro de Economia), ressalta a importância da localização e do entorno. “Em um estúdio, a proximidade a uma estação do metrô ou de uma área bem provida de transporte faz diferença. Do mesmo modo, estar próximo a áreas de lazer também faz muita diferença. Já nos imóveis com perfil de família, a proximidade de escolas tende a valorizá-los”, avalia.
Para 2025, especialistas preveem um cenário mais desafiador devido ao aumento nas taxas de juros, especialmente para o público que depende de financiamento. O mercado de luxo, no entanto, continua sendo uma questão de oportunidade e lançamentos exclusivos.
Fonte: Estadão
Preço de aluguel desacelera em 2024 após altas expressivas, revela estudo
O preço da locação residencial desacelerou em 2024, em relação ao anterior. Diferentemente de 2023, quando Belo Horizonte e Curitiba registraram altas acima de 20% nos preços do aluguel, nenhuma das seis capitais analisadas pelo Índice de Aluguel QuintoAndar teve variação superior a 15% no acumulado do ano passado.
“Após a queda nos preços na pandemia, houve uma aceleração muito grande em 2023, o que fez com que tivéssemos um arrefecimento em 2024”, explica o gerente de dados do grupo, Thiago Reis.
Apesar da desaceleração, cinco das seis capitais analisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre) encerraram 2024 com o maior valor nominal de aluguel por metro quadrado desde 2019, início da série histórica. Brasília foi a única exceção.
A maior desaceleração ocorreu em Belo Horizonte (de 22,88% para 13,71%), seguida pelo Rio de Janeiro (17,87% para 10,16%) e Curitiba (21,03% para 15,34%). Por outro lado, houve aceleração em Brasília, Porto Alegre e São Paulo.
O estudo também apontou uma valorização dos imóveis menores, de um quarto, devido ao aumento na demanda. “As pessoas voltaram a procurar imóveis perto dos grandes centros e polos de emprego, com acesso facilitado ao transporte público, o que fez a demanda por apartamentos mais acessíveis crescer”, afirma Reis.
Para 2025, espera-se que a demanda por aluguel acelere devido ao cenário macroeconômico mais desafiador e às mudanças nas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF).
“Talvez nós vejamos uma reversão dessa tendência de desaceleração. Precisaremos acompanhar durante o ano como o mercado se comporta, mas é bem possível que os preços do aluguel continuem elevados e sob uma certa pressão, dado esse contexto macroeconômico”, conclui o economista.
Fonte: Estadão
Revitalização do Porto se espalha por outras áreas centrais do Rio de Janeiro
Desde 2009, a revitalização do centro do Rio de Janeiro, particularmente a Região Portuária, tem sido perseguida como meta, com obras ruidosas – como a implosão do Elevado da Perimetral – e outras menos, com retrofits e construção de novos empreendimentos imobiliários. Com a chegada dos moradores que repovoam a região, esse movimento de “novos ares” vem se expandindo para um “Centro ampliado” que inclui bairros como Saúde, Gamboa e Santo Cristo.
Projetos como o da reforma da histórica Estação Leopoldina, a renovação do Edifício A Noite, somado ao novo campus do Instituto Nacional do Câncer, por exemplo, funcionam como impulsionadores desta transformação, que também segue para bairros como Cidade Nova, Catumbi, Estácio, Lapa e até partes da Praça da Bandeira e de São Cristóvão.
O secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Osmar Lima, vê 2025 como um ano crucial. “Será um ano para realizar estudos robustos que transformarão áreas significativas”, diz ele. A Estação Leopoldina, que completa cem anos em 2026, receberá investimentos de R$ 80 milhões.
A ocupação continua sendo a chave para a revitalização. No programa Reviver Centro, mais de quatro mil unidades habitacionais foram licenciadas, e a população local cresceu para quase 30 mil. A Construtora Cury, por exemplo, está por trás de projetos como o Rio Energy e Pateo Nazareth. Incentivos fiscais, como a isenção de imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), são estímulos adicionais.
Ainda neste sentido, o programa Reviver Cultural busca ampliar a oferta cultural na região, com R$ 35 milhões direcionados para abertura de 43 novos espaços. Metade já está em funcionamento, promovendo ainda mais a vida urbana. Outro projeto em voga é o Reviver Rua da Cerveja, que visa revitalizar a Rua da Carioca como polo de cervejas artesanais, atraindo investimentos significativos.
O arquiteto Washington Fajardo afirma que “o Rio está na vanguarda da reabilitação urbana no Brasil”. Com projetos contínuos e novas iniciativas para 2025, a região central deve se consolidar como espaço de moradia, trabalho e lazer, ressignificando o ambiente urbano carioca para o futuro.
Fonte: O Globo
Caixa Econômica Federal realiza leilão de 572 imóveis em 21 estados
A Caixa Econômica Federal (CEF) realiza nesta segunda-feira (13) um imenso leilão de 572 imóveis em 21 estados brasileiros. O certame, em segunda praça, oferece propriedades com valores entre R$ 51 mil e R$ 2,4 milhões, incluindo casas, apartamentos, terrenos e galpões. Alguns dos lotes possuem descontos em relação à primeira disputa, realizada no dia 6 deste mês, em parceria com a plataforma Superbid Exchange.
O Rio de Janeiro lidera com 112 lotes disponíveis. O imóvel mais caro é um apartamento de 210 m² em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, com lance inicial de R$ 2,4 milhões. Em Niterói, uma casa de 100,8 m² já recebeu lance superior a R$ 624,6 mil.
São Paulo apresenta ofertas variando de R$ 58,8 mil a R$ 1,3 milhão. Um destaque é um apartamento no Guarujá, próximo à praia das Pitangueiras, com 94 m² e lance inicial de R$ 1,3 milhão. Em Belo Horizonte, uma casa de 113 m² está sendo leiloada por R$ 365,6 mil.
Os participantes podem utilizar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para abater parte do valor do imóvel, além de contar com a opção de financiamento. Mas é importante ficar atento às condições específicas de cada imóvel, já que apenas os imóveis que atendem às regras do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) podem ser financiados.
Fonte: O Globo