Aluguel dispara em janeiro e fica mais de três vezes acima da inflação. Centro do Rio nos holofotes: região ‘ganha’ mais de mil imóveis novos em 2025. Quase metade dos compradores de imóveis em leilões buscam uso final ou moradia
- Aluguel dispara em janeiro e fica mais de três vezes acima da inflação
- Centro do Rio nos holofotes: mais de mil imóveis novos em 2025
- Quase metade dos compradores de imóveis em leilões buscam uso final ou moradia
- Sudeste lidera criação de novos condomínios nos últimos anos, mas RS se destaca na região Sul
Aluguel dispara em janeiro e fica mais de três vezes acima da inflação
Os preços do aluguel residencial subiram 0,96% em janeiro de 2025, segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial, mais que o triplo da inflação oficial do período. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de apenas 0,16% no mesmo mês, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A valorização mensal foi observada em 33 das 36 cidades monitoradas pela pesquisa. Os imóveis de três dormitórios lideraram o movimento, com um aumento de 1,17%, enquanto os de um dormitório tiveram a menor alta, de 0,77%. O preço médio do aluguel no país ficou em R$ 46,94/m².
A cidade de Barueri, bem próxima à capital paulista e que concentra condomínios de casas e apartamentos de luxo, se destacou como a mais cara, a R$ 62,43/m², seguida por São Paulo (SP) e Recife (PE).
Fatores macroeconômicos, especialmente as condições do mercado de trabalho, contribuíram para a variação dos preços. “Boa parte da recomposição do valor real do aluguel já aconteceu e há menos espaço para repasses”, afirma Paula Reis, economista do DataZAP.
No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, o aluguel registrou alta de 13,16%, com avanço em todas as 36 localidades monitoradas.
Para 2025, a projeção é de uma desaceleração menos acentuada nos reajustes, com possibilidade de reversão para alta. “Esse cenário se deve à restrição no mercado de venda, impactado pelo aumento da Selic, além do esgotamento dos recursos da poupança e às perspectivas favoráveis para o mercado de trabalho”, explicou Reis.
Atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano, após aumento de 1 ponto percentual na primeira reunião de 2025 do Comitê de Política Monetária (Copom).
Fonte: CNN Brasil
Centro do Rio nos holofotes: mais de mil imóveis novos em 2025
O Centro do Rio de Janeiro continua atraindo incorporadoras, com três terrenos importantes adquiridos para o desenvolvimento de empreendimentos residenciais pelo programa Reviver Centro, da Prefeitura do Rio. Mais de mil novas unidades serão lançadas ainda em 2025, reforçando a revitalização da região.
O prédio de 12 andares da Companhia Docas do Rio de Janeiro, na Rua do Acre, foi comprado pelo Grupo CTV, e passará por retrofit que transformará o local em um condomínio com comércio e unidades residenciais. Serão cerca de 160 imóveis, entre estúdios e apartamentos de dois quartos, além de lojas.
Os investimentos da empresa não devem ficar apenas no prédio histórico. “Continuamos a prospectar terrenos no Centro por entender que a região está cada vez mais valorizada, especialmente com o Plano Reviver Centro”, afirma Felipe Videira, CEO do Grupo CTV.
A construtora Calper adquiriu dois terrenos na mesma região. Na Rua Pereira Reis, no Santo Cristo, será erguido um empreendimento de 20 andares com cerca de 300 unidades. “O residencial terá estúdios entre 25 e 33 metros quadrados. Estimamos um custo por metro quadrado entre R$ 8 mil e R$ 10 mil”, conta Ricardo Ranauro, CEO da empresa.
O segundo projeto da construtora será na Avenida Presidente Vargas, próximo ao sambódromo, com um prédio de 21 andares e aproximadamente 600 estúdios. Os lançamentos estão previstos para o segundo trimestre e segundo semestre de 2025, respectivamente.
Fonte: O Dia
Quase metade dos compradores de imóveis em leilões buscam uso final ou moradia
Um levantamento realizado pela Zuk, empresa que atua no setor de leilões imobiliários no Brasil, revelou uma mudança significativa no perfil dos compradores em 2024. Quase metade dos participantes (47%) adquiriu imóveis para moradia ou uso final, indicando um crescimento na busca pela casa própria nessa modalidade de negócio.
Dos compradores, 24% buscaram imóveis para uso próprio, enquanto 23% combinaram investimento com moradia. O ticket médio foi de R$ 353 mil, com preferência por leilões de bancos (63%) sobre os judiciais (37%).
O estudo traçou o perfil dos compradores: 78% são homens e 22% mulheres,
93% são pessoas físicas, 54% são casados ou em união estável, 69% têm entre 31 e 50 anos – ou seja, são na maioria das gerações Y e X.
Os compradores revelaram ser empresários, advogados, comerciantes e engenheiros. A pesquisa também levantou os estados com maior concentração deste tipo de comprador: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.
Fonte: Estado de Minas
Sudeste lidera criação de novos condomínios nos últimos anos, mas RS se destaca na região Sul
O estado do Rio Grande do Sul registrou 14.147 novos condomínios entre 2010 e 2023, liderando a Região Sul, que totalizou 37.189 empreendimentos no período. No cenário nacional, a região Sudeste ainda se destaca, com 54.460 condomínios, a maioria localizada em São Paulo, de acordo com o Censo Condominial da uCondo de 2024, baseado em dados da Receita Federal.
Uma pesquisa realizada pela construtora MRV estima que os condomínios residenciais e comerciais no Brasil movimentam cerca de R$ 165 bilhões por ano. Segundo a uCondo, os condomínios do Brasil arrecadam, em média, R$ 20 mil por mês.
No Rio Grande do Sul, um dado relevante é que os custos com consumo representam quase 30% dos custos mensais dos condomínios no Estado, enquanto na média nacional, gastos com água, energia elétrica, gás, telefonia e internet são mais baratos, representando cerca de 20% dos custos.
“Os dados mostram uma questão interessante de se estudar. O consumo pode ter a ver com conscientização, ou os gaúchos podem estar pagando tarifas mais caras”, avalia Marcus Nobre, CEO da uCondo e responsável pelo levantamento.
A pesquisa também revela um aumento da inadimplência no pagamento do condomínio no Brasil. A média de inadimplência, acima de 30 dias, nas taxas condominiais atingiu 13,74% em 2024, um aumento em relação aos anos anteriores (10,34% em 2023 e 9,41% em 2022). No Rio Grande do Sul, o número é ainda maior, chegando a 16,13%.
Fonte: Jornal do Comércio