Mais de 300 mil imóveis foram alagados no RS. Em SP, vendas e lançamentos de imóveis no 1º tri atingem melhor resultado para o período desde 2014. Região portuária do Rio entra no radar das construtoras.
- Cheias no RS tomaram 300 mil imóveis; Porto Alegre tem 84,5 mil residências inundadas
- Em São Paulo, vendas e lançamentos de imóveis no 1º trimestre atingem melhor resultado para o período desde 2014
- Porto do Rio entra no radar das construtoras e região terá 10 mil novas unidades até 2027
- Mercado imobiliário investe em segmentação para atender alto padrão
Cheias no RS tomaram 300 mil imóveis; Porto Alegre tem 84,5 mil residências inundadas
As chuvas históricas no Rio Grande do Sul alagaram ao menos 303 mil residências e 801 estabelecimentos de saúde em 123 cidades, segundo cálculos feitos pelo jornal Folha de S.Paulo com base em dados do IBGE e da Universidade Federal do estado (UFRGS). Além disso, 682 escolas, 1.347 templos religiosos, 2.601 propriedades rurais e mais 48 mil edifícios comerciais e públicos ficaram submersos. Estima-se que cerca de 635,8 mil pessoas moravam nas áreas atingidas diretamente.
A capital Porto Alegre teve 84,5 mil residências inundadas, seguida por Canoas (65,7 mil) e São Leopoldo (38,6 mil). Proporcionalmente, Eldorado do Sul foi a mais afetada, com 71% dos imóveis alagados. Na saúde, somente na capital, 257 edificações foram atingidas, incluindo hospitais, clínicas e laboratórios.
A reconstrução será longa, com previsão de êxodos populacionais em algumas cidades. Urbanistas defendem um planejamento regional coordenado, considerando as bacias hidrográficas. Em Porto Alegre, a prioridade é a manutenção das comportas e o redimensionamento das bombas de escoamento.
Do lado econômico, especialistas apontam a falta de investimentos e o endividamento do estado como agravantes da catástrofe. A solução passaria por propostas como a suspensão da dívida com a União, a criação de um fundo constitucional para riscos climáticos e ações de conscientização sobre a crise climática.
Fonte: Folha de S.Paulo
Em São Paulo, vendas e lançamentos de imóveis no 1º trimestre atingem melhor resultado para o período desde 2014
As vendas e lançamentos de imóveis na cidade de São Paulo dispararam no primeiro trimestre de 2024, registrando o melhor resultado para o período desde 2014. Foram vendidas 22.686 unidades nos primeiros três meses deste ano, uma alta de 40% na comparação com o mesmo período de 2023. Os lançamentos tiveram aumento ainda mais significativo, de 49%, com 15.636 novas unidades.
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) representou 53% das vendas e 59% dos lançamentos no primeiro trimestre. A reformulação do programa, juntamente com a redução da taxa Selic e a queda no desemprego, foram os principais fatores que influenciaram o bom desempenho do setor. A elevação do valor máximo do imóvel da Faixa 3 do MCMV, de R$ 264 mil para R$ 350 mil, ampliou o leque de oferta das incorporadoras e diversificou o público.
O perfil dos imóveis mais vendidos revela a preferência dos consumidores: apartamentos de um e dois dormitórios, em todas as faixas de renda, com destaque para a faixa de preço entre R$ 700 mil e R$ 800 mil. Apesar do bom momento, o diretor técnico da construtora Mbgucci, Milton Bigucci Junior, afirma que as taxas de financiamento bancário ainda não acompanharam o ritmo de redução da Selic e continuam elevadas, além das restrições para concessão de crédito serem muitas.
Fonte: Valor Econômico
Porto do Rio entra no radar das construtoras e região terá 10 mil novas unidades até 2027
Ruas desertas e galpões vazios dão espaço a condomínios residenciais que buscam repovoar a Região Portuária do Rio de Janeiro. O endereço e os bairros do entorno atraíram, nos últimos três anos, pesados investimentos de construtoras focadas em novos empreendimentos residenciais. A expectativa é de mais de dez mil unidades entregues até 2027 em bairros como Saúde, Santo Cristo e Gamboa.
A CTV Construtora lançará em junho o primeiro retrofit do Porto, o Sal, localizado na Pedra do Sal. O empreendimento terá 190 unidades, com valores a partir de R$ 190 mil, voltado para investidores, devido ao tamanho compacto dos apartamentos e ao perfil da região, com potencial para estadias de curta duração.
A Cury Construtora, pioneira nas obras da região, já lançou cerca de sete mil apartamentos em dez empreendimentos, o que deve levar cerca de 21 mil novos moradores à região. A empresa prevê mais três ou quatro lançamentos no Porto até o próximo ano.
Já a construtora Emccamp lançou duas fases do “Porto Carioca”, próximo à Rodoviária Novo Rio, e com a terceira – ainda a ser lançada – deve totalizar 1.472 unidades. O empreendimento é misto, com unidades enquadradas no Minha Casa, Minha Vida e no SBPE (poupança), além da possibilidade de financiamento direto com a construtora.
Fonte: Extra
Mercado imobiliário investe em segmentação para atender alto padrão
Corretoras e incorporadoras de São Paulo estão adotando estratégias de segmentação de portfólio, seleção e treinamento de profissionais qualificados para conquistar o disputado mercado imobiliário de alto padrão na capital.
A LPS – Luxury Properties Selection, nova divisão de propriedades de luxo da Lopes, reúne sete mil casas e apartamentos a partir de R$ 5 milhões. A estratégia incluiu a escolha de 80 corretores e a abertura de uma loja-conceito no Shopping Iguatemi.
A Helbor Empreendimentos S/A está formando sua “tropa de elite” comercial, com 30 profissionais treinados por uma consultoria executiva para aprimorar a abordagem aos clientes de alto padrão.
Agências imobiliárias como a Refúgios Urbanos, Dupllex e Agulha no Celeiro também se especializaram em nichos do mercado de luxo, com curadoria de imóveis baseada em critérios como arquitetura, plantas, localização e qualidade de vida.
A plataforma Pilar, de serviços para corretagem, reúne 370 profissionais autônomos e 117 boutiques imobiliárias em seu ecossistema colaborativo, incentivando o compartilhamento de dados para aumentar o número de transações, que somaram R$ 1 bilhão em 2023.
Fonte: Valor Econômico