Preço do aluguel residencial sobe acima da inflação em novembro. Consórcio de bens de luxo ganha mercado no Brasil. Em SP, moradores de casas na Vila Mariana reclamam da perseguição de construtoras interessadas em terrenos para verticalização.
- Preço do aluguel residencial sobe acima da inflação em novembro
- Consórcio de bens de luxo ganha mercado no Brasil
- Em SP, moradores de casas na Vila Mariana reclamam de perseguição por construtoras
- Com uso de tecnologia e associação a startups, imobiliária de Santa Catarina cresce 80 por cento em 10 anos
Preço do aluguel residencial sobe acima da inflação em novembro
Os preços da locação residencial no Brasil registraram um aumento de 0,93% em novembro, em relação ao mês anterior, revertendo a tendência de desaceleração observada de junho a outubro, mostra o Índice FipeZAP de Locação Residencial. O preço médio nacional do aluguel foi de R$ 47,67 por metro quadrado.
A pesquisa aponta que esse crescimento é quase três vezes superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,39% no mesmo mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda de acordo com o levantamento, 32 das 36 cidades monitoradas apresentaram valorização dos aluguéis, com destaque para imóveis de um dormitório. Em contrapartida, unidades com três dormitórios tiveram o menor aumento. Barueri, em São Paulo, lidera como a cidade mais cara, com R$ 64,22/m², seguida por São Paulo, Florianópolis e Recife.
No acumulado de 2024 até novembro, o aumento do aluguel foi de 12,45%, abrangendo todas as 36 localidades monitoradas, incluindo 22 capitais. Nos últimos 12 meses, a valorização foi de 13,57%.
Paula Reis, economista do DataZAP, explica que “nos últimos três anos, observou-se um movimento sazonal, com taxas mensais de variação mais altas no primeiro semestre em relação ao segundo”. Ela acrescentou que a expectativa é de que a variação de dezembro supere a de novembro devido à sazonalidade.
Fonte: CNN Brasil
Consórcio de bens de luxo ganha mercado no Brasil
Tradicionalmente visto como uma opção para quem não tem capital suficiente, o consórcio de bens, incluindo imóveis, está se destacando como uma estratégia financeira eficiente para aquisições no mercado de luxo. O mecanismo agora é percebido como uma ferramenta de gestão patrimonial, apontam especialistas neste segmento.
Segundo Caio Souza, head de Consórcios da XP, muitos clientes de alta renda preferem o consórcio para evitar a liquidez reduzida ao resgatar aplicações rentáveis. “Resgatar aplicações e comprar à vista, ou fazer um consórcio e ganhar no giro, já que o dinheiro está rendendo? Essa é uma dúvida muito comum entre pessoas que desejam comprar um imóvel para investir”, diz o gestor.
Dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram um aumento de 10% no número de consorciados, atingindo 11,1 milhões em todo o Brasil em outubro de 2024. Isso reflete a demanda crescente por consórcios como alternativa ao financiamento convencional de imóveis, por exemplo.
Neste sentido, números da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) indicam que o mercado de imóveis de luxo continua atraindo investidores, com preços do metro quadrado variando entre R$ 13 mil e R$ 28 mil nas principais cidades brasileiras.
Com a alta da taxa Selic – hoje em 12,25% ao ano -, a estratégia de usar consórcios para alavancagem patrimonial se torna ainda mais relevante. “Com uma consultoria eficiente, o consórcio pode ser uma operação mais econômica do que as vias de crédito convencionais”, afirma Souza.
No mercado, consórcios permitem a aquisição de diversos bens que vão de imóveis urbanos caríssimos e até aviões, sendo recomendado como um excelente meio de planejamento financeiro para o médio e longo prazo.
Fonte: Infomoney
Em SP, moradores de casas na Vila Mariana reclamam de perseguição por construtoras
Após as mudanças no Plano Diretor Estratégico (PDE) aprovadas pela Câmara Municipal de São Paulo no ano passado, moradores da Vila Mariana têm enfrentado um aumento na procura de construtoras interessadas no bairro. Em resposta, vizinhos se uniram e colocaram placas em suas casas com a mensagem “Nossas casas não estão à venda”, numa tentativa de conter o apetite das empresas por terrenos na região.
A alteração no Plano Diretor transformou algumas áreas do bairro que fica na região Sul da cidade em ‘zonas de maior potencial construtivo’. Com isso, histórias de invasão de privacidade e abordagens insistentes tornaram-se frequentes.
A engenheira Ana Amélia Feijó, relatou ter recebido mais de 40 ligações de corretores. Ela descreveu a ação como assédio, com ameaças sobre riscos estruturais causados por obras em terrenos vizinhos, caso a venda não ocorra. “Estão fazendo terrorismo psicológico para nos forçar a vender”, afirmou.
Outro morador, Flávio Carrança, aposentado, destacou a violação de privacidade e vazamento de dados. “Ligaram para nossos filhos no interior”, afirma, sobre a insistência da Madala, empresa contratada pela You, inc. Os moradores afetados pedem mais proteção da Prefeitura de São Paulo, criticando as mudanças no zoneamento que foram aprovadas apesar de pareceres técnicos contrários.
A construtora Magik LZ, citada por moradores, negou práticas antiéticas e declarou respeitar todos os envolvidos. Por meio de nota, a You, inc disse que “desde o fim de outubro não tem mais interesse neste terreno da Vila Mariana”.
A comunidade está criando um “manual contra o assédio”, para orientar proprietários sobre como resistir legalmente às pressões das construtoras e promover formas de resistência pacífica, como o uso de placas.
Fonte: G1
Com uso de tecnologia e associação a startups, imobiliária de Santa Catarina cresce 80 por cento em 10 anos
A Brognoli, tradicional imobiliária de Florianópolis (SC), encontrou formas inovadoras de se manter competitiva frente ao avanço de proptechs. Apostando em tecnologia, diversificou suas receitas e se transformou em fornecedora para outras imobiliárias.
“Nosso objetivo é usar tecnologia para resolver problemas reais do mercado imobiliário e melhorar a experiência do cliente”, diz Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli. Fundada em 1955, a Brognoli iniciou como administradora de imóveis, expandindo para vendas e gestão condominial. Com a chegada de Barbosa em 2016, a empresa intensificou a transformação digital, criando um braço tecnológico e firmando parcerias com a Acate (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia) para acelerar startups.
Em 2023, a Brognoli investiu em 13 startups, implementando um Núcleo de Inteligência Artificial (NIA) que automatizou processos e melhorou o atendimento. Durante a pandemia, uma solução de chatbot desenvolvida pelo NIA permitiu renegociar mais de quatro mil contratos de aluguel, resolvendo 53% dos casos em até 24 horas. Além disso, a Brognoli criou um fundo imobiliário com a Reag Investimentos, visando captar R$ 150 milhões para investir em Florianópolis.
Os frutos do investimento em tecnologia são visíveis: o faturamento da Brognoli saltou de R$ 14 milhões em 2015 para uma previsão de R$ 25 milhões em 2024, um crescimento de quase 80%. Hoje, 20% da receita vem de soluções tecnológicas, enquanto 45% são provenientes de negócios de seguros.
A empresa também inovou ao firmar uma parceria com a Azul Linhas Aéreas, oferecendo pontos no programa Azul Fidelidade para compradores de imóveis de alto padrão, incentivando as vendas e agregando valor ao cliente.
Fonte: Exame