Minha Casa, Minha Vida terá novos tetos de renda; governo deve votar mudanças nesta terça (15). Aluguel de curta duração: quais as cidades mais lucrativas para investir neste segmento? Pesquisa revela que imóveis usados dominam preferências em SP.
Governo prepara novos tetos de renda para Minha Casa, Minha Vida
O conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) deve aprovar na próxima terça-feira (15) a elevação das faixas de renda dos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Segundo cinco fontes consultadas pelo Estadão/Broadcast, a faixa 1 subirá de R$ 2.640 para R$ 2.850; a faixa 2, de R$ 4.400 para R$ 4.700; e a faixa 3, de R$ 8.000 para R$ 8.600.
O último ajuste no programa ocorreu há quase dois anos, apenas nas faixas 1 e 2. A atualização agora pretende recalibrar a distribuição de benefícios, acompanhando o crescimento da renda média da população.
O conselho também deve votar a autorização para que beneficiários possam comprar imóveis de faixas superiores, não ultrapassando o limite de R$ 500 mil. Além disso, o teto de preço dos imóveis nas cidades de 100 mil habitantes será igualado ao das cidades de até 300 mil habitantes.
O programa habitacional do governo federal tem impulsionado o mercado imobiliário no país. Em 2024, os lançamentos do MCMV cresceram 44,2% em relação a 2023, totalizando 187,3 mil unidades, enquanto as vendas aumentaram 43,3%, chegando a 168,7 mil unidades, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A recém-criada faixa 4 do MCMV, que atenderá famílias com renda até R$ 12 mil, começará a operar na primeira quinzena de maio.
Fonte: Estadão
Aluguel de curta duração: quais as cidades mais lucrativas para investir neste segmento?
Segundo levantamento da Referência Capital, as cidades mais rentáveis para hospedagem temporária são: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Balneário Camboriú (SC), Itapema (SC), João Pessoa e São Miguel dos Milagres (AL).
Nesses municípios, as propriedades podem alcançar rentabilidades anuais médias entre 6,5% e 15%. Em casos específicos, principalmente com imóveis compactos e bem localizados em áreas turísticas, é possível atingir entre 20% e 27% ao ano.
“Hoje, o que mais tem trazido rentabilidade são estúdios, apartamentos de um quarto. Neles, você vai atingir a maior rentabilidade. No máximo, em um imóvel de dois quartos. Acima disso, a rentabilidade da operação já cai muito”, explica Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
Segundo Ros, um apartamento de R$ 500 mil, bem localizado e alinhado às preferências dos clientes, pode gerar ao proprietário uma renda líquida mensal entre R$ 4 mil e R$ 6 mil. “Quando você tem essa rentabilidade mais alta, é possível fazer o que se chama de alavancagem patrimonial, que é a locação do imóvel pagar as parcelas do financiamento”, afirma.
Para obter alta rentabilidade, o especialista recomenda imóveis próximos a hospitais, shoppings, universidades, estádios, espaços de eventos e praias. Em São Paulo, “Perto do Allianz Park, é um lugar onde tem uma excelente rentabilidade. Quando teve o show da Taylor Swift no ano passado, a diária de um imóvel de R$ 500 mil chegou a bater R$ 1.200”, conta Ros. Imóveis de um dormitório em fase de lançamento no bairro de Perdizes custam em torno de R$ 18 mil/m², acima da média da cidade, que é de R$ 15 mil/m².
No Rio de Janeiro, carnaval e Ano Novo são as principais sazonalidades que impulsionam os preços, especialmente em imóveis próximos às praias de Copacabana e Leblon. Já em Balneário Camboriú e Itapema, o corretor Bruno Cassola afirma que investidores buscam apartamentos menores, entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões, rentabilizados com diárias de hospedagem.
O professor Valter Caldana, da FAU Mackenzie, alerta para os riscos da popularização excessiva desse modelo, como a elevação dos preços de aluguel tradicional.
“Essa situação leva a um cenário onde investidores corporativos, sem ligação ou envolvimento com o território e a cidade, adquirem esses imóveis. Consequentemente, não se desenvolve um senso de pertencimento”, explica, apontando para o risco de criação de “cidades ocas”, fenômeno já observado em metrópoles internacionais.
Fonte: Estadão
Pesquisa revela que imóveis usados dominam preferências em São Paulo
Imóveis usados correspondem a 85% das buscas em São Paulo, enquanto apenas 7,15% dos clientes demonstram interesse em imóveis novos, segundo pesquisa da startup Compre & Alugue Agora. Por outro lado, profissionais do setor parecem não ver diferença significativa na procura entre novos e usados.
O levantamento, realizado com mais de 200 imobiliárias no interior do estado e na capital paulista, também revela que os consumidores estão priorizando os imóveis populares, que representam 39% da procura. Em seguida aparecem os imóveis de médio padrão (29%), comerciais (25%) e, por último, os de alto padrão, com apenas 2,95% das buscas.
O valor do condomínio é determinante na escolha de um imóvel. Segundo 78% dos profissionais entrevistados, esse custo é um critério muito relevante para os clientes, 14% consideram que pesa apenas em alguns casos, enquanto 7% acreditam que raramente influencia a decisão de compra ou locação.
Quanto aos obstáculos do mercado, 42% dos profissionais apontam o excesso de oferta de imóveis como principal dificuldade para alugar ou vender, enquanto 28% indicam que os preços praticados estão incompatíveis com a realidade do mercado. Outros empecilhos mencionados foram a dificuldade de financiamento (14%) e taxas de juros altas (14%).
Segundo os corretores e imobiliárias, apesar das dificuldades, o financiamento bancário ainda é utilizado na maior parte (75%) das transações, enquanto o pagamento à vista representa 25% os negócios. A pesquisa também revelou um forte aquecimento do setor de aluguel, que corresponde a 85,7% das operações no mercado imobiliário, enquanto a compra de imóveis representa apenas 15,3%.
“O levantamento mostrou que, apesar do mercado aquecido, desafios como excesso de oferta, preços desalinhados e juros elevados estão impactando as negociações. O aluguel segue forte, e a preferência por imóveis populares e usados reforça a busca por opções mais acessíveis”, afirma Fábio Gozzi, fundador do Compre & Alugue Agora.
Fonte: Valor Investe
Brooklin se torna o bairro com aluguel mais caro de São Paulo
O Brooklin, na zona sul da capital paulista, ultrapassou a nobre região da Vila Olímpia e se tornou o bairro com o metro quadrado mais caro para aluguel em São Paulo. O preço médio no Brooklin alcançou R$ 99,65 em março, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. O bairro, próximo à marginal do Pinheiros, com a ponte estaiada, tem apresentado crescimento constante no preço, com alta de 15,3% nos últimos 12 meses.
A ascensão do Brooklin ocorre enquanto os imóveis da Vila Olímpia – até então o bairro mais caro da cidade – mostraram certa estabilidade no último ano. O preço médio para aluguel na região foi de R$ 98,82 em março, apresentando leve queda de 0,5% no último mês.
São Paulo registrou, pelo 44º mês consecutivo, um aumento no preço médio do aluguel. Em março, a alta em relação a fevereiro foi de 1,28%. Nos três primeiros meses do ano, o preço médio na cidade subiu 4,51%. Desde julho de 2021, a capital paulista não registra queda no preço médio do metro quadrado.
Em 12 meses, a alta acumulada é de 9,42%, bem acima da inflação medida pelo IPCA, que atingiu 5,48% no mesmo período. Apenas 23 dos 106 bairros analisados pelo indicador apresentaram queda no valor do metro quadrado no primeiro trimestre deste ano.
Entre os bairros com maior valorização no ano, destacam-se Vila Mascote (14,6%), Jardim Pirituba (13,2%) e Vila Campestre (12,1%). Já os bairros que registraram as maiores quedas no preço do aluguel foram Vila Nova Conceição (-8%), Vila Antonieta (-4,9%) e Itaim Bibi (-4,6%).
O indicador mostra que o mercado imobiliário de aluguel em São Paulo continua aquecido, com a maioria dos bairros apresentando valorização acima da inflação, consolidando uma tendência de alta que já dura quase quatro anos consecutivos.
Fonte: ISTOÉ Dinheiro