Câmara aprova mudanças no ITBI em 2ª fase da Reforma Tributária. Quem é Valentina Caran, corretora que tem mais de 10 mil imóveis em São Paulo, conhecida como ‘rainha da Avenida Paulista’. Saiba quais são as ruas com os imóveis mais vendidos em SP e Rio.
Com mudanças em imóveis, Câmara aprova 2º texto da Reforma Tributária
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (13), o texto-base do segundo projeto de lei complementar da Reforma Tributária, para atender ao setor imobiliário. A proposta altera o ITBI, tributo sobre imóveis, e autoriza a taxação de planos de previdência pelo ITCMD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos). Foram 303 votos a favor e 142 contra, superando os 257 necessários. Destaques serão analisados nesta quarta-feira (14).
O relator, deputado Mauro Benevides (PDT-CE), ajustou o projeto para permitir que o ITBI seja pago no momento da assinatura de contratos de compra e venda, ao invés de ser obrigatório na transferência formal. “Mantivemos a questão do pagamento no registro de imóvel, mas abrimos a possibilidade de alíquota menor”, explicou Benevides.
Um representante da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) afirmou que a mudança atende parcialmente às demandas, mas ainda há preocupações –ele atuou nos bastidores junto aos deputados. Segundo a entidade, empresários do setor estão preocupados com a base de cálculo do ITBI, que pode chegar a 5% do valor do imóvel, “onerando o comprador”, alerta.
As mudanças no ITBI são polêmicas, pois o tributo não está diretamente relacionado aos impostos sobre consumo, foco da reforma. “A antecipação do fato gerador cria um ônus adicional ao comprador”, criticou um porta-voz do setor. Apesar das críticas, a base de cálculo do ITBI foi mantida como “o valor pelo qual o bem ou direito seria negociado à vista, em condições normais de mercado”.
A aprovação é vista como um passo importante, mas o setor imobiliário ainda busca ajustes para garantir que as mudanças não impactem negativamente o mercado imobiliário.
Fonte: Folha de S.Paulo
‘Rainha da Avenida Paulista’, Valentina Caran tem mais de 10 mil imóveis em SP
O rosto dela está estampado em placas por toda São Paulo, e já virou até fantasia de carnaval pela figura icônica em que se transformou. Com um escritório de 840 metros quadrados no Conjunto Nacional – edifício ícone na avenida Paulista – a corretora Valentina Caran administra uma carteira de 10 mil imóveis, principalmente comerciais. “Acho divertido ver meu rosto em fantasias de Carnaval, mas me pergunto se as placas foram tiradas de algum dos meus imóveis”, brinca Valentina.
Mesmo diante de um mercado em transformação, com proptechs como Loft e QuintoAndar oferecendo inovações para o mercado imobiliário, Valentina prefere manter uma estratégia tradicional. “No Brasil, nada se cria, tudo se copia!”, diz ela sobre a tendência de corretores usarem suas fotos em anúncios. Ela prefere o método clássico, de papel e telefone. “É dom e esforço. Porque eu sou a vendedora”, afirma.
Valentina começou sua carreira vendendo livros, mas logo foi incentivada a vender imóveis. “Um cliente me disse que eu deveria vender imóveis, não livros”, lembra. Desde então, ela expandiu negócios pela Avenida Paulista, movendo-se de um pequeno escritório de 30 metros quadrados para o atual espaço no Conjunto Nacional.
Apesar da paixão pela avenida que virou cartão postal da capital paulista, Valentina mora no Pacaembu e possui imóveis em várias regiões, incluindo Indaiatuba (interior de SP), onde é síndica de um condomínio. “Sou uma síndica presente, vou lá a cada quinze dias”, diz, orgulhosa. “O universo conspira a meu favor”, reflete, cercada por um ambiente que mistura misticismo e tradição.
Fonte: Exame
Saiba quais são as ruas com os imóveis mais vendidos em SP e Rio
Levantamento feito pela Loft, com base em dados oficiais das prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro, identificou as vias campeãs em compra e venda de imóveis residenciais. Em São Paulo, a Rua Casa do Ator, na Vila Olímpia, liderou com 264 transações de imóveis residenciais entre janeiro e junho. No Rio, os destaques vão para Avenidas Lúcio Costa e Pref.Dulcídio Cardoso, localizadas na Barra da Tijuca.
A maioria das vendas na rua paulistana Casa do Ator foi de imóveis pequenos, com metragem média de 56 m² e preço médio de R$ 379 mil. Segundo o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, ela “está em um dos bairros mais valorizados do país, oferecendo desde estúdios até apartamentos maiores”.
Ainda em São Paulo, no Brooklin, a Rua João de Lacerda Soares registrou 185 transações, com imóveis de 81 m² e ticket médio de R$ 626 mil. Já a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em Pirituba, chama atenção pelos imóveis maiores e mais acessíveis, com média de 100 m² e custo de R$ 383 mil. “Essas vias se destacam pela facilidade de locomoção”, comenta Takahashi.
No Rio de Janeiro, a Avenida Lúcio Costa, na Barra, lidera com 182 transações em 2024, com imóveis de 128 m² e ticket médio próximo a R$ 2 milhões. A Rua do Bispo, no Rio Comprido, apresentou um perfil diferente, com imóveis de 41 m² e ticket médio de R$ 346.571. A diversidade de perfis reflete a variedade de demandas no mercado carioca, destaca o estudo da Loft.
Fontes: Estadão e O Globo
Vendas de imóveis crescem em BH, mas locação enfrenta desafio no 1º semestre
O mercado imobiliário de Belo Horizonte e Minas Gerais apresentou crescimento no primeiro semestre de 2024, com vendas de imóveis residenciais e comerciais em alta de 2,4%, na comparação com o mesmo período de 2023.
De acordo com levantamento da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), o valor médio dos imóveis comercializados subiu 6% no período. Apartamentos, que representam 76% do mercado, tiveram um aumento de 5,8% nas vendas e 5,6% no valor médio.
No entanto, o mercado de locação enfrenta desafios devido à baixa disponibilidade de imóveis. “Há uma necessidade de imóveis bem localizados e em bom estado”, afirma Matos. Imóveis mal conservados ou mal localizados continuam com dificuldades para locação, mesmo com o mercado aquecido.
Leonardo Matos, diretor da CMI/Secovi-MG, prevê um crescimento de 3,5% a 4% nas vendas totais até o final do ano. Imóveis de até R$ 500 mil, a maior fatia do mercado, cresceram 9,7%, enquanto vendas de imóveis acima de R$ 1 milhão também mostraram forte desempenho, com aumentos de até 28% em algumas faixas de preço.
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) está impulsionando o mercado no interior e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com várias cidades aprovando novos empreendimentos. Matos acredita que o MCMV trará mais lançamentos no segundo semestre, melhorando ainda mais os resultados de 2024. As condições de crédito, embora estáveis, são consideradas confortáveis para o mercado.
Fonte: Diário do Comércio